Maximiliano me levou para sua casa, onde eu estaria em segurança. Ele me conduziu, abraçada para dentro da casa. Eu respirei aliviada. — Que loucura!— exclamei jogando a bolsa no sofá. Ele sorriu e veio abraçar a minha cintura. — Eu já passei por isso, há muitos anos! É o preço para o sucesso! Eu sorri, mas fiquei sem jeito com a sua proximidade. — Tudo tem um preço, Bella! Está disposta a pagar? Engoli em seco, a respiração ficou ofegante, por um momento, eu acho que preferi voltar e enfrentar a perseguição aqueles repórteres! Maximiliano me beijou e percebeu o quanto eu estava tensa. — Venha!— Ele disse me puxando pela mão. Eu estava muito nervosa, ele estava me levantando para o seu quarto. Esse era o preço que eu tinha a pagar? Deitar-se com ele por gratidão, por ele ter me passado o caso? Ele percebeu meu mal estar, como se pudesse saber o que se passava na minha mente, então disse apontando o leito. — Desc
Andradas ficou desesperado andando atrás do filho, que subia as escadas aos gritos. — Filho, pelo amor de Deus! Filho, pense nas crianças! Você vai assustá-las! Alex não ouvia o pai e pisava fundo nos degraus até que avistou Antônio surgindo no fundo do corredor, Aline vinha logo atrás. Ele ficou paralisado e tentou se conter para receber o filho que se jogou nos seus braços. — Papai! O que aconteceu? Onde está a minha mãe? Alex controlou a respiração, antes ofegante, e olhou sem jeito para Aline que chamou Antônio. — Venha, Antônio! O seu pai está cansado, depois você conversa com ele! Alex ficou sem jeito, diante da moça. — É, eu estou cansado! Vá Antônio! Aline vai cuidar de você! Aline saiu ajeitando o vestido curto, enquanto Alex entrou no seu quarto, seguindo pelo pai, que deu uma leve olhada para as pernas da moça. — Não acha essa moça muito jovem para cuidar dos seus filhos? — ele indagou confuso. Alex não deu importânc
Eu desci para jantar com os olhos ainda inchados de chorar. Alex estava na cabeceira da mesa, com o semblante fechado. Meus sogros estavam cabisbaixos. Giorgia chegou servindo a mesa, assim que eu me sentei. Ela estava com cara de choro também. Theo estava na cozinha, sentado esperando Giorgia chegar. — E aí?— ele quis saber ao ver a esposa retornar. Giorgia sentou-se, suspirando triste. — Acho que a minha menina não vai aguentar essa pressão toda não Théo! Théo concordou assentindo. — Se ela tivesse ido embora conosco, lá atrás, não estaria passando por isso! — Não adianta, Théo! Essa menina ama esse homem, do jeito que ele é, ela teria voltado atrás dele! Théo franziu a testa surpreso. — Você acha? Como se ela estivesse presa psicologicamente a ele? Giorgia afirmou convicta. — Exatamente! Eu lhe garanto que ela não vive mais sem esse homem, e ele sabe disso, no fundo, ele sabe! Théo ficou pensativo, an
O dia seguinte seria muito importante para mim. Depois da minha boa atuação na minha primeira causa. Não via a hora de chegar no escritório e abraçar Rosana, falar com Maximiliano, poder comentar o assunto o dia inteiro! Eu acreditei que depois de fazer amor gostoso com o Alex, por mais que ele estivesse relutante, eu iria poder sair de casa e até votar de onde eu parei. Não fazia mesmo sentido algum eu aceitar aquela situação de cárcere quando eu como advogada sabia ser contra a lei. Eu me vesti socialmente e suspirei diante do espelho. Coloquei os brincos combinando e paguei a minha bolsa. Para a minha surpresa, alguém bateu à minha porta. — Entre!— Eu autorizei, achando que fosse Giorgia, ou até mesmo o Alex. — Bom dia, senhora!— era Aline. Eu vi nos olhos dela a admiração. — A senhora está muito bonita! — Obrigada, Aline! Pode falar! Ela sorriu com um certo ar de inocência e disse: — Eu já cuidei das crianças e já as mandei para a
