Uma equipe médica é acionada imediatamente e, em questão de instantes, chegam para prestar os primeiros socorros a Dominic. Movendo-se com rapidez e precisão, eles avaliam sua condição e, sem perder tempo, o levam para a emergência, onde os atendimentos são continuados com a mesma urgência.Enquanto isso, completamente alheio ao que acontece com Dominic e Vivienne, Charles adentra sua propriedade, estacionando o carro diante da imponente e luxuosa mansão. Seus passos firmes ecoam pelo hall de entrada, o mármore polido refletindo a luz suave do ambiente enquanto ele avança em direção à sala de estar.Ao atravessar o arco da porta, ele encontra Amélie sentada em um dos sofás, a postura impecável, completamente imersa na leitura de um livro. A serenidade quase intocável da cena contrasta profundamente com o caos que se desenrola longe dali, criando um instante de tranquilidade que parece deslocado, alheio à realidade.— É impressionante como você consegue ficar ainda mais linda quando es
Charles levanta-se, lançando mais uma vez um olhar rápido ao relógio no pulso. A mão sobe quase por reflexo até a cabeça, e o breve coçar denuncia a inquietação que agora toma conta de sua expressão.— Não acha que já deveriam ter chegado? — Charles pergunta, inquieto, enquanto caminha em passos curtos pela sala. Seus olhos, porém, acabam fixos na expressão tranquila e quase imperturbável da esposa.— É verdade, já deu tempo suficiente. — Amélie concorda, com a voz suave e um sorriso tranquilo que parece conter toda a paciência do mundo. — Talvez algo tenha prendido a atenção deles no caminho. Estão em lua de mel, meu amor. Com paisagens tão lindas ao redor, é impossível não parar para namorar.Ela se aproxima com passos calmos, seus movimentos carregando uma leveza natural. Passa os braços ao redor da cintura de Charles, puxando-o delicadamente para mais perto. Seus olhos, serenos, encontram os dele, enquanto suas mãos fazem um leve carinho em suas costas.— Eu sei. — Murmura, a voz
Charles avista a placa do hospital e sente um suspiro escapar, carregado de emoções conflitantes. Era um alívio saber que finalmente estava chegando, mas o peso do medo apertava ainda mais o seu coração. E se suas suspeitas se confirmassem? O pensamento de que algo grave poderia ter acontecido com seu neto e a família que ele mal começou a construir fazia seu coração disparar. Ainda assim, ele acelera ligeiramente, determinado a enfrentar o que quer que estivesse por vir.Ele estaciona o carro apressadamente e sai em passos largos, atravessando a entrada do hospital. O som constante de máquinas e vozes abafadas ecoa pelos corredores, criando uma atmosfera densa e inquietante. Na recepção, uma mulher de expressão exausta e movimentos mecânicos ergue os olhos ao notar sua presença. Seus olhos, marcados pelo cansaço, parecem habituados a emergências e incertezas. Charles para por um instante, tentando controlar a respiração e organizar os pensamentos antes de falar, o peso da preocupação
Vivienne Bettendorf desliza a mão pelo espelho embaçado da suíte do hotel Sofitel Le Grand Ducal, em Luxemburgo. Com os lábios entreabertos, ela observa seu acompanhante através do reflexo. Ele está no box, os movimentos lentos e provocantes enquanto seca os cabelos molhados. Cada gesto é um convite silencioso, cheio de intenções. Os músculos dele se destacam sob a pele úmida, e ela sente um arrepio percorrer sua espinha ao se lembrar de cada toque e suspiro que dividiram há pouco.O vapor do banho ainda envolve o ambiente, mas não o suficiente para ocultar o corpo dele, que brilha sob a luz suave do banheiro. Vivienne morde o lábio, incapaz de desviar o olhar, enquanto as lembranças do prazer recente inundam sua mente. Seu coração acelera, e ela ainda consegue sentir as mãos dele explorando sua pele, os gemidos abafados que escaparam de seus lábios.Ele percebe o olhar dela e, com um sorriso malicioso, ergue o rosto, os olhos cravados nela, carregados de luxúria. Sem pressa, ele se a
