Quando chegaram na casa de Ronan, Regina parecia pior do que no bar, havia dormido boa parte do caminho, e reclamado de enjoo o restante do tempo. Ele a ajudou a descer e abriu a porta com a mão que tinha livre, pois com a outra a enlaçou pela cintura. A levou até sua cama, a deitou e começou a tirar os sapatos dela.— O Ronan, a minha mãe acha que eu devo, mas eu não quero transar.Ele deu um longo suspiro, pelo visto ela estava pior do que ele imaginava e provavelmente não lembraria daquele diálogo, mas mesmo assim, ele considerou falta de educação não responder.— Não se preocupe, Regina, ninguém vai transar hoje.Ela levantou um pouco a cabeça, parecendo realmente tonta, e se apoiou nos braços.— Isso é bom! Mas não tem nada de errado com você, eu até acho você bem…— ela pareceu confusa com que palavra usar, até que se decidiu. -- transavel, com tudo isso aí de músculos e essas coisas. Mas eu não quero. Eu acho que preciso de algo menos superficial.Ele não sabia se ria ou se sent
Chegaram na casa de Regina bem próximo do meio dia, quando entraram para pegar o capacete e as chaves da moto, a mãe dela já estava arrumando a mesa para o almoço.— Bom dia mãe.— Bom dia senhora.Ela sorriu e seguiu colocando os pratos ao responder para os dois — Por pouco não é boa tarde. Vai ficar para almoçar conosco Ronan?— Não obrigada, eu só vim trazer a Regina e buscar a minha moto mesmo.— Pensa bem, se não ficar vai ter que cozinhar.Regina zombou provocando-o.— Fica Ronan, eu estava contando que você almoçaria conosco.Ele sorriu e se deu por vencido.— Já que as damas insistem, eu não tenho como recusar. Onde é o banheiro?— No corredor, a primeira porta à direita.Regina respondeu, apontando a direção.Quando ele saiu, a mãe dela estava encarando-a sem conseguir esconder um sorriso.— O que foi mãe?Regina perguntou.— Minha filha, cada vez que ele dá um sorriso desses para mim, eu entendo porque você anda sumida. Que homem é esse? Eu já estava achando que você nem vo
Quando terminaram de almoçar, Regina convidou Ronan para ir com ela até o seu quarto. Se os pais acharam aquilo estranho, não demonstraram nenhuma objeção.Quando ele entrou ela fechou a porta para terem privacidade.— Agora sim espertinho, você me sacaneou legal. Vou ter que preparar algo para a festa deles.Ele se jogou na enorme cama sorrindo, demonstrando estar zero arrependido de ter entregue o segredo dela.— Já estava mais que na hora de você revelar esse talento oculto! Tenho certeza que todos vão amar te ouvir cantar, vai ser o melhor presente de todos.— Eu vou pensar em algo, e combinar com a banda! Preciso também resolver isso do vestido, você também vai precisar de uma roupa.— Caso não tenha percebido, eu tenho roupas.— Você entendeu, algo mais apropriado para essa festa.— E por acaso conhece todas as roupas do meu guarda-roupa ?— Olha, até o momento eu só tive o prazer de te ver com camisetas e essa jaqueta de couro.Ela disse, soando debochada, enquanto andava de um
Quando o filme terminou, Regina estava deitada bem próxima a Ronan e ambos estavam com o cobertor os cobrindo quase ate os olhos. O letreiro final foi subindo na tela e ela foi se distanciando.— Nem foi tão assustador assim!— Então por que motivo você estava agarrada no meu braço como se sua vida dependesse disso?— Você, que estava segurando minha mão, parecia que ia chamar a sua mãe a qualquer momento.Ronan se levantou da cama e começou a calçar os sapatos que estavam jogados no chão do quarto.— Você vai embora essa hora?Ele vestiu também agasalho que havia levado para voltar de moto para casa.— Ainda é cedo, eu preciso tomar banho e arrumar umas coisas. Você não quer ir procurar um vestido para a festa amanhã?— Pode ser, vamos amanhã à tarde se estiver livre. — Ok, eu te pego às 15 horas.— Ok.Eles desceram juntos as escadas e ela o acompanhou até a porta. Sua mãe estava no sofá vendo tv, parecia distraída, mas eles sabiam que estavam sendo observados. Ronan olhou em direç
