Eu passei o dia pensando nisso. Não me imaginava com outro homem na cama, apesar de considerar Maximiliano um possível amante excepcional. Eu tive que começar libertando o Théo quando ele veio me buscar, antes de pegar o Alex no fórum. — Como assim não vai, Bella?— ele falava de dentro do carro. — Isso mesmo, é aniversário de uma amiga minha e vou chegar mais tarde hoje! Théo expressou preocupação e passou a não nervosamente pelo rosto. — Tem certeza, Bella? O Juiz vai ficar uma fera! Eu dei de ombros e voltei para a empresa. Maximiliano, que observava pela persiana, sorriu satisfeito e voltou a sentar na sua mesa. Eu entrei na sala dele e ele veio me abraçar. — Vamos aproveitar a noite toda! — ele disse beijando o meu pescoço. — Não vai dar, Maximiliano! — Não?— ele se surpreendeu. — Tem os meus filhos! — Eles não estão com o pai?— ele estava misterioso. — Claro que não! Vamos logo porque eu não posso demorar!— eu estava com pressa, tensa, aflita. Enqu
Lá dentro da casa, Maximiliano me servia um vinho regado à leves beijos nos lábios, que apesar de serem muito bons, não me faziam relaxar totalmente. — Você está tensa?— ele sussurrou ao meu ouvido. Eu deixei sair um ar quente pela minha boca e quase escorreguei do sofá. — Um pouco… eu… Maximiliano passou a ponta dos dedos entre os meus seios através da blusa fina, que já tinha alguns botões abertos. — Não me desejou, na última vez que esteve aqui? — Acho que sim!— eu gaguejei. Quando meu corpo descia evitando o toque dele, as minhas pernas se abriam, deixando Maximiliano mais excitado. Ele olhava para baixo e sorria malicioso, dando suaves beijinhos no meu pescoço. Eu sentia um misto de tesão e pavor ao mesmo tempo. — Hoje eu vou ter você, Bella! Estou a tanto tempo sem ninguém, pensei que não precisasse mais de sexo! Essa revelação só me trouxe a lembrança do Alex. Que desespero! Um homem desse maravilhoso e eu não conseguia r
Théo passou para a cozinha, cabisbaixo, entristecido. Alex estava ofegante e impaciente, olhou para as crianças e falou me puxando: — Crianças, daqui a pouco papai e mamãe descem! Nós só precisamos de um banho! Subimos a escada, do mesmo jeito que entramos em casa, discutindo. — Você não é o meu dono!— eu disse brava. Alex me chacoalhou. — Vamos conversar lá em cima! Andradas descia as escadas nesse momento, junto com Mirtes. Ele ficou assustado. — Alex, o que está fazendo? — Me deixe pai! Andrads veio atrás. — Pare com isso! Não pode tratar a Bella desse jeito! Você não aprende! Alex me fez entrar no quarto dele a contragosto! Andradas empurrou a porta e entrou também. — Pai, deixe-me falar com a minha mulher a sós!— Alex disse alterado. Andradas o enfrentou aos gritos: — Ela não é mais a sua mulher e só está aqui pelos seus filhos e não é desse jeito que você vai mudar os fatos! Alex paralisou como se
Eu falava olhando para cima porquê Alex se mantinha frio, altivo. — Alex, não pode me impedir de trabalhar! Esse sempre foi o meu desejo e eu estava o realizando agora! — Você pode trabalhar, mas não para o Maximiliano! — Agora você vai me dizer para quem eu devo trabalhar? Alex se alterou gesticulando com o corpo inclinado. — Bella, você estava procurando emprego e ninguém te dava uma oportunidade! Eu te ajudei, agora você já sabe, mas o Maximiliano é um traidor! Ele ainda relutou a lhe admitir, eu pedi em nome da nossa amizade, porque entre todos a quem você mandou currículo, ele era o melhor! Eu paralisei. — Então você viu nos meus documentos? Acessou o meu computador? Alex, eu não acredito! Eu fiz menção de sair da frente dele, depois de sapatear e ele me segurou pelos braços fazendo-me encará-lo. — Bella, por nada desse mundo eu vou te deixar para o Maximiliano! Eu parei de me debater, assustada. — Está dizendo que vai me obrigar
