Não podemos...

Ele se aproxima mais, como se cada centímetro que nos separa fosse um obstáculo insuportável. O ar no quarto de hóspedes parece mais pesado, abafado pela tensão sufocante entre nós. Sinto meu corpo se enrijecer, dividido entre a necessidade de resistir e a atração inevitável que ele exerce sobre mim.

— Não podemos... — Minha voz sai fraca, quase como um lamento, mas Alejandro já está tão perto que sinto o calor de sua respiração.

— Podemos, sim — ele murmura, sua voz baixa, carregada de uma urgência que ecoa dentro de mim. — Ninguém precisa saber. Eu manterei isso em segredo... por nós dois.

Suas mãos deslizam lentamente para os meus quadris, puxando-me contra ele com uma firmeza que faz meu coração acelerar ainda mais. Seu toque é possessivo, quase desesperado, e, por um instante, toda a racionalidade parece se dissolver no desejo que lateja entre nós. Eu deveria me afastar, mas o magnetismo entre nós é forte demais, irresistível.

— Alejandro... — tentei resistir, mas minha voz saiu
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