Rosana se foi com aquela resposta positiva, mas antes, ela me alertou de que foi obrigada a mostrar um documento de identidade para os seguranças da mansão e que provavelmente eu seria questionada pelo Alex. Eu lhe sorri lhe tranquilizando. — Tudo bem, amiga! Você me trouxe uma injeção de ânimo! Eu vou enfrentar o Alex! Rosana chegou no escritório ansiosa para falar com Maximiliano. Entrou na sala sem avisar e se surpreendeu ao ver que Eduardo estava lá. — Desculpe, doutor, eu volto outra hora! Maximiliano ergueu a mão, agitado. — Fique, Rosana! O meu filho já sabe de tudo, ele cruzou com o Alex ontem! Rosana ficou curiosa e ergueu as sobrancelhas, virando-se para o filho do seu chefe. — É, não foi um encontro muito amigável!— Eduardo disse confuso. Maximiliano olhou para o filho e retrucou aborrecido: — Imagino que não tenha sido mesmo! A considerar o que você estava fazendo com aquela promotora sem classe! Eduardo riu e
— Me provoque agora!— Ele disse segurando o meu rosto e me beijando em seguida. Eu já nem me lembrava que o tinha provocado horas atrás. A conta chegou. Eu o empurrei e pensei que ele não se aguentava de pé. Então eu o segui para auxiliá-lo. Alex não estava tão bêbado a esse ponto, mas a trouxa aqui, caiu na besteira e foi lhe socorrer. Adivinha, acabei na cama, me debatendo claro. — Se solta!— eu disse quando ele colocou o seu peso sobre mim. Alex insistia em me obrigar a olhar para ele, para ouvi-lo. — Olha para mim, Bella! Olha aqui! Eu me recusava e ele insistia segurando o meu rosto com as mãos. — Bella, escuta! Bella! Eu desisti de resistir, ele não iria sair de cima de mim. — Está bem, Alex! Fale!— eu disse impaciente. Ele ficou um tempo olhando para a minha boca, com a respiração ofegante. — Você mentiu, não foi? Você não transou com ele! Eu engoli em seco, fiquei confusa por um tempo, mas achei
Alex sentia um tesão tão grande que, quando se derramava dentro de mim, ele sempre me beijava com intensidade. Eu também curto esse momento louco. Foi por isso que me enchi de filhos. Nem tanto! Eu nunca me arrependi de tê-los, ainda mais do jeito que o Alex me tratava quando eu ficava grávida. Ele me trazia chocolates e flores sempre, e também me agradecia todos os dias pela manhã por eu estar carregando um filho seu. Ele dizia que me amava e beijava a minha barriga muitas vezes! Não sei se era impressão, ou eu estava amolecendo o meu coração. Eu só conseguia lembrar de coisas boas! O Alex ficou santo de repente, ou eu estava voltando a ser submissa por estar ali, privada do mundo lá fora? Não sei, mas eu queria tanto dizer “ eu te amo!”. Eu não estava louca! Eu não falei! Ele estava deitado ao meu lado, segurando a minha mão e me olhando com os olhos miúdos de sono. — Não é melhor você ir dormir no seu quarto?— eu indaguei com a voz pesada de son
Giorgia se assustou. — O que é isso, menina? Pelo amor de Deus! Pare de ficar colocando minhocas na sua cabeça! Eu fiquei olhando Giorgia recolher os cacos do chão e agachei para ajudá-la. — Giorgia, desculpa! Eu sou uma boba mesmo, sabia? Não vamos mais falar nisso, está bem? Giorgia se sacudiu nervosa. — É bom mesmo, porque essa menina precisa muito desse emprego! Ela perdeu o pai e só o salário da mãe dela não dá de jeito nenhum! Elas estão quase passando fome, e você vê, como ela está sempre sorrindo? Ela vai fazer bem para essas crianças! — Ela vai ser babá dos meus filhos?— eu quis saber, desconfiada. Giorgia parou de andar com os cacos nas mãos e disse séria: — Ela veio para me ajudar, agora que você está trabalhando! Eu acho que ela fica bem como babá. Antônio adorou ela! Eu retruquei nervosa. — Ao menos compre outro uniforme para ela! Aquele era meu e desde aquele tempo, já era bem curto! Giorgia se sacudiu, saiu para os fundos da casa e eu voltei para
