Primeiro impacto

O dia está nebuloso, previsão de chuva ao final da tarde. O zoológico de São Paulo, o quarto maior do mundo já aberto para receber visitações.

O ônibus trazendo alguns alunos de uma escola privada de Mogi Mirim, a qual Narciso Ambro , aluno do 6ª ano faria sua primeira excursão com sua turma, sem a companhia de seus pais, estava empolgado, e ansioso queria muito ver os rinocerontes animais que aprendeu a amar desde o primário.

Assim que a porta da frente do veiculo se abre, os alunos fazem fila para descer ordenadamente, cada professor cuidaria de um grupo de alunos, Egon Godoi o professor de historia, assumiu o grupo dos garotos de 12 anos, pois realizariam um passeio diferenciado.

__ Paulo/mongo, (risos) Bia Sandini, Robson Campos e Narciso, os 4 vem comigo. Grita Egon.

Egon Godoi é um dragão muito poderoso responsável pela proteção e treinamento dos jovens entis. Esses só conseguem acessar a eternidade com a idade de 30 anos, mas aos 18 iniciam as simulações em fendas seguras onde aprendem a usar os poderes.

Quando nasce um enti no cronos, ele é entregue para um casal de humanos que são responsáveis pelo cuidado da formação do recipiente, pois só terão conhecimento da eternidade ao ser apresentado ao seu treinador.  

   O recipiente recebe o mesmo cuidado e vive como um humano qualquer, seu poder na eternidade tem tudo haver com sua vivencia no cronos, a capacidade de despertar todos os 9 sentidos dos humanos.

O homem é formado por corpo, alma e espírito, quando os recipientes só corpo e enti. Pela lei natural, para habitar no tempo é necessária a natureza terrena, por essa razão é concedido um recipiente para viver no cronos.  

As crianças passam pelas catracas e caminham na direção das primeiras jaulas, Egon logo atrás, caminha lentamente. 

Na jaula do gorila, muito divertimento ao ver  Paulo fazer suas imitações, de repente, os olhos de Narciso são tapados e se houve a famosa pergunta:

__ Quem sou? Voz grave.

O garoto sorri, na espontaneidade segura nos dedos longos e grosso, percebeu que era um adulto,mas não conseguiu pensar em ninguém.

__ Sou eu, seu amado tio. Muitas risadas.

__ Tio Flavio, que legal o senhor por aqui. Vira-se rapidamente, olha ao redor e continua. Cadê a tia Carol? 

__ Na Jaula do setor norte (risos). Diz referindo se onde ficam as onças.

As crianças, sem entender rodeiam o tio do amigo, enquanto Narciso com ar de quem não entendeu sorri.

__ Estou a trabalho meu caro, sua tia ficou cuidando do Emanuel.

__ Pensei que minha mãe havia te mandado, pois quase não me liberou pra vir. Diz suspirando.

__ Fique longe de problemas. Diz passando a mão na cabeça do garoto e sai caminhando.

Flavio é um guardião da ordem das águas e estava ali para proteger um pergaminho que o profeta Alvarenga havia lhe informado, como se tratava do pergaminho da força, muitos entis estariam ali, para procurá-lo.

A primeira chance seria quando sol estivesse no centro da terra, esse é o momento que o artefato pode ser encontrado e resgatado. 

A ordem da águia é um grupo pro-cronus responsável por cuidar da humanidade, Flavio além de pertencer a essa causa por faculdade, sua raça tinha a função natural de recuperar os pergaminhos para proteção da natureza.

O ciclo natural das coisas devem seguir corretamente, havendo tarde e manhã, essa regra foi estipulado desde o principio dos tempos. Havia uma forte corrente de entis contrários a essa ordem e buscavam formas de regressar aos princípios das eras da eternidade.

