Eu cheguei inocente carregando minha bolsa pesada, parecia que passaria muitos dias fora. Alex me olhou com admiração. — Vamos?— eu estava agitada. — Claro!— Alex veio na minha direção . Eu saí puxando os menores pela mão, enquanto Cristal vinha logo atrás com Júnior. — Não vai mesmo?— ela indagou para Filippo que se mantinha de pé ao lado da porta. Ele só meneou cruzando os braços. Eu sempre achei que meu irmão fosse apaixonado por Cristal, desde muito pequeno, mas com ela gostando de Diogo, já não sabia de mais nada. — Vai meu filho, não se importe comigo, eu vou ficar bem!— Minha mãe insistiu. Alex virou-se rapidamente. — Venha conosco também, minha sogra!— ele convidou. Eu pensei em dar um grito de raiva. Ninguém merece que a minha mãe puxa-saco, vá junto conosco! — Obrigada meu genro, mas eu estou bem aqui na minha humilde casinha— ela me surpreendeu. — Eu não gostaria de deixar a minha mãe sozinha!— Filippo disse olhando
Alex me conduzia pela mão até a sala e eu o seguia quieta. Era muito estranho me sentir assim. Só o toque das mão dele, fazia o meu coração disparar. Dona Mirtes ficou surpresa, os seus olhos de águia pousaram direto nas nossas mãos. Para ela, era um sinal de que estávamos juntos novamente, e eu pude ver no seu olhar a surpresa. Eu sempre achei que a minha sogra nunca deixou de me ver como a babá das crianças, como se eu tivesse sido uma barriga de aluguel, ou coisa assim. O meu sogro sempre me tratou muito bem , com muito respeito, mas eu achava que ainda estava devendo. Alex era lindo, inteligente e ocupava um cargo de muito poder, e eu ainda me sentia a mesma menina assustada que um dia entrou naquela casa para pôr em prática um plano sórdido de conquistar o coração do poderoso Alex Andradas. Eu suspirei, enquanto esses pensamentos me consumiam . Eu consegui tudo. Me casei e tive três filhos com o Alex, mas apesar de me sentir amada por ele, ainda tinha o
Eu me verei subitamente mantendo uma certa distância da porta. Ela se abriu e ele estava lá, como uma sombra, me olhando, parecia mais alto e encorpado. Eu sempre tive essa sensação quando me olhava daquele jeito. — Alex, não…— eu suplicava enquanto dava passos para trás. Ele vinha com a boca entreaberta e o olhar sedutor. As mãos tão ágeis se preparavam para me paralisar. Logo eu estava encostada na parede, a boca refém do seu beijo. — Alex…— eu suspirei tentando me afastar, mas ele estava pressionando o seu quadril entre as minhas coxas. — Não!— tentei empurrá-lo . Ele se ergueu assustado, mas não soltou minha cintura. — Eu sei que quer isso tanto quanto eu, Bella! Por que resistir? Eu me ajeitei, mesmo espremida entre o seu corpo grande e a parede. — Eu sou de carne e osso, mas eu tenho outros planos na minha vida, além de ter um filho atrás do outro com você! Alex me soltou aborrecido. — Você quis tanto quanto eu os nossos
Entrei no quarto da minha princesinha e a encontrei pensativa, junto à janela. — Melhore essa cara, querida! Tenho boas notícias!— eu disse sorrindo. Ela virou-se surpresa. — Eu sabia que ele vinha! Duvido que resistiria, ele adora piscina! — Do que está falando?— eu quis saber. — Do Filippo, claro! Vou descer agora! Eu acompanhei Cristal com o olhar de surpresa e a boca entreaberta. — Não, não Cristal! Eu não vim falar do meu irmão! Ela me olhou confusa, parada na porta. — Não? — Não, meu amor! Eu vim trazer notícia do Diogo! — Ah, sei! Eu estranhei. — Não quer saber? Eu pensei que… Cristal baixou a cabeça sem jeito. Eu cruzei os braços brincalhona. — Não me diga que está gostando do Filippo! Cristal juntou as mãos na frente do corpo e disse sem jeito: — Estou confusa!, Bella! Eu achei graça. — Eu faço muito gosto!— eu disse animada. Cristal sorriu e me abraçou. — Obrigada, Bella!— ela disse
