Eu lancei um olhar para Aline, que olhava curiosa e disse: — Eles tem uma babá agora! — Você é mãe!— Alex disse inclinando-se por cima da sua xícara. Andradas olhava curioso para Aline que se retirava rebolando com o vestido curto do uniforme. — Ela está encantada pelo Alex, não percebeu?— esse era o veneno da Mirtes que soprava ao ouvido do marido. Théo chegou na cozinha com um embrulho e entregou para Giorgia. — Deu tempo para passar lá e pegar a encomenda— ele disse agitado. Giorgia pegou de suas mãos e entregou para Aline. — Tome garota! Vai trocar esse uniforme já! Aline segurou o embrulho no peito assustada e indagou preocupado: — O que significa isso? — Vai logo, garota!— Giorgia disse impaciente. Aline saiu correndo e foi para o seu quarto, onde abriu rapidamente o pacote. — Meu Deus!— ela exclamou ao ver o uniforme azul marinho com uma barra que ia até abaixo dos joelhos. Ela quase chorou quando se viu no espelho
Théo se remexeu impaciente. — Senhor, se me permite, só vai ter certeza do seu amor de fato, se a deixar ir, lamento lhe dizer! Alex afrouxou a gravata, soltando o ar pela boca. — Eu já a deixei ir e quase a perdi, não posso correr o risco outra vez! Théo suspirou resignado, concluindo que era inútil insistir com o patrão, então o questionou: — Senhor, acredita que vai conseguir segurá-la por muito tempo? — Estou certo disso, Théo, não é à toa que estou me comportando como um tirano! Acha que é fácil para mim, ser sempre durão com a mulher que eu amo? — Não, claro que não! Théo olhou pelo retrovisor e arriscou mais um pouco, vendo que o patrão lhe deu liberdade. — Senhor, posso lhe fazer uma pergunta? — Claro, Théo! — O senhor está tão seguro de que pode manter a Bella em casa, baseado em que? Ela é advogada, conhece os seus direitos, não tem medo que ela acione a polícia? — Ela não faria isso! — Por que? Por causa das crianças?— Théo n
Finalmente, Maximiliano e Eduardo chegaram à delegacia. Apesar de estar sempre ocupado, Paiva atendeu os dois prontamente. Ele chegou com o seu jeito despojado, usando calças jeans e um terninho por cima, mas não deixava de ser atraente. Os três entraram na sua sala e um escrivão que estava ali, saiu para dar mais privacidade, percebendo o olhar de Maximiliano para ele. — E aí meu amigo, o que o trás aqui? Algum problema?— Paiva ficou interessado. — Um problemão, eu diria, meu amigo!— Maximiliano se ajeitou na cadeira. Paiva franziu a testa, curioso. — Você sabe que pode sempre contar comigo, Maximiliano! Não faça cerimônia! Mas Maximiano pisou macio naquele terreno. — Paiva, nós somos amigos desde a faculdade, você sabe! O delegado se encostou na sua cadeira e cruzou as mãos atrás do pescoço, falando divertido: — Lá vem bomba! Solta Maximiliano, pode soltar, não faça rodeios, pelo amor de Deus! Você sabe que eu sou curioso aos ex
Paiva franziu a testa, incrédulo. — Por que chegaram a esse ponto? Meu Deus, o Alex não podia ter feito uma coisa dessas! Ele é um juiz! — Só peço que fale com ele, não lhe desejo mal! Paiva suspirou preocupado. — O doutor Maximiliano não está para brincadeira! O Alex não está medindo as consequências! Ele saiu andando na direção da porta e eu o segui, preocupada, falando sem parar: — Por favor, não quero que ele se prejudique, delegado! Ele é o pai dos meus filhos! O homem saiu sem me dar atenção e os seguranças correram para abrir o portão para ele. Eu suspirei preocupada, não sabia como Alex iria reagir a tudo aquilo. Paiva chegou no fórum e esperou por Alex próximo a porta de acesso ao estacionamento. — Paiva!— ele exclamou sorrindo. O homem estava sério e ansioso. — Venha comigo, Alex! Tenho um assunto sério para tratar com você! Alex o seguiu curioso e foram parar para conversar próximo a uma coluna. — Alex, você e
Quando o carro do Alex estacionou dentro da garagem, ele mal esperou o Théo abrir a porta, e saiu apressado na direção da casa. — Onde está a Bella?— ele entrou falando alterado. Giorgia chegou agitada da cozinha. Aline veio atrás. As duas paralisaram ao ver o patrão tão alterado. — Onde ela está?— ele insistiu olhando furioso para as duas. Andradas descia as escadas e ficou surpreso. — Alex! O que aconteceu? Vai brigar com a Bella outra vez? Alex olhou para o alto da escada, eu vinha descendo tranquilamente. Ele paralisou e me acompanhou com o olhar quando eu passei por ele. — Por que está assim, tão alterado?— indaguei fingindo não saber. — Nós vamos resolver essa situação de uma vez, Bella! — Eu acho que já não era sem tempo!— retruquei debochada. — Vamos lá no escritório, me siga! Eu olhei para os olhos curiosos e respirei fundo, obedecendo logo em seguida. Alex estava fora de si e me olhava como se me acusasse de algo.
