༺ Louren Smith ༻Levantei-me, olhando ao redor da pequena e imunda sala onde estava trancada. A necessidade de ir ao banheiro era urgente, então comecei a bater na porta, tentando chamar a atenção de alguém do lado de fora.— Ei! Preciso ir ao banheiro! — gritei, esperando que alguém me ouvisse.Depois de alguns minutos, ouvi a voz do pai de Bianca respondendo do outro lado da porta.— Você vai ter que esperar. Estou sozinho aqui e não abrirei a porta para você.Senti uma onda de desespero e raiva me atingir. Isso era desumano. Eles não podiam me tratar assim.— Eu não posso esperar! Estou apertada, preciso ir ao banheiro agora! — insisti, tentando manter minha voz firme, apesar do medo e da frustração.Pensei que, se ele abrisse a porta, talvez eu pudesse dar com alguma coisa na cabeça dele e tentar fugir. Mas sua resposta me deixou ainda mais desanimada.— Eu não vou abrir a porta. Se você não consegue segurar, faça suas necessidades em algum canto do quarto.Era um absurdo! Como po
༺ Carlos Eduardo ༻Estava me preparando para deixar as malas de dinheiro com Luan quando Rogério e seus agentes apareceram, me pegando de surpresa.— Que malas são essas, Carlos? — ele perguntou, olhando diretamente para mim.— Não posso explicar no momento, Rogério. Eu preciso sair agora — respondi, tentando manter a calma e evitar mais perguntas.— Não faça nada impossível que prejudique a vida da sua esposa — Rogério insistiu, bloqueando meu caminho.Luan, ao meu lado, interveio:— Essa é a única saída, Rogério. Senão, nunca teremos nenhuma notícia da Louren ou pista.Rogério franziu a testa, sua expressão séria.— Que malas são essas novamente, Carlos? — perguntou, visivelmente intrigado.Suspirei profundamente antes de responder:— São duas malas com dinheiro.— Dinheiro em espécie? — ele perguntou, ainda mais intrigado.— Sim, dinheiro em espécie… mas é falso — confessei, percebendo a surpresa no rosto dele.— Como assim falso? — Ele parecia confuso.Expliquei rapidamente toda a
༺ Louren Smith༻Olhava para Carlos Eduardo com medo, meu coração batendo descompassado, desesperada e preocupada. Será que esse era o fim da minha vida? Não posso terminar assim, não depois de tudo que havíamos enfrentado para ficarmos juntos.— Carlos Eduardo… — murmurei, minha voz tremendo.— Vai ficar tudo bem, Louren. Eu prometo! — ele respondeu, a voz carregada de preocupação e determinação.Bianca riu, uma risada amarga e maligna que ecoou na noite.— Vocês achavam que teriam um final feliz? Que ficaria por isso mesmo? — ela zombou, apertando a arma contra minha cabeça. — Se vou me ferrar, vocês também vão!Carlos Eduardo deu um passo à frente, tentando se aproximar.— Bianca, entenda que ninguém pode ficar preso a uma pessoa que não ama.— Cala a boca! — ela gritou. — Eu poderia ter feito você feliz, Carlos Eduardo, mas você preferiu essa ordinária dessa pirralha. Agora, por causa dela, você sofrerá!Ela puxou meu cabelo com força, e gritei de dor. Vi Carlos Eduardo se aproxima
༺ Carlos Eduardo ༻Enquanto dirigia de volta para São Paulo, olhava pelo retrovisor e via Louren abraçada ao irmão. Luan, protetivamente, acariciava a cabeça dela. Suspirei fundo, aliviado, agradecendo finalmente que esse pesadelo acabara. Olhei mais uma vez para trás e comentei:— Ela parece exausta.Luan balançou a cabeça, concordando.— Sim, ainda mais depois de tudo que passou. É notável que uma hora a exaustão venha.Mantive os olhos na estrada e suspirei novamente.— Finalmente, vamos ter um pouco de paz e sossego. E aquela louca ficará bem longe de nós.Luan concordou.— Espero que ela pague por todos os seus crimes.Continuei dirigindo, mas não podia deixar de pensar em André.— Ainda temos que lidar com o André, Luan. Ele também é responsável por tudo isso.Luan franziu a testa, preocupado.— O que você acha que ele vai fazer? Será que tentará fugir?— É bem possível. Ele sabe que estamos atrás dele agora. E, se ele for esperto, tentará se esconder. Mas não vamos deixar que e
