Eu assenti afastando as lágrimas do meu rosto. — Deixa eu crescer, por favor!— eu supliquei. — Mesmo que o preço seja perder o amor da sua vida? Eu pensei um pouco e fiquei cabisbaixa. — Talvez eu tenha mesmo que pagar um preço muito alto para isso, Giorgia, mas eu estou disposta a correr todos os riscos! Giorgia ficou pensativa e riu com tristeza. — Eu te entendo, você saiu dessa história levando todos os frutos desse amor, até a Cristal! Isso te deixa mais forte do que o juiz! Eu fiquei pensativa. Era como se Giorgia quisesse dizer que eu fui egoísta, deixando o Alex fragilizado. Ela não falou por mal, agora estava experimentando o amor de mãe com Gabriel. Saímos abraçadas, de volta para a sala. Théo suspirou aliviado, ele temia nos ver brigadas. — Que bom que terminou tudo bem!— ele disse. Giorgia segurava a minha mão e virou-se para me olhar fazendo cara de brava. — Eu lhe disse umas verdades, e com certeza, ela vai pensar nisso de
Quando Théo chegou ao local indicado pelo patrão, viu uma cena deprimente. Adriana não conseguia se manter ereta na mesa. Alex olhava envergonhado para os lados, impaciente. Quando viu o seu motorista, suspirou aliviado e foi dizendo: — Que bom que chegou, Théo! Adriana se indispôs com o meu tio e descontou na bebida! Olha o estado lastimável em que ela se encontra! Théo ficou sem jeito e ajudou o patrão a conduzir a juíza até o carro. Eles deixaram o carro de Adriana no estacionamento na condição de ir buscar no dia seguinte, e foram embora juntos. Depois de colocar Adriana deitada no banco de trás, Théo ficou confuso. — O que vai fazer, patrão? Nesse estado, ela não pode chegar na casa dela! Alex deu de ombros e entrou no carro sentando-se no banco do carona. — Não tem jeito, por hoje ela dorme lá em casa! Théo assentiu com a cabeça e entrou no carro, assumindo a direção. No caminho, Alex estava pensativo e Théo se atreveu a toca
Adriana mal abria os olhos de tão bêbada, enquanto dizia: — Eu sabia que estava aqui, nesse quarto onde ela dormia no passado! Alex subiu o short guardando o seu membro que estava para fora. — Saía, por favor!— ele falou apontando para a porta aberta. Adriana se espalhou na cama e só então Alex percebeu que ela não usava calcinha, apenas a sua camisa social aberta. — Saía agora!— ele insistiu alterado. Adriana abriu as pernas, se oferecendo para ele. — Pode me chamar pelo nome dela, eu não me importo, apenas faça amor comigo! — Se eu transasse com você nesse estado, eu seria um rato! Adriana riu sob o efeito do álcool e confessou, deslizando para a beira da cama: — Pois eu tinha que ficar assim, podre de bêbada, para abrir as pernas para o seu tio! Ele é nojento, asqueroso! Alex ergueu uma não na altura do rosto, impaciente e alterado. — Pare! Esse assunto não me interessa! Saía daqui já! Adriana fez uma cara
Alex estava sentado à mesa do café. O semblante frio, pensativo. Adriana desceu com Mirtes, desconfiada. Elas sentaram-se à mesa, onde Andradas já estava, às encarando, aborrecido. Alex comeu em silêncio e logo que se levantou, Adriana avançou para ele. — Eu vou com você, preciso pegar o meu carro no restaurante. Alex olhou indiferente para a mão que lhe segurava e retrucou: — Vamos de uma vez! No caminho, Alex não trocou uma só palavra com Adriana. Ela desceu do carro e saiu sem dizer nada. — Vamos Théo!— Alex disse virando-se para ficar de frente. Alex desceu do carro e seguiu direto para a sala de audiência. Chegou o fim de semana e as crianças estavam eufóricas com a ideia de passar mais tempo com o pai. Ele deixou ordem para que eu fosse junto, mas eu me recusei. Claro que não tive oportunidade de falar com ele. Enquanto as crianças estavam agitadas com mochilas nas costas, eu ouvia o sermão da minha mãe. — Bella,