Regina acordou com uma sensação estranha no dia seguinte, como se tivesse vivido algo que não era certo. O sonho fora muito real, ela podia reviver claramente as sensações que as mãos de Ronan haviam proporcionado. Talvez toda a proximidade dos últimos dias, tivesse contribuído para seu inconsciente ficar criando essas fantasias. E que fantasias, ela lembrou, deitada na cama, com a cabeça escorada no travesseiro, encarando fixamente o teto do quarto. Em seu sonho Ronan fazia coisas com ela, que fariam corar qualquer pessoa de mais pudor. Ela mesmo se julgava cheia de pudores no que se referia a sexo, por isso mesmo estava chocada com as cenas que seu inconsciente havia projetado. De alguma forma, os dois haviam acabado na casa dele, e se beijavam como se não houvesse amanhã. Aqueles beijos expressavam uma necessidade tão grande, uma verdadeira fome um do outro. Ele soltou a grande massa de cabelos encaracolados dela, e entrelaçou seus dedos entre os cachos, segurando firmemente sua c
Quando Ronan chegou, ela já estava pronta esperando por ele. — Vamos onde princesa? — Hummm que elogio mais anos 90! — Me desculpe, vou reformular. Você gostaria de ir onde, moça da informática? Eles discutiam parados na frente da casa dela, antes de subir na moto. — Você é um babaca! — E você parece uma megera, nada é bom o suficiente para a senhorita. — Vamos ao shopping Beira Alta, tem uma coisa lá que eu gostaria de ver, daí já aproveito e olho os vestidos por lá mesmo. Ele colocou o capacete e entregou o dela. — O que tem lá de tão interessante? — Se eu te falar você vai pensar que sou estranha, então só segue a vibe e vamos lá. — Você manda megera. — Ronan disse deu partida na moto. Quando chegaram ao shopping, Regina não fazia a mínima ideia do que queria, então foram escolher a roupa de Ronan primeiro. Desde a primeira loja em que entraram, ele disse que não queria nada muito exagerado, acabaram comprando uma calça jeans escura, uma camisa branca e um blazer model
Os dois chamaram um motorista de aplicativo para levar as compras para casa, pois seria muito difícil carregar tudo aquilo na moto. — Você não precisa ir fazer alguma coisa? Eu posso ir com o motorista. Disse Regina, exitante, pois, na verdade não queria deixar a companhia dele ainda. — Não, eu estou de boa o resto do dia, vamos comer alguma coisa. — Nossa, está para nascer um homem mais ocupado do que você! — Olha quem está me chamando de desocupado, a própria pessoa que me contratou! Ele disse debochando dela. O carro chegou e eles carregaram com as sacolas das lojas. — Você quer comer aqui mesmo no shopping? — Pode ser, passamos por um café que parecia legal, tinha umas tortas bem bonitas. Ele balançou a cabeça sorrindo do fraco dela por doces. — O que foi? Deveria um ser crime não aproveitar a oportunidade de comer uma boa torta. — Sim, você que o diga. Parece uma formiga por doces. Eles foram até a lanchonete e pegaram uma mesa, o sonho que teve voltou a mente de Re
Maria do Céu insistiu em chamar uma profissional para ajudá-las a se arrumar para a festa. A mulher chegou na primeira hora da tarde, e teve trabalho para terminar cabelo e maquiagem das quatro mulheres. Todas se arrumaram juntas na casa de Regina, que ficava mais perto do local da festa. Ela havia mandado mensagem para o Ronan para que ele a encontrasse ali, e eles iriam de carona com seu pai. Regina havia gostado muito do resultado, a maquiagem ficou discreta, mas valorizou seu rosto. Como penteado, ela escolheu deixar o cabelo solto, com uma mecha de cada lado presas, que caiam em uma volumosa trança. Uma franja de fios rebeldes caía dos lados do rosto. O vestido havia ficado perfeito, e todas elogiaram muito, porém o sapato a machucou nos 5 minutos em que ficou com ele. Para o escândalo das outras mulheres, ela resolveu usar seu coturno, se olhando no espelho achou a combinação até exótica. — Você está maravilhosa. — Disse Céu. — Estaria perfeita se não fosse esse coturno horr