༺ Louren Smith ༻Na banheira, eu estava imersa em um mar de pensamentos. O calor da água e os sais de banho ajudavam a relaxar meus músculos tensos, mas a mente continuava a girar. A loucura de Bianca havia atingido o limite; ela tentou destruir minha vida, ganhando dinheiro com o meu sofrimento.Agora, eu esperava que ela fosse condenada por seus crimes. No entanto, a lembrança de seu pai me assombrava. Eu precisava que ele também fosse preso; sua participação não podia ser ignorada.Suspirei fundo, tentando afastar esses pensamentos sombrios. Decidi me concentrar em relaxar, permiti-me desfrutar do momento de paz. O som da água e o aroma dos sais de banho começaram a fazer efeito, e me perdi em um estado de calma.De repente, a porta do banheiro se abriu. Vi Carlos Eduardo entrar, um sorriso suave nos lábios. Ele estava vestindo um roupão e, ao se aproximar, começou a tirá-lo. O calor do ambiente parecia aumentar com sua presença, e senti uma onda de conforto ao vê-lo.Ele entrou na
༺ Carlos Eduardo ༻Andava de um lado para o outro, olhando para o relógio, agoniado. A espera na sala de espera do hospital parecia interminável. Luan, percebendo minha inquietação, comentou:— Calma, cara. Você acabará fazendo um buraco no chão de tanto andar para lá e para cá.Respirei fundo, tentando controlar minha ansiedade.— Estou preocupado, Luan. Quero participar, estar perto dela. Sei que ela está com dor, e é um momento delicado.Luan concordou com um aceno de cabeça.— Eu entendo, mas se desesperar não vai adiantar muita coisa. Só precisamos esperar.Olhei novamente para a porta da sala de pré-parto, desejando poder entrar e ver como Louren estava. Luan segurou meu braço, tentando me acalmar.— Você tem que esperar aqui fora. Quando for a hora, o médico vai te chamar.Angustiado, respondi:— Mas quero vê-la, saber como ela está.Nesse momento, Alicia surgiu, sentando-se no sofá da sala de espera. Aproximei-me rapidamente.— Como ela está? — perguntei, preocupado. — Ela est
༺ Louren Smith ༻Observei Carlos Eduardo um pouco estranho, como se tivesse encontrado algo lá fora de que não gostou. Perguntei se ele estava bem, afirmou que sim, tentando parecer despreocupado. Notei o presente em suas mãos.— Quem mandou isso? — perguntei, apontando para o presente em suas mãos.Ele olhou para mim, visivelmente sem jeito, e tentou disfarçar.— Ninguém importante. Jogarei isso fora.— Não, Carlos. Quero ver o que é e quem mandou. — Insisti, curiosa e um pouco desconfiada.Ele suspirou fundo, resignado.— Foi minha mãe.Fiquei surpresa.— Dona Caroline esteve no hospital?Ele assentiu, um olhar misto de frustração e cansaço no rosto.— Sim, ela queria ver o bebê e também conversar com você.A surpresa me fez arquear as sobrancelhas.— Eu não imaginava… — balancei a cabeça, ainda processando a informação. — Por que você quer jogar o presente fora?— Eu não acho que você vai querer algo de uma mulher que só tentou prejudicá-la, mesmo que essa mulher seja minha mãe.—
༺ Bianca Madson ༻Soltei um suspiro profundo, frustrada, enquanto tentava me mover na cama do hospital. A algema na minha mão eram uma constante lembrança da situação desesperadora em que eu me encontrava. Não conseguia acreditar no quão longe eu havia chegado — um tiro, uma maleta falsa, e o desastre total que se seguiu.Fiquei sabendo que Carlos Eduardo me entregou uma maleta com dinheiro falso, e agora eu estava aqui, sem saída, afundando cada vez mais. O que mais poderia piorar minha situação? Meu pai também havia sumido, estou sem qualquer forma de ajuda.O delegado Rogério vinha atrás de mim diariamente, tentando obter qualquer informação que eu pudesse ter sobre o paradeiro do meu pai, mas não tenho ideia de onde ele estava. Descobri através de uma carta enviada pelo advogado dele que estava no exterior, após ter dado um golpe e fugido com uma boa quantidade de dinheiro.Pelo menos alguém parecia ter conseguido sair do buraco, mas eu estava aqui, em um poço de desespero e frust