Eu cheguei inocente carregando minha bolsa pesada, parecia que passaria muitos dias fora. Alex me olhou com admiração. — Vamos?— eu estava agitada. — Claro!— Alex veio na minha direção . Eu saí puxando os menores pela mão, enquanto Cristal vinha logo atrás com Júnior. — Não vai mesmo?— ela indagou para Filippo que se mantinha de pé ao lado da porta. Ele só meneou cruzando os braços. Eu sempre achei que meu irmão fosse apaixonado por Cristal, desde muito pequeno, mas com ela gostando de Diogo, já não sabia de mais nada. — Vai meu filho, não se importe comigo, eu vou ficar bem!— Minha mãe insistiu. Alex virou-se rapidamente. — Venha conosco também, minha sogra!— ele convidou. Eu pensei em dar um grito de raiva. Ninguém merece que a minha mãe puxa-saco, vá junto conosco! — Obrigada meu genro, mas eu estou bem aqui na minha humilde casinha— ela me surpreendeu. — Eu não gostaria de deixar a minha mãe sozinha!— Filippo disse olhando
Alex me conduzia pela mão até a sala e eu o seguia quieta. Era muito estranho me sentir assim. Só o toque das mão dele, fazia o meu coração disparar. Dona Mirtes ficou surpresa, os seus olhos de águia pousaram direto nas nossas mãos. Para ela, era um sinal de que estávamos juntos novamente, e eu pude ver no seu olhar a surpresa. Eu sempre achei que a minha sogra nunca deixou de me ver como a babá das crianças, como se eu tivesse sido uma barriga de aluguel, ou coisa assim. O meu sogro sempre me tratou muito bem , com muito respeito, mas eu achava que ainda estava devendo. Alex era lindo, inteligente e ocupava um cargo de muito poder, e eu ainda me sentia a mesma menina assustada que um dia entrou naquela casa para pôr em prática um plano sórdido de conquistar o coração do poderoso Alex Andradas. Eu suspirei, enquanto esses pensamentos me consumiam . Eu consegui tudo. Me casei e tive três filhos com o Alex, mas apesar de me sentir amada por ele, ainda tinha o
Eu me verei subitamente mantendo uma certa distância da porta. Ela se abriu e ele estava lá, como uma sombra, me olhando, parecia mais alto e encorpado. Eu sempre tive essa sensação quando me olhava daquele jeito. — Alex, não…— eu suplicava enquanto dava passos para trás. Ele vinha com a boca entreaberta e o olhar sedutor. As mãos tão ágeis se preparavam para me paralisar. Logo eu estava encostada na parede, a boca refém do seu beijo. — Alex…— eu suspirei tentando me afastar, mas ele estava pressionando o seu quadril entre as minhas coxas. — Não!— tentei empurrá-lo . Ele se ergueu assustado, mas não soltou minha cintura. — Eu sei que quer isso tanto quanto eu, Bella! Por que resistir? Eu me ajeitei, mesmo espremida entre o seu corpo grande e a parede. — Eu sou de carne e osso, mas eu tenho outros planos na minha vida, além de ter um filho atrás do outro com você! Alex me soltou aborrecido. — Você quis tanto quanto eu os nossos
Entrei no quarto da minha princesinha e a encontrei pensativa, junto à janela. — Melhore essa cara, querida! Tenho boas notícias!— eu disse sorrindo. Ela virou-se surpresa. — Eu sabia que ele vinha! Duvido que resistiria, ele adora piscina! — Do que está falando?— eu quis saber. — Do Filippo, claro! Vou descer agora! Eu acompanhei Cristal com o olhar de surpresa e a boca entreaberta. — Não, não Cristal! Eu não vim falar do meu irmão! Ela me olhou confusa, parada na porta. — Não? — Não, meu amor! Eu vim trazer notícia do Diogo! — Ah, sei! Eu estranhei. — Não quer saber? Eu pensei que… Cristal baixou a cabeça sem jeito. Eu cruzei os braços brincalhona. — Não me diga que está gostando do Filippo! Cristal juntou as mãos na frente do corpo e disse sem jeito: — Estou confusa!, Bella! Eu achei graça. — Eu faço muito gosto!— eu disse animada. Cristal sorriu e me abraçou. — Obrigada, Bella!— ela disse