Eu lancei um olhar para Aline, que olhava curiosa e disse: — Eles tem uma babá agora! — Você é mãe!— Alex disse inclinando-se por cima da sua xícara. Andradas olhava curioso para Aline que se retirava rebolando com o vestido curto do uniforme. — Ela está encantada pelo Alex, não percebeu?— esse era o veneno da Mirtes que soprava ao ouvido do marido. Théo chegou na cozinha com um embrulho e entregou para Giorgia. — Deu tempo para passar lá e pegar a encomenda— ele disse agitado. Giorgia pegou de suas mãos e entregou para Aline. — Tome garota! Vai trocar esse uniforme já! Aline segurou o embrulho no peito assustada e indagou preocupado: — O que significa isso? — Vai logo, garota!— Giorgia disse impaciente. Aline saiu correndo e foi para o seu quarto, onde abriu rapidamente o pacote. — Meu Deus!— ela exclamou ao ver o uniforme azul marinho com uma barra que ia até abaixo dos joelhos. Ela quase chorou quando se viu no espelho
Théo se remexeu impaciente. — Senhor, se me permite, só vai ter certeza do seu amor de fato, se a deixar ir, lamento lhe dizer! Alex afrouxou a gravata, soltando o ar pela boca. — Eu já a deixei ir e quase a perdi, não posso correr o risco outra vez! Théo suspirou resignado, concluindo que era inútil insistir com o patrão, então o questionou: — Senhor, acredita que vai conseguir segurá-la por muito tempo? — Estou certo disso, Théo, não é à toa que estou me comportando como um tirano! Acha que é fácil para mim, ser sempre durão com a mulher que eu amo? — Não, claro que não! Théo olhou pelo retrovisor e arriscou mais um pouco, vendo que o patrão lhe deu liberdade. — Senhor, posso lhe fazer uma pergunta? — Claro, Théo! — O senhor está tão seguro de que pode manter a Bella em casa, baseado em que? Ela é advogada, conhece os seus direitos, não tem medo que ela acione a polícia? — Ela não faria isso! — Por que? Por causa das crianças?— Théo n
Finalmente, Maximiliano e Eduardo chegaram à delegacia. Apesar de estar sempre ocupado, Paiva atendeu os dois prontamente. Ele chegou com o seu jeito despojado, usando calças jeans e um terninho por cima, mas não deixava de ser atraente. Os três entraram na sua sala e um escrivão que estava ali, saiu para dar mais privacidade, percebendo o olhar de Maximiliano para ele. — E aí meu amigo, o que o trás aqui? Algum problema?— Paiva ficou interessado. — Um problemão, eu diria, meu amigo!— Maximiliano se ajeitou na cadeira. Paiva franziu a testa, curioso. — Você sabe que pode sempre contar comigo, Maximiliano! Não faça cerimônia! Mas Maximiano pisou macio naquele terreno. — Paiva, nós somos amigos desde a faculdade, você sabe! O delegado se encostou na sua cadeira e cruzou as mãos atrás do pescoço, falando divertido: — Lá vem bomba! Solta Maximiliano, pode soltar, não faça rodeios, pelo amor de Deus! Você sabe que eu sou curioso aos ex
Paiva franziu a testa, incrédulo. — Por que chegaram a esse ponto? Meu Deus, o Alex não podia ter feito uma coisa dessas! Ele é um juiz! — Só peço que fale com ele, não lhe desejo mal! Paiva suspirou preocupado. — O doutor Maximiliano não está para brincadeira! O Alex não está medindo as consequências! Ele saiu andando na direção da porta e eu o segui, preocupada, falando sem parar: — Por favor, não quero que ele se prejudique, delegado! Ele é o pai dos meus filhos! O homem saiu sem me dar atenção e os seguranças correram para abrir o portão para ele. Eu suspirei preocupada, não sabia como Alex iria reagir a tudo aquilo. Paiva chegou no fórum e esperou por Alex próximo a porta de acesso ao estacionamento. — Paiva!— ele exclamou sorrindo. O homem estava sério e ansioso. — Venha comigo, Alex! Tenho um assunto sério para tratar com você! Alex o seguiu curioso e foram parar para conversar próximo a uma coluna. — Alex, você e