Noely Sartori
Desde a noite anterior de sábado, só soube me lamentar e surtar com o beijo que o Sr. Carter me deu. Darla berrou centenas de vezes que estou louca, que só foi um beijo e que amanhã no trabalho é só fingir que nada aconteceu. É claro que eu vou fingir, só que...
Eu caio na cama, olhando para o teto, sem parar de pensar em como foi bom aquele beijo, em como me deixou molhada e tão excitada... pelo meu chefe!
Droga!
Aperto o travesseiro na cara.
— Isso não vai mais acontecer, nego-me a ter qualquer outra relação com ele, a não ser sobre a empresa.
— Para, Noely, no fundo você está doida para provar da rola do seu CEO.
— Darla! — Chuto-a da cama. — Antes não era para sentar na do Sr. Breno?
— Não, ontem eu pude analisar melhor, o B
— Não há conversa, foi a decisão definitiva dos superiores das marcas.Ele se ergue cada vez mais irritado, passando as mãos no rosto.— Estamos perdendo praticamente 200 mil por mês! — exclamo, sentindo-me muito mal.— Vou declarar falência da empresa em breve.— Mas a gente não arriscou todos os potenciais que podem dar certo!— Não temos investidores, nem dinheiro para investir nas suas propostas, Noely. E os projetos novos que estamos pegando esses dias, não estão cobrindo nem as dívidas da Elektra. Mês que vem até teremos como pagar os funcionários, já no outro, só se um milagre acontecer.— Vamos pensar, Sr. Carter, pesquisar todos os passos que podemos dar essa semana e que traga muito retorno para a empresa.— Nenhuma marca grande vai querer fechar conosco, não para se inte
Meus olhos se embaçam, entro no carro e saio acelerando sem nem ter para onde ir. Choro, revoltada, magoada e com ódio.Como a minha mãe pode fazer isso? Esquecer de tudo que sofremos e na primeira oportunidade perdoá-lo?Pego o meu celular e tento ligar para a minha prima, mas passo com tanta velocidade num quebra-molas, que meu celular voa para baixo do banco.— Alô?Consigo pegar o telefone entre os pés e ouvir a sua voz.— Darla, eu preciso de você, por favor...— Noely? Aconteceu alguma coisa? — Percebo ser outra voz diferente, masculina.E arregalo os olhos, após afastar o celular e ler o nome do Sr. Carter. Desligo na mesma hora, sem acreditar que liguei errado.Ele volta a chamar, com o seu nome discado na frente.Droga, o que eu fiz?Não atendo e ele insiste mais duas vezes.Sem mais escolha, sou vencida pela sua insistência e atendo.— Oi...— Noely, está com voz de choro
— Não, eu quem sinto pela sua história, Noely. Ninguém merece ser abandonado, como você e sua mãe foram.— Não mesmo... — Meus olhos ardem. — Sofremos tanto, fomos despejadas na rua, pois não tínhamos dinheiro para comer, imagina para pegar o aluguel. Se não fosse os meus tios nos acolhendo e nos colocando dentro da casa deles, não sei que rumo teríamos tomado. Minha mãe foi guerreira, lutou muito para que eu estudasse e me formasse, também meus tios têm seus méritos.— Você mereceu seu diploma, assim como merece tudo de melhor daqui para frente, já que batalhou para chegar aonde chegou. É uma mulher incrível.— O senhor diz isso sem ao menos me conhecer direito.— Pelo que relatou, eu já te conheci o suficiente, não acha?Minhas bochechas coram ao lembrar imediatamente do beijo e desvio dos seus olhos, retornando ao assunto.— Eu amo a minha mãe, mas ela preferiu aceitar o sinto muito do seu filhinho.— Não pode culpá-la, por m
