Lívia olhou para a sua saia de couro curta, os espartilhos pretos, e ergueu os olhos surpresa. — Achei que queria fazer uma brincadeirinha! Ela jogou na poltrona mais próxima, o casaco preto que trazia nas mãos, junto com a sua bolsa prateada minúscula Maximiliano andou até o bar e se serviu de uma dose de whisky. — Eu nunca gostei de você, promotora! Sempre me desafiou nos tribunais! Lívia andou na direção dele, rebolando, ela realmente acreditava que Maximiliano só havia chamado ela. Na sua cabeça, ele sempre a desejou, mas como sempre foi um homem discreto, a odiava por fazer o seu showzinho no estacionamento com outros homens. — Mudou de ideia, eu sei!— ela disse maliciosa, debruçando-se no balcão do bar. Maximiliano olhou os seios dela, quase pulando pra fora da vestimenta erótica, podia-se chamar assim, e disse, depois de beber um gole da sua bebida. — Acha mesmo que eu te pegaria, depois de ver você se deleitando com tantos machos, na
Max olhou para os dois homens altos e fortes, que possivelmente estavam armados, e disse se contendo. — Bem, eu já deixei aqui o meu recado, não conte mais com a minha mulher para as suas sujeiras, para ela não interessa mais esse pacto ridículo de vocês! Ele puxou Adriana pela mão e saiu passando pelos seguranças que foram atrás deles. Maximiliano foi controlando a respiração aos poucos, afrouxando a gravata, e voltou para o bar, onde encheu o seu copo novamente Lívia também estava tensa e foi para o bar também. — Me serve uma dessa também, eu quero pura! Maximiliano segurava a garrafa e olhou curioso para a Lívia, agora composta com o seu casaco sobretudo. — Gosta mesmo do que faz?— ele indagou. Lívia deu de ombros e segurou o seu copo de Cristal para que Maximiliano a servisse. — Eu estudei para isso! Queria que eu fizesse o que? Maximiliano achou graça. — O que foi? Você não estudou para a mesma coisa?— Ela questionou. Maximiliano meneou a cabeça, segura
Lívia se recompôs e não deixou que Maximiliano percebesse que havia chorado. Lavou o rosto, secou com uma toalha e voltou para o quarto. Ela apanhou as suas roupas do chão e as examinou por um tempo, até que decidiu não vesti-las. Foi até a sala e voltou vestindo o sobretudo. Maximiliano a observava quieto. Ela fechou os botões do sobretudo e colocou só a calcinha no bolso. O espartilho segurou nas mãos, a bolsa já estava pendurada. — Vem aqui!— Maximiliano disse tranquilamente. Lívia ficou insegura. — Vem!— ele insistiu. Ela foi e ele a fez inclinar para lhe beijar. Foi um beijo doce, demorado e tranquilo. — Fica!— ele pediu, voltando a lhe beijar. Lívia sentiu o seu corpo sendo puxado até cair sobre o leito. Eles ficaram sussurrando. — Fica comigo esta noite!— ele pediu baixinho. . — Não posso! — Por quê? Lívia suspirou profundamente. — Eu não sei, mas eu não posso! — Eu quero fazer amor outra vez com você, quero ac
Alex ficou preocupado. — O que houve, Bella? Por que está tão frágil assim? Eu não queria falar sobre o que tinha acontecido no escritório do Maximiliano, não naquele momento! Eu me abracei mais a ele. — Eu nunca quis ficar sem você nessa vida, nunca quis ter que abrir mão da minha família! Alex suspirou resignado. — Eu sei, meu amor, a culpa foi minha. Eu tornei tudo mais difícil para você! Eu quis apressar as coisas, talvez você tivesse conseguido um emprego de estagiária remunerada, sei lá, qualquer coisa que pudesse te incentivar a crescer na sua área, mas eu te joguei aos leões, eu não sabia que estava te colocando nas mãos de um doente, traidor! Eu fiquei em silêncio. Ele continuou. — Se eu sonhar que ele está te assediando, eu vou responder a um processo por agressão, mas eu acabo com a raça daquele desgracado! Eu estremeci, fiquei paralisada. Alex me afastou para me olhar nos olhos. — Ele tentou alguma coisa com você? Nã
