08

Fael narrando 

Quando saio da casa dela, eu fecho a porta Yuri , Filipe e Mateus me encara.

- Matou ela? - Filipe fala e eu nego com a cabeça .

- Porque? - Yago perguntou. - Escutamos um tiro.

- Eu não vou perder 8 mil assim - Eu respondo. - Meu dinheiro é valioso, se eu matasse ela , eu ia perder dinheiro fácil.

- E o discurso que não queria mais o dinheiro, que ia matar ela para não ter mais problema? - Filipe fala. - Que você precisava mostrar para todo mundo como que funcionava as coisas e impor respeito? 

- Ela vau trabalhar para mim - Eu falo e eles me olham.

- Você vai trocar a dívida por sexo ? - Filipe pergunta

- Não seu idiota. Mas deve ser isso que ela está pensando - Eu olho para ele - Para ver como é vagabunda que nem discordou. 

- Oque ela vai fazer? - Filipe pergunta.

- Sei lá. Vai organizar lá em casa.

- E a dona Zélia? 

Merda tinha esquecido que eu tinha a dona Zelia que fazia isso.

- Ta velha e precisa de ajudante - Eu respondo para ele.

- Sei - Filipe fala - Tá estranho. Quero só ver quando o povo achar que pode ficar te devendo e pagar em faxina.

- Passa a visão para todo mundo que a Juliana não pode sair do morro - Eu falo para Yuri e Filipe .

- Eu em - Filipe fala.

- Vai que ela vá fugir - Eu respondo - Ela tem oito mil para me pagar.

Juliana narrando

Eu tinha passado a noite chorando, oque ele iria querer comigo? Ele iria querer que eu pague como a porcaria dessa dívida? 

O despertador toca e eu nem tinha conseguido dormir direito, eu poderia está nesse momento morta jogada em qualquer vala.

Assim que chego na sua casa , eu encontro uma senhora que abre a porta quando eu bato.

- Bom dia, quem é você? - Uma senhora pergunta- Normalmente Fael não traz mulher para cá.

- Juliana -Eu respondo.

- Filha do Thiago, certo? -Ela pergunta - Eu conheci seu pai.

- Sim - Eu respondo - Sou filha dele.

- E você faz oque aqui? - Ela pergunta - Você não tem cara que se envolve com bandido.

- É que - Eu olho para ela - Eu vou trabalhar para o Fael.

- Para fazer oque? - Ela pergunta ainda mais desconfiada.

- Eu ainda não sei - Eu respondo.

- Como você não sabe? - Ela pergunta - Essa história está muito estranha, você está nervosa. Toma um pouco de água. - Ela diz me entregando um Copo.

- Você chegou - Fael fala entrando pela cozinha e me encara.

- Oque ela vai fazer aqui? - Dona Zélia pergunta.

- Lavar, cozinhar , limpar - Fael diz me olhando. - Tudo oque eu quiser que ela faça  - Eu arregalo os olhos para ele.

 Eu faço a comida aqui - Ela fala - Trabalho aqui à anos, criei fael, ele ta maluco? Trabalho aqui desde que a mãe dele era viva - Ela diz indignada.

- Estou não  - A voz dele soa dentro da cozinha - A senhora ja está ficando velha e precisa de ajuda, então Juliana vai te ajudar. 

- Velha eu vou te mostrar quem é a velha aqui - Ela fala e ele começa a rir.

- Não vou tomar café  -Ele fala - Vou vir para o almoço  - Ela assente com a  cabeça  - Seja bem vinda - Ele fala me olhando e sai pela porta da cozinha e eu solto a respiração.

Eu estava no covil do lobo.

O dia tinha passado rápido e eu arrumei toda a casa dele ao lado de dona Zélia. Eu estava aliviada por dentro que ele tinha me colocado para arrumar à casa e não para outra coisa.

- Oi seu Paulo - Eu falo - Será que posso pegar alguns pães para pagar depois?

- Claro, Pode sim Juliana - Ele fala me entregando um saco de pão.

Quando me viro para sair da padaria eu dou de cara com Ariane e Tais que me encara de cara feia.

- Então você saiu da casa do Fael ? - Ariane fala me olhando.

- Eu estou trabalhando lá. - Eu falo para ela.

- Fael é meu homem, então vaza de perto dele.- Ela me diz - Se não, você vai ficar careca. - Ela diz me olhando bem sério.

Eu não respondo eu passo pelo lado dela e vou embora. Sinto o olhar dela em cima de mim até eu entrar dentro de casa.

Só me falta arrumar confusão com as mulher do morro só porque estou trabalhando na casa dele.

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