A viagem inesperada de Noah deixou Vivienne com um gosto amargo de frustração e decepção. Ele esteve com ela na noite passada, e nem se deu ao trabalho de avisar que partiria. A realidade de ser apenas mais uma mulher disponível para ele começou a corroê-la por dentro. E, enquanto as horas passavam, Vivienne se viu refletindo sobre tudo o que abriu mão. Ela se formou em finanças com louvor, aos vinte e quatro anos, sonhando em construir uma carreira sólida e promissora. Mas, em vez disso, se vê aprisionada ao papel de assistente do CEO da maior empresa de finanças do país, lidando com tarefas que não fazem jus à sua capacidade. — Onde estou errando? — Vivienne murmura, sentindo o incômodo crescer. Ela sabe que aceitou ser tratada dessa forma. Permitindo, ao longo do tempo, que ele invadisse sua vida e se apoderasse de seus sentimentos. Os dias passaram, e Vivienne manteve a rotina, esperando um contato de Noah que nunca chegava. Um mês depois, ela sentia-se à beira de um colapso, p
Vivienne desliza a mão pela curva das costas, próxima à base da coluna, sentindo a dor intensa onde o impacto a atingiu. O homem que ela acreditava ter algum espaço em seu coração, a observa de cima, o olhar frio e calculista, como se ela fosse um incômodo temporário, algo a ser descartado.— Por que está agindo assim, Noah? — Vivienne pergunta, a voz carregada de uma mistura de frustração e vulnerabilidade, cortando o silêncio sufocante que paira entre eles.Ele não responde de imediato. Uma risada curta, cheia de sarcasmo, escapa de seus lábios. Ele se inclina levemente sobre a mesa, mantendo os olhos fixos nela, o olhar pesado com um desprezo que ela nunca havia visto antes. Com um gesto desdenhoso, ele pressiona o botão do telefone e leva o aparelho à orelha sem desviar o olhar, sua presença imponente dominando o ambiente.— Na minha sala, agora! — Ele ordena com uma voz fria, autoritária, encerrando a chamada antes que qualquer resposta pudesse ser ouvida. Era como se qualquer re
As palavras de Dominic atingem Vivienne como um golpe certeiro, inflamando cada parte de sua fúria. Seus olhos permanecem fixos em Noah, e a presença da mulher ao lado dele apenas intensifica o ódio pulsante em seu peito. As lágrimas ameaçam escapar, mas Vivienne as reprime com um controle feroz. Sem pensar, ela avança, o peito cheio de raiva crescente, sua mão se ergue e, em um movimento rápido, desce com força, estalando no rosto de Noah com um som cortante que ecoa pela sala. A mulher ao seu lado permanece paralisada, em choque, enquanto Dominic solta uma risada baixa, saboreando cada segundo daquele confronto explosivo.— Noah Muller, você é um miserável! — Vivienne explode, o desprezo contido em cada palavra. — Espero que você queime no inferno! — Com um movimento brusco, ela se vira, os passos ecoando como marteladas enquanto a porta bate com uma força que reverbera pela sala, deixando um silêncio denso e incômodo no ar.— Noah, querido, o que foi isso? — A mulher murmura, com u
Vivienne se vira para sair, a raiva fervendo em cada parte de seu corpo, mas antes que consiga dar o primeiro passo, sente a mão firme de Dominic agarrar seu pulso. Em um movimento rápido e dominador, ele a puxa com força, trazendo-a para perto, seus corpos quase se tocando. O ar ao redor deles parece estalar com a eletricidade do momento. Dominic a faz recuar um passo, e o som da porta se fechando ecoa pela sala. Suas costas se chocam contra a madeira com força, e antes que Vivienne possa reagir, Dominic já a mantém presa ali, seus braços estendidos ao lado do rosto dela, as mãos espalmadas na porta, bloqueando qualquer tentativa de fuga.— Quem você pensa que é? — Dominic questiona, sua voz elevada, o olhar faiscando de raiva, enquanto se afasta levemente, ainda mantendo Vivienne presa entre a porta e seu corpo.— Vivienne Bettendorf. — Ela responde com firmeza, seus olhos deslizando rapidamente pelo cenário, buscando uma alternativa para escapar. — E não ouse me ofender. — Adverte,