Eu ergui os olhos incrédulos. — Alex, você não tem o direito de me pedir isso! Eu preciso pensar em mim, nesse momento! Isso é Chantagem emocional! Eu percebi que havia me alterado pelos olhos arregalados dos meus sogros, sentados na mesa do lado. — Calma, Bella!— Alex segurou minha mão sobre a mesa. Cristal olhou de longe e percebeu que eu estava alterada. Ela veio buscar as crianças para ficar na água com ela. Houve um silêncio, eu procurava me acalmar, enquanto observava as crianças colocarem seus coletes salva vidas com a ajuda da irmã. Giorgia se aproximou para ajudar e me olhou curiosa. Cristal devia estar lhe fazendo algum comentário a meu respeito. E de fato estava. — Gi, acho melhor você convencer o Filippo a vir me ajudar com as crianças. A Bella não está muito bem. O meu pai a está pressionando a voltar para casa, e ela está lutando para não ceder. Eu tenho receio de que as coisas fiquem muito quentes por aqui. Giorgia me olha
Giorgia deu uma risada sonora e eu me irritei. — O que tem de engraçado nisso? Ela questionou naturalmente: — Qual é o problema em você se sentir atraída pelo seu marido, pai dos seus filhos? Eu engoli em seco, enquanto procurava argumentos. — Em primeiro lugar, ele é ex-marido, Giorgia, e depois, eu quero seguir outro caminho diferente do que ele sempre me propôs. Giorgia ficou séria, segurou minhas mais no seu colo e começou a falar: — Bella, o seu marido nunca lhe proibiu de trabalhar. Não sei de onde tirou essa ideia de que precisa se separar para se realizar profissionalmente! Eu tinha minha opinião formada a respeito desse assunto, afinal, foram oito anos vivendo ao lado do Alex e não pensei duas vezes em argumentar em minha defesa. — Giorgia, Alex sempre achou que eu não precisava sair de casa para nada, porque aqui eu sempre tive tudo! Ele sempre agiu como um Juiz na minha vida! Eu era tão submissa que você não percebia o quanto eu es
— Júnior, por favor!— Eu supliquei me afastando com as crianças. Júnior veio atrás de mim nadando e insistindo no assunto: — Seria legal, mãe! Pense bem, nós todos teríamos nossos próprios quartos! Aqui tem piscina também, eu poderia treinar! — Você já pratica natação, Júnior! — eu argumentei virando impaciente. Eu acho que já começava a perder o controle e deixar as lágrimas caírem, quando Alex me salvou. — Júnior, não pressione a sua mãe. Ela só precisa de um tempo. Venha, vamos nos divertir, afinal estamos reunidos novamente! Júnior se transformou e começou a falar alterado, com os olhos lacrimejando: — Mas eu vou ter que voltar para a casa da vovó e vou dividir o quarto com o Filippo novamente! Vocês podiam fazer as pazes e tudo iria ficar bem! Por que não conversam como adultos? Por que temos que pagar por isso? Antônio arregalou os seus olhos azuis como os meus, sem entender o que estava acontecendo. — Ele está nervoso?— Essa era a Soph
Filippo se exaltou. — Claro que não! Minha irmã nunca foi tão apaixonada por ele! Cristal se manteve calma. — Mas ele nunca se casou, provavelmente esperou por ela! Filippo ficou pensativo. — É possível— ele concordou. Depois de um tempo, os dois vieram se juntar a nós e o almoço foi servido ali mesmo, do jeito em que as crianças gostavam. Depois de comer, Antônio ficou sonolento e eu o acomodei numa cadeira mais confortável. Alex veio me ajudar. — Acho que ele pode cochilar aqui — ele disse sentando-se do lado. Eu sentia o seu olhar em cima de mim e ficava inquieta com aquilo. Estávamos a uma certa distância dos demais e isso nos dava um pouco de privacidade. — Dorme comigo hoje! Estou tão ansioso para que chegue a noite!— ele disse se inclinando na minha direção. Eu o olhei perplexa. — Alex, estamos separados! Isso aqui é uma visita dos seus filhos! Usou o direito que lhe assiste, o que mais você quer? Ele riu