Eduardo olhou para o pai, incrédulo. — Que lado é esse seu que eu não conheço, pai? Parece-me uma pessoa mesquinha, pequena! Maximiliano ficou chocado com as observações do filho. — Está defendendo o Alex? Está contra o seu pai? — Eu quero saber quem é o senhor? Sabe que não tem nenhuma chance com a Bella, mas quer vê-la longe do marido por puro capricho! Maximiliano não tentou se defender. Deixou que o filho desabafasse — A minha mãe falava coisas a seu respeito que eu nunca acreditei! O senhor foi sempre bom pai, bom marido, o seu único defeito era trabalhar demais! O senhor nunca foi mulherengo, o problema estava na minha mãe, ao menos, eu achava que ela não sabia dar valor ao marido que tinha! — Ela sempre gostou de luxo, mas nunca quis trabalhar, nem mesmo aqui, me auxiliando, ainda que fosse como a Rosana, uma telespectadora! Eduardo ficou boquiaberto. — Consegue falar assim de uma funcionária tão dedicada? Uma telespectadora?! M
Andradas ficou visivelmente aborrecido, mal comeu, não via a hora de ver todos saírem da mesa para ir conversar com Giorgia. E foi o que aconteceu. Rose Marie e Mirtes foram conversar na área da piscina, e Andradas chegou na cozinha afobado. — Giorgia, vem comigo até o jardim, pelo amor de Deus, caso contrário, eu vou explodir! Giorgia olhou para Luiza e fez um sinal para que ela esperasse. A mulher muito humilde, só assentiu com a cabeça e foi para a pia lavar a louça. Quando chegaram ao jardim, Andradas começou o interrogatório. — Que história é essa sobre a Aline? Você não acha que eu engoli essa, achou? Fala logo, Giorgia, o que está acontecendo? Quem lhe deu ordens para afastá-la daqui? Tem o dedo da Mirtes nesta história, não tem? — Ela preferiu assim, Zinho, melhor deixar as coisas como estão! — Giorgia respondeu de cara virada. Andradas perdeu a paciência. — Olha pra mim, Giorgia! Giorgia obedeceu. — Eu quero a Aline de vo
Para mim também foi uma semana cheia. Muita correria com dois casos importantes. Eu ficava praticamente quase todo o dia na sala do Maximiliano. Rosana ia almoçar com Eduardo todos os dias e eu já percebia um clima entre eles. Bom, depois do que aconteceu na sala do rapaz, não era para menos! Os dois falavam muito a respeito da confiança que o Maximiliano tinha em mim, principalmente da indiferença com que tratava a Rosana, mas apesar de compartilhar da mesma ideia do Eduardo, ela não demonstrava para mim o quanto aquilo lhe doía, ao contrário, me dava umas ideias para eu usava como argumento! Ela parecia tão experiente! Todos os dias eu chegava cansada em casa e dormia cedo. Muitas vezes, chegamos a almoçar no escritório, para ganhar tempo. Maximiliano estava um tanto atordoado, disse nunca ter pego tantos casos em tão pouco tempo. — Estou achando que depois daquela causa que você ganhou, ficamos com mais prestígio! Eu fiquei lisonjeada.
Rosana franziu a testa, enquanto mordia o seu lanche. — Hum… — Estou enchendo você, não é amiga? — Hum… Rosana gesticulou negando, mas estava faminta. Eu sorri feliz, era tão bom tê-la como amiga outra vez! Só depois de satisfeita, fomos conversar no sofá da sala. — Adorei sua casa, Bella! Aqui parece que tem paz!— ela disse olhando em volta. Eu olhei atrás da brecha deixada pela cortina da sala, onde a parede de vidro, refletia o verde lá de fora. — Eu gosto daqui. Vivi muito tempo neste lugar. É um condomínio tranquilo! Rosana se levantou e abriu a cortina um pouco mais. — Por isso o namorado da sua mãe já criou até raiz aqui— ela comentou, olhando lá pra fora. Eu fiquei pensativa. — É, minha mãe vai acabar voltando para cá. Se o Antenor vender a casa dele, vai comprar uma outra que tem aqui. É menor que a dele, mas é aqui no mesmo condomínio. É melhor que a minha, tem até piscina! Eles vão construir um ninho só para eles.