Antes do dia amanhecer, eu recebi outra visita. Era o Alex, cheirava à bebida, como da última vez. Eu me informei com o Théo. Ele tinha saído para beber e levou um dos seguranças novos. O rapaz contou para o Théo no dia seguinte que o patrão encheu a cara e não deu bola para mulher nenhuma. O rapaz ficou incrédulo. — Precisa ver o que tinha de mulher em cima dele! Cada uma mais linda que a outra! Pelo que o Théo averiguou, Adriana e Lívia estavam lá, mas ele saiu e as deixou sem se despedir. Acho que essa era uma dessas noitadas em que o Alex não viu o seu interesse despertar por nenhuma outra mulher. Ele entrou tombando, e estava mais bêbado do que da última vez. Caiu por cima de mim. — Meu Deus! Alex! Ele não se importou com as minhas queixas e continuou passando as mãos pelos pelo corpo. — Alex, não! O que está fazendo? Não adiantou falar, todo o meu corpo foi tocado, minhas roupas foram tiradas e ele parecia ter um desejo animalesco por mim. Ele falava muitas c
Alex saiu tranquilamente do meu quarto como se fosse ainda o meu marido, e legalmente, ainda era. Ele cruzou com Aline no corredor que vinha trazendo Antônio e Sophia pelas mãos. Ele a cumprimentou cordialmente com um inclinar de cabeça apenas, e a moça saiu suspirando. Cristal e Júnior desceram logo em seguida, Aline ajudou Giorgia a colocar a mesa, depois foi conversar com ela na cozinha. — Giorgia, como a dona Bella soltou um homem desse? Eu nunca vi um ser mais perfeito! Giorgia ficou surpresa. — Ô menina, ficou louca? A Bella morre de ciúmes desse marido, nem se meta a besta!. Outra coisa, ele é muito mais velho que você! Aline surpreendeu. — Eu hein Giorgia, coisa mais antiga! Esse negócio de diferença de idade não existe mais não! Nossos espíritos são todos iguais! Isso aqui é só uma pele que nos diferencia! Outra coisa, o Juiz casou com a dona Bella, você mesma falou que ele era vinte anos mais velho! Giorgia colocou as
Eu só esperei o casal desaparecer na escada, para eu subir correndo. Eu me arrumei, vesti um vestido preto justo no corpo, que descia até acima dos joelhos. Depois prendi o cabelo no alto da cabeça e coloquei brincos bem pequenos e discretos. A maquiagem estava bem suave, eu estava pronta. Peguei minha bolsa preta fina, mas básica e desci as escadas. Giorgia estava lá embaixo me esperando. Ela ficou emocionada ao me ver. Com as mãos juntas ao peito, ela me disse sorrindo. — Vai minha filha, vai lá e brilha! A Gi vai está aqui torcendo por você! Ela me abraçou tão forte que eu tive que fazer um esforço enorme para não chorar e ter que refazer a maquiagem. — Vai lá no jardim, que o Zinho está te esperando!— ela sussurrou me apontando a porta de entrada. Eu saí ansiosa atrás do meu sogro que estava me esperando próximo a uma árvore. — Vamos doutora! Hoje é o seu dia!— ele disse animado me estendendo a mão. Entramos no carro dele que
Eu fui colocada às pressas no carro de Andradas e o marido de Antonieta veio nos orientar a passar na frente deles para escapar do assédios na porta do fórum. Assim fizemos, mas não adiantou muito, um repórter reconheceu o nosso carro, sendo de Andradas. — Ei, eu vi ela entrando nesse carro! É a doutora!— ele gritou. Veio uma multidão assustadora em nossa direção e cercou o nosso carro. — E agora, senhor Andradas? Como vamos fazer para sair daqui?— eu estava apavorada. Andradas se manteve calmo no volante. — Esse é o preço do sucesso, Bella! Vai se acostumar logo com isso! Eu olhei para trás e vi vários homens de preto vindo na direção do nosso carro. — Acho que eles já sabiam que isso ia acontecer!— eu disse mais calma. — Ainda bem, caso contrário, não sei como faríamos para sair daqui!— Andradas comentou olhando pelo retrovisor. — Eu quase desci para dar a entrevista que eles tanto queriam! — eu disse virando-me novamente para frente. — Seria pior, eles i