— Eu entendo sua posição, Luna, e respeito seus valores. Mas acredite! Se eu tivesse sido capturado por eles, hoje você estaria me sepultando.— Não fale isso nem de brincadeira! — Luna sentiu um nó na garganta.— Mas é assim que as coisas funcionam no meu mundo, Luna. Ou você mata, ou você morre.— Eron, eu não quero me tornar alguém que vá contra meus princípios. Embora estar com você seja totalmente contraditório às minhas palavras — ela respirou fundo. — O que estou querendo dizer é que nunca mais quero presenciar cenas como a de ontem. Para você, pode ser apenas mais um, mas para mim é uma vida que se vai, é uma família que chora. Temos visões totalmente diferentes.— Prometo que a cena que infelizmente viu ontem ficará isolada e cairá no esquecimento — disse ele, colocando a mão sobre a dela. — Não estou pedindo para você abandonar seus valores. Mas, em nosso mundo, é preciso encontrar um equilíbrio entre o que acreditamos e o que é necessário para sobreviver. Espero que você co
Já era oito horas da noite quando Eron anunciou que o carro estava pronto para levá-los ao local onde poderiam contemplar o espetáculo de luzes no céu. Juntos, seguiram para a região de Murmansk, localizada na península de Kola. Depois de um tempo na estrada, Vincent parou perto de um grande campo. Eron desceu do carro com Luna, e seus homens marcharam pela neve até um ponto estratégico para observar a aurora boreal. Havia muitas pessoas naquela noite ansiosas para ver o show de luzes.Não demorou muito para que Eron e Luna pudessem contemplar o espetáculo magnífico da aurora boreal dançando no céu noturno. As luzes coloridas se moviam como pinceladas divinas, criando um cenário de beleza e magia que envolvia os dois em um abraço silencioso. O silêncio era quebrado apenas pelo vento suave que soprava e pelo brilho intenso das luzes dançantes. Eron abraçou Luna com ternura, sentindo uma conexão profunda entre eles naquele momento único.— Luna, sei que as últimas horas foram difíceis en
Eles seguiram para o carro que os levou até o aeroporto, entraram no avião e voaram de volta para a Itália. Luna, como sempre, dormiu a viagem inteira, enquanto Eron permaneceu acordado, finalizando alguns negócios em seu notebook. Ao chegarem na Itália, Luna insistiu para que Eron a deixasse em casa, alegando que tinha algumas questões de trabalho para resolver com Drica.Assim que entrou em casa, Luna ligou imediatamente para Drica, que se prontificou a levar o teste de gravidez ainda naquela noite. As horas se passavam e Luna mal conseguia conter a ansiedade até que ouviu algumas batidas na porta. Ela suspirou aliviada, enfim Drica havia chegado.— Então, trouxe? — perguntou Luna, ansiosa.— Posso primeiro dar um abraço na minha amiga? — respondeu Drica com um sorriso.— Desculpa, Drica! — disse Luna, abraçando-a forte. — É que eu não estou aguentando de ansiedade.— Relaxa, Luna, eu sei. Trouxe mais de um teste. Fique à vontade para começar — disse Drica, entregando os testes para
Talvez seja melhor outro dia, Drica. E se ele não puder falar comigo hoje?— É claro que o Eron falará com você. Adiar não trará nenhum benefício, muito pelo contrário, vai aumentar sua ansiedade e isso não é bom para o bebê. Além disso, falar com o Eron é o primeiro passo; o segundo é vocês conversarem com seu pai.Embora apreensiva, Luna assentiu, concordando com a amiga.Enquanto isso, Xavier entrou no escritório do mafioso com um olhar sério, trazendo mais informações que ligavam Stela aos atentados que vinham atingindo Eron. Com uma expressão severa, o mafioso analisou as evidências apresentadas: fotos de encontros com Maicon e imagens das câmeras de segurança mostrando Stela saindo do escritório do mafioso sem sua presença.— Ela está mais envolvida do que imaginávamos — disse Xavier, mostrando as provas a Eron.Após um suspiro, Eron assentiu, pensativo.— Precisamos agir com cautela. Ela é esperta e não cairá facilmente em qualquer armadilha. Vou pedir para que ela compareça aq
