MARIANA
Jorge decidiu me levar para casa, assim não iria precisar chamar Fred, eu aceitei sem recusar, talvez fosse porque havia um cansaço físico e mental sobre mim, e tudo que eu desejava era estar em casa junto com minha menininha.
― Obrigado, estou cansada em se oferecer para me trazer foi legal da sua parte. ― falei olhando para ele
LUIZ FERNANDO Nos últimos três meses, vivi dividido. Hora estava no hospital, hora estava no trabalho. Evitava ao máximo contato com minha mãe, então passei a ir somente a noite. Ver um homem tão forte em uma cama, ligado a aparelhos me doía na alma. Porque por mais que estivéssemos afastados, ainda era meu pai. Estava sentado na cadeira, ao lado da cama tentando lembrar porque me afastei, em que momento eu o det
MARIANA Foi horrível ver Luiz desolado com a morte do pai, ele chorava como uma criança, e essa dor de perder alguém me era tão familiar era parte de mim.Me acostumei a perder, perdi meus pais, e tive que abandonar tudo e vir para São Paulo. Comecei tudo de novo, amizades, conheci o amor e depois perdi Luiz. Encontrei um refúgio, alguém que me levantou, me fez feliz novamente, quando pensei que estava tudo bem veio o destino e me
LUIZ FERNANDODepois de passar a tarde com Mariana e Ana, sabia que precisava ir embora. Havia um passo importante que deveria tomar. Uma chuva começou cair, enquantodirigia atémeu antigo apartamento. Mesmo que tivesse saído de casa, não levei todas as minhas coisas, também não falei em divórci
MARIANAUma semana, e tanta coisa mudou. Luiz estava livre de verdade para poder estar comigo. Ele ia todos os dias jantar comigo e depois babávamos nossa princesinha. Eu sabia que Luiz não ia substituir Rodrigo, Ana saberia de toda a história. Saberia também de como Luiz fez e faria novamente parte de nossa família.Morando novamente no bairro de Luzia, eu pude me reaproximar das antigas amizades, Janaína, Cristiane e Letícia...estávamos em&n
MARIANAComo posso narrar um dia bom? Será que tem como explicar o quanto me sentia feliz erealizada naquelemomento? Talvez não vou conseguir dizer tudo, mas uma pequena parte sim.Estava completamente aliviada, Luiz játinha assinadoo divórcio. Não que eu me sentia feliz em ver um casamento desfeito, isso nunca. Mas nós nos amamos desde antes, antes do relacionamento deles. E nossa separação foi uma armação infeliz.Eu
LUIZ FERNANDODepois de me despedir da minha irmã e de me certificar que ela estava bem e segura voltei para o escritório. Tinha muitas coisas a fazer.Mandei uma mensagem para Mari, mas não recebi retorno então foquei no trabalho.Junto com Erick preparei toda documentação para a
MARIANAOJantar foileve, depois que Jorge pediu a minha tia em casamento conversamos mais um pouco r comemos a sobremesa, e decretamos que tia Laura e Jorge precisavam de privacidade. Letícia e Guilherme se retiraram assim como eu e Luiz.Passei no quarto de Ana e vi que dormia tranquilamente, assim como a babá.Luiz
MARIANAViver um luto é, entre todas as coisas a mais desgastante. A gente sente falta de alguém, um amigo ou um ente querido, e ela não está ali. Não vai ter mais abraços, não vai ter mais sorrisos. É sentir a saudade te ferir a cada lembrança, é desejar ter feito mais por alguém, é implorar todos os dias ter mais um dia, uma despedida. Mas assim como a vida, a morte é implacável, ela faz o papel dela sem ensaios, sem avisos. E o que nos resta é aceitar que aquela pessoa, viveu o próprio destino, e mesmo que não tenha vivido, não podemos fazer nada sobre isso. Último capítulo