Comemos a sobremesa e como sempre, para as crianças era a melhor parte, elas ficavam animadas e tagarelava sem parar. Cristal limpava a boca de Sophia e me olhava de rabo de olhos de vez em quando. Dona Esther me olhava animada, enquanto auxiliava Antônio, esse se lambuzava, era comilão, mas era o xodó da vovó. Antônio tinha os olhos grandes e azuis como os meus, ela dizia que ele lembrava o meu pai. Depois da sobremesa fomos todos para a sala de estar. Dona Ester nos acompanhou sorridente. Ela disse sacudindo as mãos: — Depois eu tiro a mesa, não tem pressa! Temos visitas e somos educados! Cristal revirou os olhos enquanto nos acompanhava, saímos em fila, como soldadinhos! O grande sofá da sala nos comportou a todos muito bem. Cristal sentou-se junto com Filippo e Júnior, e minha mãe ficou perto de Sophia e Antônio. Eu fiquei numa extremidade com Marcello. — Essa casa é animada, hein? Eu também queria morar aqui!— ele brincou olhando para o
Minha mãe correu para ver o que estava acontecendo e as crianças foram atrás. Eu conversava com o Théo e estava a par dos últimos acontecimentos. — Adriana novamente? Eu bem que suspeitei, Théo! — Por isso Giorgia está tão aflita! Ela acha que você está dando muito espaço para a doutora! Eu suspirei resignada. — Théo, para as pessoas que estão de fora é muito fácil me julgar, mas eu tenho projetos agora. Aquele tapa que o Alex me deu num momento de fúria, impensado, que seja, abriu os meus olhos para as coisas que estavam acontecendo na minha frente, todos esses anos em que estivemos casados! Théo ficou impaciente. — Eu sei que você tem as suas razões Bella, mas você não pode relevar? O Juiz aceitou você voltar para casa pelas crianças! O importante é você está lá, marcando território! Não o deixe livre para a doutora! — Não, Théo, eu não vou fazer o jogo dele! Ele sabe que o amo e que vou acabar por ceder! Eu preciso me realizar profissionalmen
— Fala Cristal!— eu insisti desesperada. Ela suspirou e sorriu entre lágrimas. — Você é minha mãe e nada pode mudar isso! Nos abraçamos com carinho. A última coisa que eu queria naquele momento, era perder meus aliados, meus amores incondicionais! Cristal era um pedacinho do meu coração que se faltasse, eu não conseguiria mais respirar. Nos afastamos sorrindo e chorando. — Eu te amo, minha pequena! — Pequena!— ela brincou. — Para mim, sempre será minha pequenina. Eu levantei da cama trazendo Cristal comigo. — Venha, vamos acalmar o povo! — eu disse sorrindo. — O campeão já foi?— ela indagou me seguindo pelo corredor. — O Marcello é um doce! Não deveria se indispor com ele!— Eu a repreendi sem parar de andar. — Mas você ama o meu pai!— ela disse insistente. — Eu amo, sempre vou amar!— eu respondi naturalmente. Chegamos na sala e os olhares curioso caíram sobre nós. — Como se diz Cristal?— eu intimei. Cristal soltou a
Eu assenti afastando as lágrimas do meu rosto. — Deixa eu crescer, por favor!— eu supliquei. — Mesmo que o preço seja perder o amor da sua vida? Eu pensei um pouco e fiquei cabisbaixa. — Talvez eu tenha mesmo que pagar um preço muito alto para isso, Giorgia, mas eu estou disposta a correr todos os riscos! Giorgia ficou pensativa e riu com tristeza. — Eu te entendo, você saiu dessa história levando todos os frutos desse amor, até a Cristal! Isso te deixa mais forte do que o juiz! Eu fiquei pensativa. Era como se Giorgia quisesse dizer que eu fui egoísta, deixando o Alex fragilizado. Ela não falou por mal, agora estava experimentando o amor de mãe com Gabriel. Saímos abraçadas, de volta para a sala. Théo suspirou aliviado, ele temia nos ver brigadas. — Que bom que terminou tudo bem!— ele disse. Giorgia segurava a minha mão e virou-se para me olhar fazendo cara de brava. — Eu lhe disse umas verdades, e com certeza, ela vai pensar nisso de
