Ohana DuarteHoje o dia estava sendo difícil. Primeiro, não consegui falar com Rômulo; espero que meu amigo não esteja fazendo nenhuma loucura, porque ultimamente ele anda bem estranho. Minha amiga também não deu notícias desde que saiu com o suposto latino, e isso estava me preocupando, pois ela sempre avisa quando chega de uma missão. E para piorar ainda mais, precisei lidar com um aborto espontâneo de uma paciente. É uma situação dolorosa para a mãe. Peguei a prancheta e me aproximei da paciente."Layla, após os exames, foi realmente constatado o aborto.""Quer dizer que não tem mais nada do meu filho dentro de mim?" Ela me perguntou, chorosa."Infelizmente, o exame aponta que não sobrou vestígios. Mas temos que esperar até dez dias para saber se você não desenvolverá algum problema."Layla apenas assentiu. "Sinto muito, sei que esse era o seu primeiro filho e você estava muito animada.""O... obrigada... Doutora." Ela fechou os olhos, permitindo as lágrimas caírem. Antes que ela s
Ao retornar ao meu apartamento, dirigi-me imediatamente ao meu quarto, onde minha parede falsa escondia meu arsenal mais pesado. Com determinação, peguei minhas armas e vesti minha roupa especial, sentindo a energia da vingança pulsar em minhas veias."Esse maldito vai descobrir o que lhe aguarda", murmurei, olhando meu reflexo no espelho com um olhar mortal. Preparada para agir, segui em direção ao endereço do alvo e, para minha satisfação, o avistei despreocupadamente passeando pelo jardim de sua propriedade.Esperando pacientemente até que tudo ficasse em silêncio, infiltrei-me em seu terreno e atravessei o portão. Dois seguranças se aproximaram, e não hesitei em atirar sem piedade, eliminando-os de forma implacável.Com passos furtivos, encontrei seu quarto e o encontrei dormindo tranquilamente. Uma mulher emergiu do banheiro e a silenciei, conduzindo-a de volta e encerrando seu destino após meu intento contra ela. Regressei ao quarto e me sobrepus ao alvo."Jéssica, você quer que
Rômulo e eu estávamos conversando quando avistei Maurício e Rogério se aproximando. Eles nos cumprimentaram e perguntaram por Bele. Expliquei a situação da minha amiga, e eles ficaram aliviados ao saber que ela tinha acordado."Graças aos céus ela acordou", disse Rogério, visivelmente preocupado. "Vocês deram queixa do desgraçado?"Minha vontade era revelar que eu mesmo tinha lidado com ele, mas, considerando a sensibilidade da situação, apenas disse que já tínhamos registrado um boletim de ocorrência. Rogério pediu para visitá-la, e informei o número do quarto.Maurício perguntou com preocupação: "Você está bem, de verdade?""Estou sim, apenas um pouco cansada. Afinal, foi um longo dia", respondi.Maurício insistiu que eu fosse para casa descansar, mencionando que eu tinha trabalho no dia seguinte. Rômulo apoiou a ideia, mas eu inicialmente me recusei. Eventualmente, cedi e concordei em ir para casa.Antes de sair do hospital, fui até o quarto de Cibele, dei-lhe um beijo no rosto e p
Era hora da missão. Eu estava no ponto de encontro pré-estabelecido, um local escuro e discreto, esperando por Mário. Minhas mãos estavam firmemente segurando a alça da minha bolsa, onde eu tinha todos os equipamentos necessários para a tarefa que estava por vir.Não demorou muito para que Mário se aproximasse, vestindo seu traje negro de agente. Trocamos olhares breves, confirmando que estávamos prontos. No entanto, antes de prosseguirmos, eu precisava deixar algo muito claro."Mário", disse em um tom baixo e sério, "não vou tolerar nenhuma estupidez nesta missão. Nada de agir por conta própria ou fazer qualquer movimento impulsivo."Ele olhou para mim, um tanto surpreso com o meu tom de voz "Entendido, Bonequinha. Vamos seguir o seu plano à risca.""Ótimo!" Respondi, e ele afirmou. "Nossa missão é exterminar todos, para entrarmos temos quatro guardas à frente. Vamos dividir essa tarefa, fico com os da esquerda e você com os da direita. Não podemos chamar atenção."Mário assentiu nov