Eu saí dali, deixando Andradas desolado. Giorgia chegou para consolá-lo. — Zinho, não fique assim, eu sei que está fazendo de tudo para ajudar a Bella e o juiz, mas eles vão ter que aprender com os próprios erros! Andradas olhou em volta com à vista baixa e desabafou: — Giorgia, eu devia largar tudo isso aqui e cuidar da minha vida! Eu tenho alguém me esperando na Europa! Giorgia ficou penalizada. Andradas continuou falando: — Eu vou dar logo entrada no meu processo de divorcio com Mirtes e assim que tudo se resolver, eu vou embora! Nesse momento, Aline entrou ali afobada. Ela se surpreendeu ao ver Giorgia. — Ô menina, o que você quer aqui?— Giorgia tinha as mãos na cintura e o olhar incrédulo. Aline ficou sem jeito e olhou para Andradas, tentando se justificar. — Eu vim saber se o senhor precisa de alguma coisa. Giorgia olhou feio para Aline, medindo a moça de cima para baixo. — Sai daqui menina! Ninguém precisa de você não!
Eu desci vestida num conjunto de short e camiseta de seda, estava elegante. As crianças ainda estavam na mesa. — Oi mamãe! — esse era o Antônio, com a sua vozinha doce. Eu fui beijar o seu rosto, depois eu fui ajeitar os cachinhos da minha princesinha. Júnior me olhou sério e curioso. — Você vai embora?— ele quis saber. Eu ergui os meus olhos surpresa, mas ele continuou: — É verdade, mamãe! Eu sei que só veio morar aqui por nossa causa, mas o papai não é mais o seu marido! Eu olhei para Cristal e ela abaixou a cabeça, entristecida. Eu fui falar com ela. — Me perdoe, mas eu preciso ir. — Não pode me levar dessa vez?— ela indagou chorosa. Eu segurei o choro e respondi: — O seu pai não me permitiu fazer isso, dessa vez, querida! Cristal assentiu compreensiva, e baixou a cabeça novamente. Eu suspirei colocando para fora toda a minha tristeza e lhe acariciei os cabelos. — Você sempre será minha filha, Cristal, você foi o conheço de tudo! Ela ergueu os ol
— José! Tire esses olhos dessa menina!— Mirtes cochichou incomodada. Andradas ficou sem jeito e segurou firme os talheres nas mãos. Aline não tinha pressa em servir a mesa. Ela olhava curiosa para Alex e vez ou outra para o pai dele. Giorgia chegou para ajudar e saiu levando a moça. Eu podia sentir o peso do sentimento de dor que o Alex nutria. Ele acreditava estar sendo traído por mim. Jantamos sem nos falar. Depois de um tempo, Andradas se levantou e arrastou a mulher que relutou em sair da mesa. — Por que eu tenho que sair também?— ela perguntou baixinho. — Venha Mirtes, os dois precisam conversar!— Andradas estava impaciente. Só então, quando ficamos a sós, é que o Alex puxou conversa comigo. — Já arrumou as suas coisas?— ele indagou sem olhar para mim. — Sim, está praticamente tudo pronto!— eu menti. Minha cama estava cheia de roupas jogadas. — E para onde você vai? Já sabe?— ele falava quase bufan