Alexander Eu estou vivendo um dilema de felicidade e culpa, a culpa se dá ao fato de que bem lá no fundo sinto como se estivesse traindo Layla, traindo o que eu senti por ela. Só que o que eu sinto por Sofia é algo novo e diferente, com ela me sinto possessivo, isso não acontecia com a Layla. Acompanhei Sofia a contra gosto até o quarto das gêmeas, ela deitou na cama e logo pegou no sono. Eu fiquei ali por meia hora olhando para ela, beijando o seu rosto e seus lábios… ela estava tão mergulhada no sono que não percebeu que eu ainda estava ali. Eu sabia que precisava ir para o meu quarto e descansar, terei um dia difícil e tenso, preciso salvar o resort ou ele vai fechar as portas.Mesmo dormindo pouco parece que dormi o suficiente por uma noite inteira, não sei dizer o motivo, mas parece que o dia está mais claro. Algo lá fora cantarola felicidade e algo aqui dentro está dançando acompanhando o ritmo que vem lá de fora. Um sorriso bobo se abre no meu rosto e ao fechar os olhos a ima
SofiaEstou cuidando das gêmeas, tudo por aqui está tranquilo até que o som do meu telefone tocando me lembra que eu ainda não posso ser feliz… não do jeito que eu quero e do jeito que preciso. Minhas mãos tremem, eu não quero segurar meu celular, mas a insistência do toque após outro toque começa a me deixar irritada. Se a chamada tivesse caído e não tocasse mais eu teria certeza que seria apenas um engano, mas a insistência me diz que é meu marido.Eu deixo Emma e Olivia brincando no chão com alguns brinquedos educativos e fico de pé. Meu celular está na cama improvisada que eu durmo quando fico no quarto das gêmeas, dou passos lentos e quando olho para a tela do meu celular sinto um frio percorrer minha espinha até chegar na nuca… é uma chamada de vídeo. Atendo a chamada muito relutante.— “Está viva e bem. Então vem a pergunta: por que você não vem para casa há três semanas, Sofia?” — Sua voz mostra claramente que Tobias bebeu.— “Eu estou trabalhando muito, meu chefe está fazendo
Alexander Ao chegar na sala da gerência encontrei Johnny Sinclair, o subgerente atolado de papéis analisando um por um e com a tela do computador quase caindo da mesa. Ver o quanto esse funcionário está se esforçando para tentar resolver o problema sozinho me deixa feliz por saber que alguém está lutando pelo resort e traz a sensação de que nem tudo está perdido.— Johnny, sou o Alexander, vamos trazer todos os funcionários de volta e até o final de semana teremos hóspedes circulando pelo resort. — O homem se assusta com a minha presença e larga os papéis na mesa.— Se-senhor Thompson? O que está fazendo aqui?— Nada de senhor Thompson! Estou aqui para tirar meu resort do buraco que Roland Hothys colocou! O que está fazendo? Esses papéis são sobre o que?— Sobre tudo o que Roland fez aqui nos últimos dois meses e meio! Ele fez o resort entrar no olho do furacão e agora está difícil de tirar.— Difícil? Vou provar para você que nada fica difícil por muito tempo quando eu me empenho no
SofiaSaber que o Alex não vai vir para casa hoje me deixou um pouco triste, de fato eu queria passar um tempo com ele de novo e entender melhor tudo isso que está acontecendo dentro de mim. Parece que a presença dele me deixa mais calma. Já passa das nove da noite e as meninas estão dormindo. Eu não tenho mais nada para fazer e depois da ligação dele estou sentindo um calor estranho.Vou até o meu quarto e tomo um banho frio, mudo de roupa e decidi descer, vou até a biblioteca da casa à procura de um livro. Preciso manter minha mente focada em qualquer outra coisa que não seja o Alex me beijando. Peguei um livro de poemas e o primeiro poema mexeu comigo.“Amor Escondido.Em segredo, nós nos encontramos, sob a luz da lua, em silêncio profundo.Nossos corações batem como um só, em um amor que é proibido, mas não podemos esconder. Nossos olhos se encontram, e o tempo para, em um momento, todo o resto desaparece. Nossas mãos se tocam, e o fogo arde, em um amor que é forte, mas não podemo