Finalmente, um dia de folga tanto na clínica quanto na organização. Era uma raridade para mim, mas dessa vez eu estava determinada a aproveitar cada momento. O sol brilhava no céu sem nuvens, e o ar estava cheio de promessas de diversão e relaxamento.Decidi cumprir minha promessa a Ana. Liguei para Maurício e pedi autorização para levar Aninha para um passeio.“Amor, você tem trabalhado demais, tem certeza que não quer descansar? Aninha é ligada no 220.”“Eu fiz uma promessa a ela e preciso cumprir. Além disso, eu também preciso sair para me divertir um pouquinho.”“Então eu vou com vocês.”“Não mesmo, eu disse que é o dia das garotas.”“Tá ok, mas me promete que se ela te encher muito você a traz de volta? Hoje estarei em reunião, mas a cuidadora dela está em casa.” Depois de concordar, desliguei.Me arrumei e fui para casa. Quando cheguei, Mauricio realmente não estava em casa, mas Ana estava arrumada à minha espera. Ao me ver, ela sorriu e me abraçou.**Como você está, Aninha?** P
Estava em casa quando recebi uma ligação do tio Ezra. Ele me pede para ir à organização porque tinha uma nova missão. A organização anda tirando o couro de todos, pois até Patricia que é a maior puxa saco reclamou ontem do excesso de missões. Minha vontade é de mandar a chefia levantar a bunda e fazer o serviço ela mesmo, mas claro que não sou doida de falar assim. Tenho vontade de conhecer quem encabeça a organização, porque eu só conheço os mentores e alguns organizadores, mas nada da chefia, o que é estranho. Do nada, lembrei da voz do meu mentor lembrando-me da regra principal: que eu não deveria questionar a chefia. Cheguei à organização sem nenhuma vontade. Encontrei Lena Fernandes andando pelos corredores e perguntei o que ela estava fazendo ali. “Olá, Ohana, estou aqui para trabalhar no notebook que você trouxe. Parece que ninguém conseguiu decifrar a codificação.”“Se tem alguém que pode desvendar esse mistério é você.” Digo a ela, que sorri. “Com toda a certeza, gata. Voc
"Amiga, por que você está com essa cara estranha?" Cibele pergunta."Eu também quero saber." Rômulo me encara."A pessoa que eu preciso matar dessa vez é o Mauricio, vocês entendem a gravidade disso." Os dois me olham de olhos arregalados."O destino é um grande filho da puta, por que querem matar ele, Ohana?" Meu amigo me pergunta."O que diz no dossiê?"Expliquei que no dossiê apenas diz "acerto de herança", mas o que me deixa pensativa é que ele já perdeu toda a família, restando apenas a Aninha. Então, me pergunto quem quer dar fim à vida dele. Algo me passou pela cabeça e sei que preciso investigar. Chamei os meus amigos e pedi a eles que me ajudassem."Nós não podemos questionar os alvos, mas estou saindo com o amigo do Maurício, então vou te ajudar. Além disso, ele é o único homem que você realmente se interessou.""Eu vou te ajudar, porque é a primeira vez que você quer quebrar uma regra, e eu adoro isso." Rômulo sorriu, e eu agradeci. "Sem contar que eu não quero ver você arr
Foi extremamente estranho dormir ao lado de Maurício. Quando ele partiu, permaneci deitada por um longo tempo, inquieta. Era a primeira vez em anos que me sentia tão perdida. "Ohana Duarte, se você ficar deitada nada irá se resolver", meu subconsciente repreendeu, como se eu precisasse dessa dose de realidade. Era hora de agir.Levantei com um propósito renovado. Eu precisava entender o motivo real por trás da tentativa de eliminar Maurício. Acreditar que isso se resumia apenas a uma questão de herança era ingênuo demais. Um pensamento surgiu, e eu decidi ligar para minha amiga, a única pessoa que poderia me ajudar nesse momento."O que você quer, sua chata? Estava dormindo", ela diz e a voz sonolenta de Rogério soou ao fundo."Eu preciso da sua ajuda. Ah, e cumprimente o Rogério por mim.""O que você precisa, sua majestade?" As risadas ecoaram do outro lado da linha."Bele, você ainda tem contato com aquele seu amigo hacker que tinha ou ainda tem uma queda por você?""Clóvis? Por qu