Passei dias com aquilo preso na minha garanta, louca para contar a Ale sobre a gravidez e ao mesmo tempo com medo do que ele poderia achar de tudo isso, afinal eu garanti que não podia engravidar, ele podia acabar achando que menti para tentar prendê-lo de alguma forma.Claro que Luke e Rosa não concordavam comigo, eles insistiam em dizer o quanto Ale ficaria feliz com a notícia e que ser pai era o grande sonho dele, mas eu tinha minhas dúvidas.Descobri a gravidez no dia depois da nossa briga, Luke comprou os testes e me obrigou a fazer, pra ele não foi novidade o resultado positivo, mas eu fiquei tão chocada que contei a Rosa, ela também não pareceu chocada, já que tinha suas próprias suspeitas, ainda sim eu não me dei por convencida e marquei uma consulta.Não queria sair por aí anunciando uma gravidez sem ter cem por cento de certeza, ainda mais depois de sempre acreditar que não poderia ter filhos nunca.Enquanto eu estava casada com Charles e ele jogava na minha cara isso, inter
Dirigia como um louco até o endereço que ela tinha me dado, enquanto Patrick dava um jeito de encontrar Cris e trazê-lo até aqui, dessa vez era um caso de vida ou morte, Magie estava correndo perigo.Quando cheguei a casa o portão da frente estava aberto e a porta da frente estava caída no chã, o batente da porta destruído, mostrando que a porta tinha sido aberta com algum chute.Aquilo só fez meu sangue gelar ainda mais, porém eu tinha que entrar e me focar no que encontrasse no caminho, porque seria importante para encontrar minha Barbie.A sala estava destruída, vidro pelo chão junto com os pedaços de madeira quebrados, e no meio de tudo isso estava o corpo do meu amigo, inerte e cercado por sangue.Ver aquela cena acabou comigo e eu desabei de joelhos no chão. As lágrimas caíram sem que eu conseguisse controlar, os olhos fechados, o rosto pálido, aquele não era meu amigo não lembrava nem de longe o homem cheio de vida.— Porra Luke! — gritei tentando achar um lugar para tocar nele
Meu mundo se partiu em um milhão de pedaços e dessa vez quase fui eu a perder o equilíbrio. Um filho, um bebê, nosso bebê! Eu tinha esperado tanto por isso, tinha sonhado tanto com um filho, uma família, amor e cumplicidade. E agora que eu tinha assumido os meus sentimentos por ela tudo tinha que desabar desse jeito.Ela está grávida, minha doce e implicante Barbie está carregando nosso bebê.— Alejandro precisamos ir, acharam eles em um bar comemorando. — Cris falou em meio a todo o caos que tinha se tornado a minha mente. — Sinto muito cara, mas precisamos ir encontrar respostas.— Você está certo, cada minuto que passamos aqui ela está nas mãos de algum desgraçado, sofrendo sabe Deus o que.— Vai meu filho, vai e traz eles de volta pra casa! — as palavras da minha mãe foram um combustível a mais.Eu tinha agora não só uma pessoa que dependia de mim, mas sim duas, tinha duas vidas que contavam comigo.Entrei no carro e deixei que Cris me levasse até onde os seus homens estavam com o
Eu já tinha perdido a noção do tempo, não tinha ideia se havia passado algumas horas, um dia ou até mais. Um homem me trouxe comida e água, mas para fazer necessidades eu só tinha da merda de um balde naquela cela.Passava a maior parte do tempo deitada remoendo tudo o que tinha acontecido, pensando em na minha vida com Ale, fantasiar era o que mais estava me mantendo lúcida naquele buraco ou eu já teria tido um ataque.Eu me via junto com ele e com uma menininha, não sei porque mais comecei a imaginar que seria uma menina, nós três brincando em um jardim cheio de flores em um dia de verão. Ou fazendo coisas do dia a dia como brincar durante o banho, trocar fralda, dar comida.Eu queria tudo isso com ele, uma vida normal e tranquila, sem toda essa bagunça, confusão de sentimentos, sequestros e mortes. Me encolhi ainda mais no canto e esfreguei minha mão na barriga, mesmo que não houvesse nenhum indício de gravidez ainda, eu sabia que tinha uma vida ali e isso me bastava.— Que bom que