Nicácio Eu não imaginava que estava sendo criado pela minha tia, até que no meu aniversário de seis anos ela me chamou para entregar meu presente como sempre fazia e jogou a bomba no meu colo.— A partir do dia de hoje você não vai mais me chamar de mamãe, vai me chamar da forma correta: tia. — disse ela de um jeito frio — Eu apenas criei você porque a vadia viciada da minha irmã teve uma overdose e veio a falecer. Mas acho que está na hora de você saber a verdade e começar a viver a sua vida do jeito que precisa ser vivida.Eu só tinha seis anos, não merecia saber que minha mãe era uma viciada e que perdeu a vida por causa disso. Eu não consigo entender, um dia antes essa mesma mulher me tratava como um filho, com amor, carinho, paciência e um dia depois se mostrou um ser cruel ao revelar uma verdade horrível que uma criança de seis anos não conseguiria compreender com maturidade.Com o passar dos anos eu descobri que ela não era uma boa mãe nem para os filhos dela. Fazia da vida de
Alexander Estou no Thompson's Oasis desde ontem, não dormi essa noite simplesmente porque não consegui parar de pensar na Sofia, não consegui parar de pensar no quanto desejo seus beijos e em como me sinto quando ela me beija.Estou pernoitado e ainda tenho que receber os funcionários, os mesmos que foram afastados sem os pagamentos e agora voltarão a ativa sorrindo já que eu paguei tudo o que eles tinham o direito de receber. Eu não quero ver esse resort do jeito que eu vi quando cheguei aqui ontem, ele sempre foi alegre e cheio de vida. Os funcionários sorridentes atendendo aos hóspedes com alegria e satisfação… é isso que traz bons hóspedes para um resort ou um hotel, os funcionários felizes e satisfeitos.Conforme os funcionários vão chegando vão me cumprimentando com um enorme sorriso no rosto, é satisfatório ver isso. Por mais que eu esteja cansado por trabalhar até tarde e não ter dormido nada essa noite não consigo deixar de ficar feliz. Eu sei que para ter os hóspedes aqui d
SofiaMinha ansiedade me sufocou, não dormi bem e acabei tendo que mudar minha rotina com as gêmeas. Eu sabia que seria difícil ficar dentro de casa esperando pelo Alex, então decidi fazer um dia de diversão no jardim com as meninas. Pedi a ajuda de um funcionário para encher uma pequena piscina inflável e depois que colocou água nela voltei para o quarto das meninas e coloquei um maiô e uma fraldinha nelas, vesti um short e uma camiseta de alça fina e voltei para o jardim.Eu chamei Georgia para ficar por perto caso algo acontecesse e eu precisasse de um par a mais de braços. O tempo poderia mudar de repente e não quero correr com as duas nos braços, não posso arriscar que elas caiam e se machuquem. Georgia parece querer falar algo, mas sua falta de coragem não deixa.— Georgia, estamos sozinhas, os seguranças estão um pouco distantes e não vão te ouvir. Quer falar alguma coisa?— Eu não deveria ter falado sobre a senhora Thompson com você no outro dia… todos os funcionários têm pavo
Nicácio Charlotte é o nome da minha nova perturbação diária. Tive que perguntar para um funcionário já que a Chef encrenqueira não me disse seu nome. Ela teve a capacidade de me expulsar da cozinha do restaurante sem me deixar falar como ela poderia adicionar os pratos ao cardápio… mas eu não vou resistir.No dia seguinte voltei à cozinha do restaurante e só estava ela ali, era muito cedo e os funcionários só iriam chegar às seis e meia. Fui educado e dei bom dia, ela respondeu por pura educação e o que eu pensei ser um bom começo virou outra discussão entre nós dois.— Se você quer tanto assim colocar mais pratos e sobremesas no cardápio faça eles você mesmo. Eu só vou cozinhar o que coloquei no cardápio.Eu caminho na direção dela e acabo a encurralando entre mim e um balcão. Eu praticamente sussurro para ela encarando-a nos olhos:— Não sou um chef renomado ou com diploma, mas me viro bem quando eu quero! — eu abaixo meu rosto um pouco e ela vira o rosto para o lado me facilitando