Quando Théo chegou ao local indicado pelo patrão, viu uma cena deprimente. Adriana não conseguia se manter ereta na mesa. Alex olhava envergonhado para os lados, impaciente. Quando viu o seu motorista, suspirou aliviado e foi dizendo: — Que bom que chegou, Théo! Adriana se indispôs com o meu tio e descontou na bebida! Olha o estado lastimável em que ela se encontra! Théo ficou sem jeito e ajudou o patrão a conduzir a juíza até o carro. Eles deixaram o carro de Adriana no estacionamento na condição de ir buscar no dia seguinte, e foram embora juntos. Depois de colocar Adriana deitada no banco de trás, Théo ficou confuso. — O que vai fazer, patrão? Nesse estado, ela não pode chegar na casa dela! Alex deu de ombros e entrou no carro sentando-se no banco do carona. — Não tem jeito, por hoje ela dorme lá em casa! Théo assentiu com a cabeça e entrou no carro, assumindo a direção. No caminho, Alex estava pensativo e Théo se atreveu a toca
Adriana mal abria os olhos de tão bêbada, enquanto dizia: — Eu sabia que estava aqui, nesse quarto onde ela dormia no passado! Alex subiu o short guardando o seu membro que estava para fora. — Saía, por favor!— ele falou apontando para a porta aberta. Adriana se espalhou na cama e só então Alex percebeu que ela não usava calcinha, apenas a sua camisa social aberta. — Saía agora!— ele insistiu alterado. Adriana abriu as pernas, se oferecendo para ele. — Pode me chamar pelo nome dela, eu não me importo, apenas faça amor comigo! — Se eu transasse com você nesse estado, eu seria um rato! Adriana riu sob o efeito do álcool e confessou, deslizando para a beira da cama: — Pois eu tinha que ficar assim, podre de bêbada, para abrir as pernas para o seu tio! Ele é nojento, asqueroso! Alex ergueu uma não na altura do rosto, impaciente e alterado. — Pare! Esse assunto não me interessa! Saía daqui já! Adriana fez uma cara
Alex estava sentado à mesa do café. O semblante frio, pensativo. Adriana desceu com Mirtes, desconfiada. Elas sentaram-se à mesa, onde Andradas já estava, às encarando, aborrecido. Alex comeu em silêncio e logo que se levantou, Adriana avançou para ele. — Eu vou com você, preciso pegar o meu carro no restaurante. Alex olhou indiferente para a mão que lhe segurava e retrucou: — Vamos de uma vez! No caminho, Alex não trocou uma só palavra com Adriana. Ela desceu do carro e saiu sem dizer nada. — Vamos Théo!— Alex disse virando-se para ficar de frente. Alex desceu do carro e seguiu direto para a sala de audiência. Chegou o fim de semana e as crianças estavam eufóricas com a ideia de passar mais tempo com o pai. Ele deixou ordem para que eu fosse junto, mas eu me recusei. Claro que não tive oportunidade de falar com ele. Enquanto as crianças estavam agitadas com mochilas nas costas, eu ouvia o sermão da minha mãe. — Bella,
Eu cheguei inocente carregando minha bolsa pesada, parecia que passaria muitos dias fora. Alex me olhou com admiração. — Vamos?— eu estava agitada. — Claro!— Alex veio na minha direção . Eu saí puxando os menores pela mão, enquanto Cristal vinha logo atrás com Júnior. — Não vai mesmo?— ela indagou para Filippo que se mantinha de pé ao lado da porta. Ele só meneou cruzando os braços. Eu sempre achei que meu irmão fosse apaixonado por Cristal, desde muito pequeno, mas com ela gostando de Diogo, já não sabia de mais nada. — Vai meu filho, não se importe comigo, eu vou ficar bem!— Minha mãe insistiu. Alex virou-se rapidamente. — Venha conosco também, minha sogra!— ele convidou. Eu pensei em dar um grito de raiva. Ninguém merece que a minha mãe puxa-saco, vá junto conosco! — Obrigada meu genro, mas eu estou bem aqui na minha humilde casinha— ela me surpreendeu. — Eu não gostaria de deixar a minha mãe sozinha!— Filippo disse olhando