Olhos de águia, o rapaz esfrega seu doti, tudo a sua volta para. No momento em que os entis acionam o portal para eternidade, o tempo para, as pessoas, os animais, o universo paralisam em segundos. Somente os seres capazes de acessar a eternidade, que vai ter alguma ação na pratica, continuam normalmente. Na eternidade não tem tempo, por essa razão para os que vivem no cronos não sabem o que acontece, embora todo o cenário pode ser destruído, em razão das grandes batalhas que ocorram. Ao final tudo volta ao norma, como se nada ocorrera.

O sol já se posicionava, o pergaminho poderia ser encontrado, espalhados pelo zoológico, entis de toda raça procuravam o artefato da força.

Os soldados abelha negra estavam por todo lugar, os que desejavam o pergaminho para satisfazerem seus próprios desígnios, teriam que ser impedidos de pega-lo.

Tramando contra o reino dos humanos, estavam lá Ramses um seguidor assíduo do Romã, da raça dragão, e o destruidor de sonhos, Aziz da linhagem dos touros. Eles precisavam serem impedidos de pegar o pergaminho. 

Assim que Ramses foi visto circulando próximo à jaula dos tigres, é atacado por três soldados, que atiram com suas armas de veneno, usando, sua magia se defende (asas de dragão). O revide espontâneo “chaparas”, ondas de calor elimina os três oponentes de uma vez.

Identificado o inimigo, de forma ordenada, grupos de soldados vão ao ataque, pois assim que esses soldados são mortos, ondas de sons alertam os outros do tipo do inimigo a ser combatido, as estratégias de ataques são elaboradas.

Como os dragões são inimigos declarados, estão sempre em confronto com os soldados, quando em locais onde se encontram objetos a serem protegidos.

Fugindo por entre as jaulas, os soldados perseguem buscando acuar, para assim conseguir neutralizar de vez a ameaça. Ramses era perigoso, seus golpes aniquilavam as abelhas negras, mas haviam muitas. Ele não queria ficar encurralado, pois sabia do poder de conjunto dos inimigos, por essa razão correu para a ala dos elefantes, a parte mais alta do zoo, ataques aéreo é especialidade dos dragões.

O pergaminho da força estava escondido junto os rinocerontes, a tarefa de procurar não seria fácil visto que Flavio, como Aziz haviam descoberto o enigma e já estavam ali, a batalha ia ser travada.

__ Tem uma chance de sobreviver, saia da minha frente, ou será fatalmente destruído. diz Aziz se posicionando para um ataque.

Flavio já acostumado com a situação, não lhe responde a ameaça, simplesmente, o ataca usando sua mão esquerda lançada a frente “aguial” . Uma pressão exercendo forças de todos os lados, busca esmagar o inimigo.

Aziz se defende abrindo os braços, rodopia em movimento de rotação, em seguida, desvencilha seu poderoso golpe, fechando os braços rapidamente como se fosse se abraçar, dois arcos em formato de chifres, saem de seus braços, unem-se e vão rodado na direção de onde Flavio estava, pois esse já havia pulado e se posicionou no alto de um galho da arvore.

Haviam oito rinocerontes inertes, preso na linha do tempo, um grande lago a esquerda na extremidade do cercado dos animais que ficavam no centro do zoológico, muitas arvores espalhadas faziam sombra em sete desses animais.

Flavio olha rapidamente para o rinoceronte no centro do ambiente, a sombra de seu chifre maior tocava o chão bem abaixo de eu focinho. Então salta sobre Aziz, lança o troco do corpo a frente, junta os braços, como um bater de asas e grita “criaaa”. Penas como facas aparecem no ar indo rapidamente na direção de Aziz, o qual precisa dar varias cambalhotas para trás, fugindo das penas que se multiplicava no ar.