Carter BastosEu não aguento, não suporto mais respirar esse perfume da Noely. Precisava sentir o seu aroma adocicado ainda mais de perto. E ao fazer isso, meu corpo estremeceu, desejando-a obstinado.Sinto a sua respiração quase inexistente e quando chego mais perto do seu rosto, ela suspira, olhando para a minha boca e soltando o ar que prendia.Então, simplesmente a beijo de novo, sem intenção de parar. Meus lábios provam dos seus, molhados e insaciáveis.Ela tenta relutar contra, mas o desejo fala mais alto e quando a penetro a língua, retribui com a mesma sede de me provar. Fico excitado. Mergulho os dedos no seu cabelo e a puxo com força para mim, querendo mais do que posso demonstrar. Até que toco por dentro das suas coxas macias e ela me empurra, levantando-se rapidamente e cambaleando para trás.— Não! Está louco?!Eu respiro fundo, muito louco mesmo... E que se dane!Ela pega a chave do carro e quase foge de mi
Ela se contorce embaixo de mim, chamando-me por “senhor”. Acelero os dedos, até o seu abdômen se contrair, suas coxas se apertarem e da sua boca sair um gemido alto, enquanto expele o seu gozo quente.Afasto-me de novo, tirando os sapatos, a calça e a cueca. Liberei meu pênis e ele saltou mais ereto do que um poste. Olho faminto para a Noely, distribuída no sofá, com a roupa na altura da barriga e a sua mão entre as suas pernas apertadas, tentando controlar a pulsação.Confesso que nunca imaginei ver a minha conselheira assim, é uma cena digna de Oscar. Ela é linda, excitante. Que loira excepcional.Noely olha para mim, ou diretamente para o meu pau e abre a boca, erguendo o tronco e arregalando os olhos, após ter certeza do que viu.Adoraria saber o que se passa na sua cabeça. Deve ser algo sobre eu ser o seu chefe e isso não ser certo, ou, e
Noely SartoriEu saio aos tropeços da mansãoda família dele, entro no carro e pareço mais desnorteada do que quando sai de casa. Não acredito que transei com o meu chefe! E foi o melhor sexo da minha vida!Isso não pode ser real, isso até parece coisa de filme.Meu celular toca e eu atendo.— Noely, onde você está? A sua mãe ligou quase chorando para os meus pais, dizendo que você havia sumido. Eu tive que descer lá no apartamento deles para saber o que estava acontecendo, pois, comigo a bonita não se encontrava.— Eu estou bem...Muito bem, ainda mais depois de ter sido fodido pelo seu chefe maravilhoso.Droga de mente!— Tem certeza?Penso em confessar que fiz sexo com o Sr. Carter, mas resolvo não fazer isso e conto só do meu irmão, de tudo que ac
No outro dia na empresa, também faço a mesma coisa de ontem, chego cedo e já me enfio na minha sala. Mas antes das 10h eu desço para observar como estão as coisas. Igualmente para pensar.Eu queria falar com o Sr. Carter, mas estou fugindo do constrangimento. Quem sabe amanhã eu não converse?— Beatriz, eu disse que poderia deixar os relatórios para depois. Daqui a pouco eu vou embora — digo, após escutá-la abrir e fechar a porta.Ela não responde, então ergo a cabeça e dou de cara com o meu novo pesadelo.Ele está com as mãos nos bolsos, olhando-me com a sua pose atlética, de chefão gostoso. E essa calça social só faz marcar mais esse homem.— Boa tarde, Sr. Carter — sussurro e desvio dos seus olhos penetrantes.— Boa tarde, dona conselheira.Sr. Carter chega mais per
Carter BastosEu saio da sala da Noely ainda com o gostinho da sua boca saborosa. E com desejo de devorá-la.Seria o meu sonho fodê-la em cima daquela mesa. Ela é bem certinha com as coisas, profissional e exata demais. É aí que está o meu prazer de vê-la fora dessa bolha.— Eu te vi saindo da sala da conselheira? — Breno questiona, debochado, após eu invadir a sua sala também.Ele está com os pés erguidos em cima da mesa.— Fui tratar de negócios.— Acha que me engana?— Breno, vê se vai encher o saco de outro. O que queria falar comigo hoje cedo?— Nosso pai tentou entrar em contato comigo — revela sem rodeios e aperta o celular na mão.Eu tenho a mesma reação de apertar os punhos.— O que esse desgraçado queria?