Lucas ergueu as sobrancelhas e saiu atrás do patrão. Maximiliano atravessou o jardim, apressado, parou diante do portão, onde Alex estava o esperando, e foi falando debochado: — O que veio fazer aqui? Não me diga que está procurando a sua mulher outra vez? Alex se alterou e sacolejou o portão de ferro. — Eu vou te matar, Maximiliano! Se você encostar um dedo nela, eu acabo com você! Eu vim aqui só para te avisar! Maximiliano riu irônico. — Ela te contou? Foi só um beijo! Alex se encheu de ódio. — Desgracado! Miserável!— ele gritava. Maximiliano se sentia seguro do lado de dentro, e não se alterou, continuou provocando. — Não se preocupe, ela não é igual a Cecília!— ele disse cruzando os braços. Alex ficou fora de si. — Não fala da Cecília, seu infeliz! Ela morreu por sua causa! Maximiliano saiu do sério também. — Minha causa? Ela queria viver comigo, você não deixou! Você fez o mesmo com a Bella! Alex quas
Quando eu saí do banho, comecei a perceber que a casa estava muito silenciosa. Vesti um roupão e fui procurar o Alex. Nada dele, eu comecei a ficar preocupada. Não, definitivamente, ele não estava ali. Eu fiquei desolada, achei que ele não queria me levar com ele, então fui passar um café na cozinha e me sentei, apoiando-me na bancada. Depois de um tempo, fui me trocar e vestir um agasalho, estava um pouco frio. Deixei os cabelos soltos, coloquei um tênis e fui para a sala. Estava impaciente, sem ter nada para fazer. Rosana ficou de trazer suas coisas no domingo ou caso eu não estivesse em casa, ela levaria tudo na segunda. Eu achei essa opção melhor, porque eu tinha certeza de que iria ver os meus filhos no fim de semana. Eu estava tão triste e preocupada que não comi nada, e olha que eu sempre comi bem no café da manhã. Puxei a manta do sofá e fiquei ali, enrolada pensativa. Eu pensava naquela francesa solta na mansão e até na Aline,
— O que os namorados fazem? — ele quis saber, tinha um ar de brincalhão. — Tudo o que fazemos, e algo mais. — O que significa esse algo mais?— ele insistiu curioso. — Ir ao cinema, viajar juntos, passar o fim de semana na casa um do outro, e principalmente, dizer para todo mundo que já é comprometido! Alex assentiu. — Está bem, ficamos assim então, eu sou seu namorado e você é minha namorada, portanto não cabe a traição! — Não, não cabe!— Eu confirmei. — Sem beijos na boca!— ele emendou misterioso. — Isso, sem beijos na boca, isso já é traição! Alex saiu do carro e deu a volta para me abrir a porta. Entramos de mãos dadas na mansão. Eu estranhei aquela senhora de uniforme. Alex explicou: — Ah, essa é a mãe da Aline! Ela a está substituindo por uns dias, até ela se recuperar de uma gripe. A mulher era bastante humilde e me cumprimentou com um sorriso genuíno. — E a Giorgia, está de folga?— eu quis saber. — Ela folga nos fins d
Júnior chegou com o pai se sentindo mais seguro, estava até rindo, descontraído. Como estava frio, Cristal e Filippo estavam sempre juntinhos. Eu achava estranho que Alex nem desconfiava que eles namoravam. Na cabeça dele, os dois eram como irmãos. Giorgia chegou para ajudar com o almoço, Théo veio junto com o Gabriel. As crianças ficaram animadas com a visita do menino que tinha nove anos e era bem crescido. Ele já tinha vindo outra vez, mas era sempre uma festa para as crianças receberem alguém na mansão. Eu fui conversar com Giorgia na cozinha e aprovei para ajudar em alguma coisa, enquanto sondava as coisas. — Se quer ajudar, faça o purê de batatas que as crianças adoram! — ela disse agitada. Eu entrei no assunto que me interessada: — O Giorgia, que história é essa de que você tirou a Aline de cena, para deixar a Rose Marie longe do Alex, hein? Luiza ficou sem jeito. — Eu vou arrumar a mesa!— ela disse, pegando umas porcelanas