Lívia olhou para a sua saia de couro curta, os espartilhos pretos, e ergueu os olhos surpresa. — Achei que queria fazer uma brincadeirinha! Ela jogou na poltrona mais próxima, o casaco preto que trazia nas mãos, junto com a sua bolsa prateada minúscula Maximiliano andou até o bar e se serviu de uma dose de whisky. — Eu nunca gostei de você, promotora! Sempre me desafiou nos tribunais! Lívia andou na direção dele, rebolando, ela realmente acreditava que Maximiliano só havia chamado ela. Na sua cabeça, ele sempre a desejou, mas como sempre foi um homem discreto, a odiava por fazer o seu showzinho no estacionamento com outros homens. — Mudou de ideia, eu sei!— ela disse maliciosa, debruçando-se no balcão do bar. Maximiliano olhou os seios dela, quase pulando pra fora da vestimenta erótica, podia-se chamar assim, e disse, depois de beber um gole da sua bebida. — Acha mesmo que eu te pegaria, depois de ver você se deleitando com tantos machos, na
Max olhou para os dois homens altos e fortes, que possivelmente estavam armados, e disse se contendo. — Bem, eu já deixei aqui o meu recado, não conte mais com a minha mulher para as suas sujeiras, para ela não interessa mais esse pacto ridículo de vocês! Ele puxou Adriana pela mão e saiu passando pelos seguranças que foram atrás deles. Maximiliano foi controlando a respiração aos poucos, afrouxando a gravata, e voltou para o bar, onde encheu o seu copo novamente Lívia também estava tensa e foi para o bar também. — Me serve uma dessa também, eu quero pura! Maximiliano segurava a garrafa e olhou curioso para a Lívia, agora composta com o seu casaco sobretudo. — Gosta mesmo do que faz?— ele indagou. Lívia deu de ombros e segurou o seu copo de Cristal para que Maximiliano a servisse. — Eu estudei para isso! Queria que eu fizesse o que? Maximiliano achou graça. — O que foi? Você não estudou para a mesma coisa?— Ela questionou. Maximiliano meneou a cabeça, segura
Lívia se recompôs e não deixou que Maximiliano percebesse que havia chorado. Lavou o rosto, secou com uma toalha e voltou para o quarto. Ela apanhou as suas roupas do chão e as examinou por um tempo, até que decidiu não vesti-las. Foi até a sala e voltou vestindo o sobretudo. Maximiliano a observava quieto. Ela fechou os botões do sobretudo e colocou só a calcinha no bolso. O espartilho segurou nas mãos, a bolsa já estava pendurada. — Vem aqui!— Maximiliano disse tranquilamente. Lívia ficou insegura. — Vem!— ele insistiu. Ela foi e ele a fez inclinar para lhe beijar. Foi um beijo doce, demorado e tranquilo. — Fica!— ele pediu, voltando a lhe beijar. Lívia sentiu o seu corpo sendo puxado até cair sobre o leito. Eles ficaram sussurrando. — Fica comigo esta noite!— ele pediu baixinho. . — Não posso! — Por quê? Lívia suspirou profundamente. — Eu não sei, mas eu não posso! — Eu quero fazer amor outra vez com você, quero ac
Alex ficou preocupado. — O que houve, Bella? Por que está tão frágil assim? Eu não queria falar sobre o que tinha acontecido no escritório do Maximiliano, não naquele momento! Eu me abracei mais a ele. — Eu nunca quis ficar sem você nessa vida, nunca quis ter que abrir mão da minha família! Alex suspirou resignado. — Eu sei, meu amor, a culpa foi minha. Eu tornei tudo mais difícil para você! Eu quis apressar as coisas, talvez você tivesse conseguido um emprego de estagiária remunerada, sei lá, qualquer coisa que pudesse te incentivar a crescer na sua área, mas eu te joguei aos leões, eu não sabia que estava te colocando nas mãos de um doente, traidor! Eu fiquei em silêncio. Ele continuou. — Se eu sonhar que ele está te assediando, eu vou responder a um processo por agressão, mas eu acabo com a raça daquele desgracado! Eu estremeci, fiquei paralisada. Alex me afastou para me olhar nos olhos. — Ele tentou alguma coisa com você? Nã