Eu tinha sido socado, chutado, meus pés foram feridos com a porra de um chicote ou algo do tipo, enquanto eles tentavam enfiar na minha cabeça repetindo por horas o que iriam fazer se eu tentasse qualquer gracinha ou se incentivasse minimamente Magie a fazer algo.Eles deixaram bem claro como a estripariam, abririam sua barriga e me deixariam vê-la sangrar até a morte, como fariam revezamento entre os homens para abusar dela me obrigando a assistir o sofrimento dela, essas e outras coisas tenebrosas que eu não queria nem mesmo pensar novamente.Mas no meio de tudo isso eu entendi o que eles queriam, precisavam que eu mantivesse Magie calma e obediente, o que significava que iriam mantê-la aqui por muito tempo. E eu não entendi o motivo, não até ouvir o chefão dizer que a manteria ali por nove meses.Então tudo se encaixou, eles queriam o nosso filho, iriam esperar que nosso bebê nascesse para o levar. E isso era uma coisa que não ia acontecer, mesmo se eu tivesse que fazer um pacto co
— O levaram! — foi a primeira coisa que eu disse a Patrick quando ele atendeu. — Ele se entregou para o levarem até ela, coloquei um rastreador nele antes que fosse levado, mas não vai gostar de saber onde eles estão.— Venha pra cá, vamos dar um jeito nisso juntos!Manquei até o carro do outro lado da rua, mas antes de entrar dei uma última olhada na casa em chamas, a casa onde alguns dos meus homens estavam queimando.No momento em que aquele homem disse que precisava de Alejandro eu soube o que iria fazer, por isso o puxei para trás e grudei um dos adesivos de rastreamento em seu peito, sabia que iriam levá-lo até Magie, por algum motivo doente.E assim que sumiram nas escadas eu corri, me apressando em quebrar a madeira do chão com um dos martelos que trouxe para a tortura, só parei quando consegui um buraco que me coubesse, nem mesmo com a fumaça me cegando e sufocando eu parei.Foi questão de segundos e a casa já estava em chamas, quente como o inferno, as vigas caiam, a madeira
Ter Alejandro perto de mim tinha conseguido me acalmar, por mais que eu odiasse concordar com o pedaço de merda que tinha me dado a vida, mas eu me comportei com ele pois não suportaria vê-lo machucado ainda mais.Ficamos abraçados por um longo tempo, quando trouxeram a comida eu o forcei a comer, mesmo que ele insistisse que não tinha fome, mas comeu apenas para me agradar. Ele com toda certeza estava com muita dor que até mesmo seu apetite tinha desaparecido.Por isso depois eu puxei o colchão para perto dele para que conseguisse se deitar. Eu fiz o mesmo, me encolhendo perto dele deixando que me envolvesse com seus braços de forma protetora.Mas para aproveitei melhor o tempo em que ele estava adormecido para ver melhor todos os machucados dele. Não tinha sido apenas seu rosto que foi socado descobri quando ergui sua blusa e me deparei com o torso em vários tons de machucado, arroxeado, misturado com tons de vermelho e amarelo, logo tudo estaria em um tom muito escuro.Acariciei os
Eu não me importava de morrer, não me importava com o que iria acontecer comigo, só conseguia me importar com Magie vendo todas aquelas atrocidades, ouvindo toda aquela merda, passando por todo esse estresse.Quando o alicate cortou meu dedo fora eu gritei com a dor e o choque, meu corpo já estava pronto para apagar, me fazer esquecer tudo e deixar que me matassem de uma vez. Mas vê-la sangrando e chorando, me forçou a continuar acordado por ela.Aquilo não podia estar acontecendo, não com a minha garota, não com a gente, era tudo o que passava na minha mente enquanto ela tentava colocar a mão no sangramento, mas só sangrava ainda mais enquanto se mexia.— Parece que você é mais inútil do que pensei! E não vamos mais precisar de você. — o homem que nos mantinha ali afirmou, sem se importar com o sofrimento da própria filha e se aproximou de mim com a arma em punho.Magie caiu deitada no chão e quando a porta do galpão explodiu ela fechou os olhos.— Magie? — chamei em meio aos tiros e