Rosana se foi com aquela resposta positiva, mas antes, ela me alertou de que foi obrigada a mostrar um documento de identidade para os seguranças da mansão e que provavelmente eu seria questionada pelo Alex. Eu lhe sorri lhe tranquilizando. — Tudo bem, amiga! Você me trouxe uma injeção de ânimo! Eu vou enfrentar o Alex! Rosana chegou no escritório ansiosa para falar com Maximiliano. Entrou na sala sem avisar e se surpreendeu ao ver que Eduardo estava lá. — Desculpe, doutor, eu volto outra hora! Maximiliano ergueu a mão, agitado. — Fique, Rosana! O meu filho já sabe de tudo, ele cruzou com o Alex ontem! Rosana ficou curiosa e ergueu as sobrancelhas, virando-se para o filho do seu chefe. — É, não foi um encontro muito amigável!— Eduardo disse confuso. Maximiliano olhou para o filho e retrucou aborrecido: — Imagino que não tenha sido mesmo! A considerar o que você estava fazendo com aquela promotora sem classe! Eduardo riu e
— Me provoque agora!— Ele disse segurando o meu rosto e me beijando em seguida. Eu já nem me lembrava que o tinha provocado horas atrás. A conta chegou. Eu o empurrei e pensei que ele não se aguentava de pé. Então eu o segui para auxiliá-lo. Alex não estava tão bêbado a esse ponto, mas a trouxa aqui, caiu na besteira e foi lhe socorrer. Adivinha, acabei na cama, me debatendo claro. — Se solta!— eu disse quando ele colocou o seu peso sobre mim. Alex insistia em me obrigar a olhar para ele, para ouvi-lo. — Olha para mim, Bella! Olha aqui! Eu me recusava e ele insistia segurando o meu rosto com as mãos. — Bella, escuta! Bella! Eu desisti de resistir, ele não iria sair de cima de mim. — Está bem, Alex! Fale!— eu disse impaciente. Ele ficou um tempo olhando para a minha boca, com a respiração ofegante. — Você mentiu, não foi? Você não transou com ele! Eu engoli em seco, fiquei confusa por um tempo, mas achei
Alex sentia um tesão tão grande que, quando se derramava dentro de mim, ele sempre me beijava com intensidade. Eu também curto esse momento louco. Foi por isso que me enchi de filhos. Nem tanto! Eu nunca me arrependi de tê-los, ainda mais do jeito que o Alex me tratava quando eu ficava grávida. Ele me trazia chocolates e flores sempre, e também me agradecia todos os dias pela manhã por eu estar carregando um filho seu. Ele dizia que me amava e beijava a minha barriga muitas vezes! Não sei se era impressão, ou eu estava amolecendo o meu coração. Eu só conseguia lembrar de coisas boas! O Alex ficou santo de repente, ou eu estava voltando a ser submissa por estar ali, privada do mundo lá fora? Não sei, mas eu queria tanto dizer “ eu te amo!”. Eu não estava louca! Eu não falei! Ele estava deitado ao meu lado, segurando a minha mão e me olhando com os olhos miúdos de sono. — Não é melhor você ir dormir no seu quarto?— eu indaguei com a voz pesada de son
Giorgia se assustou. — O que é isso, menina? Pelo amor de Deus! Pare de ficar colocando minhocas na sua cabeça! Eu fiquei olhando Giorgia recolher os cacos do chão e agachei para ajudá-la. — Giorgia, desculpa! Eu sou uma boba mesmo, sabia? Não vamos mais falar nisso, está bem? Giorgia se sacudiu nervosa. — É bom mesmo, porque essa menina precisa muito desse emprego! Ela perdeu o pai e só o salário da mãe dela não dá de jeito nenhum! Elas estão quase passando fome, e você vê, como ela está sempre sorrindo? Ela vai fazer bem para essas crianças! — Ela vai ser babá dos meus filhos?— eu quis saber, desconfiada. Giorgia parou de andar com os cacos nas mãos e disse séria: — Ela veio para me ajudar, agora que você está trabalhando! Eu acho que ela fica bem como babá. Antônio adorou ela! Eu retruquei nervosa. — Ao menos compre outro uniforme para ela! Aquele era meu e desde aquele tempo, já era bem curto! Giorgia se sacudiu, saiu para os fundos da casa e eu voltei para