Stela abriu um leve sorriso provocador.— Saí com ele, mas foram apenas duas vezes. Depois que descobri que você o tinha expulsado, não o vi mais.— Ela olhou fixamente para Eron. — Não me diga que ficou com ciúmes?— E se eu falar que sim? — respondeu Eron, tentando manter a calma.— Não precisa ter ciúmes, você me tem quando quiser, na hora que quiser. Você sabe disso! — Stela colocou sua taça na bancada e começou a tirar a roupa de Eron. Ele a observava atentamente enquanto ela desabotoava sua camisa lentamente. A vontade de acabar com ela ali mesmo era forte, mas sabia que ainda não era o momento certo.— Que saudade que estava disso! — Stela falou, deslizando a mão pelo membro dele. O mafioso suspirou, tentando controlar o ódio que percorria seu sangue.Enquanto ela o acariciava, seus olhos brilhavam de êxtase, indicando que a substância que havia consumido começava a fazer efeito. Porém, o momento foi bruscamente interrompido quando Luna se levantou de trás do sofá, com Drica ao
Pela manhã, o som de vozes alteradas invadiu o quarto de Luna. Sua amiga Drica estava em uma acalorada discussão com Vincent.— O que está acontecendo aqui? — Luna questionou, ainda sonolenta.Drica, visivelmente incomodada, explicou a situação.— Luna, você precisa avisar para esse sanguessuga que não está precisando mais dos serviços dele e que ele está sendo inconveniente estacionado na porta.Luna respirou fundo e, com firmeza, se dirigiu a Vincent.— Vincent, não preciso mais dos seus serviços.— Desculpe, senhorita Luna, mas o único que pode me dispensar é meu chefe.Luna cruzou os braços e, sem hesitar, respondeu:— Pois bem, seu chefe e eu não estamos mais juntos. Sendo assim, você já pode desaparecer com ele e toda sua corja.Vincent permaneceu imperturbável.— Me perdoe, mas como de outras vezes, irei ficar até que o Sr. Eron me dispense. Peço para a senhorita acalmar a sua amiga, pois ela está muito alterada.Drica interveio, exaltada— O dinheiro deve comprar tudo mesmo. C
Constantino e Edjan permaneceram em silêncio diante das acusações de Eron, até que o mafioso, com a voz firme, os pressionou. —Respondam!— Me perdoe, senhor. Como a senhorita Luna pode entrar no local quando desejar, não vimos nada demais na autorização de sua presença. — respondeu Constantino, tentando justificar a falha na segurança.— Todos voltem aos seus afazeres, menos Constantino e Edjan! Leve-os para o Galpão.O ambiente sombrio do Galpão refletia a tensão que pairava no ar enquanto Eron adentrava o local, acompanhado por seus homens Constantino e Edjan. Os dois homens, considerados os melhores de sua equipe, agora se viam diante do mafioso em busca de punição por sua falha na segurança.Constantino e Edjan tremiam diante da iminente punição, o medo estava estampado em seus rostos. Eron, com sua expressão séria pegou um objeto cortante que repousava sobre uma mesa próxima e se aproximou lentamente de Constantino, seus passos ecoavam no silêncio pesado do galpão. O mafioso f
— Você quer que eu vá embora da sua vida? Tem certeza? O mafioso estendeu a mão para tocá-la, mas Luna se afastou.— Sim! E com o nosso término imploro a minha liberdade de volta. Você comprou a casa que eu moro, se apossou do meu trabalho, me vigia vinte quatro horas por dia, sabe o que faço, com quem saiu o que como, isso não é vida Eron. Quero que quando sair por aquela porta leve consigo seus seguranças, me sinto sufocada. Eu quero e preciso respirar, viver vigiado é a sua vida eu entendo, mas não é a vida que eu escolhi pra mim.Nota da autora : Convido a continuarem a leitura ao som de People help the People.Ao perceber a resistência de Luna, Eron decidiu não insistir. Sentiu seu peito apertar com a possibilidade de Luna não mais desejá-lo e sua decisão de sair definitivamente da sua vida. Estava ali para justificar suas ações no mundo complicado em que vivia, mas sabia que não iria suplicar pelo perdão dela, pois isso não condizia com sua personalidade.A tensão no ambient