Com a mão direita enterrada no chão, na ponta da sombra do chifre do rinoceronte que se encontrava no centro do terreno, joelhos dobrados, porém pressão sobre os pés rapidamente se levanta, uma quantidade grande de terra vem junto, Flavio então, com a mão esquerda sendo levada para frente, desloca a terra que ainda subia, por causa da força com a qual a retirara a mão da terra, Flavio grita “já pó”. Uma águia de poeira voa na direção de Aziz, que acabava de escapar do ataque das penas. Terminava de dar seu ultimo giro para trás, quando vê , o novo ataque do inimigo vindo em sua direção.

Um bom ataque o protegeu da ameaça iminente, a destreza e a lucidez de Flavio o fez ficar mais ligado na batalha, Aziz não imaginava que seu oponente seria tão sagaz , visto que os touros, são mais preparados para o ataque que qualquer oponente, e Aziz já vinha de outras batalhas que triunfara. 

Não pensou duas vezes, Aziz lança seu ataque dos chifres levando a cabeça para frente, a energia liberada, explode a águia ao bater de frente, e sua força aumenta, conforme se aproxima de Flavio. Pressionando o punho esquerdo no direito, Flavio levanta os dois braços na altura dos olhos e faz um campo de proteção para receber o impacto do golpe, mas a energia liberada explode em sua defesa e o lança para longe, dentro lago. 

Aziz corre para o rinoceronte do meio do cercado, a procura do pergaminho, então num golpe forte sobre chifre, quebra-o, e rapidamente, arrancando, esconde o em sua vestimenta. 

Assim que Flavio se recupera do ataque, volta para impedir a fuga de Aziz que se preparava para faze lo. Muitos soldados abelhas negras armavam o cerco para neutralizar o inimigo. Em pouco tempo muitos aliados de Aziz aparecem para ajudar.

Flavio corre pelo corredor deixando o local da batalha, se viu sozinho diante de uma grande ameaça, como ele não era mais prioridade, e sim a fuga de Aziz, aproveitou o momento.

Os soldados abelhas negra lutam até a morte e são aniquilados pelos ataques mortais dos grupos de varias raças, apoiadores da causa dos inimigos dos humanos. Enquanto Flavio corre pulando as cercas, em direção a saída do zoológico, almejava voltar para o cronos onde estaria protegido. Parado no seu caminho cinco guardiões pede para que pare, Rachel diz calmamente.

__ Viemos te ajudar, sabemos que o pergaminho do poder acaba de ser encontrado, volta conosco.

__ O pergaminho está seguro, não há o que temer. Afirma Flavio.

__ Onde ele está? Não foi encontrado? Insiste Rachel.

__ Permaneça na paz, o pergaminho da força não será lido por nossos inimigos. Conclui Flavio, em seguida retoma sua corrida.

Depois de concordar com a cabeça diante de Flavio, Rachel se volta para seus amigos  e os , convocam irem ao encontro dos entis que buscavam a desordem, a ordem era para não permitir que nenhum saísse com vida do zoológico.

Com o chifre do rinoceronte em suas mão, sentido o gosto da vitoria os entis já haviam escapado pelo outro lado, objetivo alcançado, não precisavam mais de lutar.

Aziz tinha a certeza de ter adivinhado o enigma do poder, a convicção que o pergaminho escondido no chifre do rinoceronte, o único que ficou exposto ao sol, que estava no centro do zoológico, símbolo histórico do poder é o chifre do animal, que simboliza força.

Ainda na eternidade, porém fora do alcance da batalha, Aziz, Ramses que matou todos os soldados que o cercava, e os membros da causa, que participaram do plano para adquirir o pergaminho do poder, ali parados esperando o chifre ser quebrado, para então pegar o pergaminho da força.

Segurando firme o chifre, Aziz o esmaga em sua mão direita, em seguida deixa o pó escorrer, abre a mão novamente e nada se revela. Atônitos se olham, com olhares de quem não entendia o que acabaram de presenciar.

Enquanto isso, num lugar seguro Flavio tira uma pedra branca de suas vestes, esmaga com força, assim deixa o pó escorrer de sua mão, ao abri-la o pergaminho se revela, então sorri satisfeito.

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