Max praticamente arrancou Adriana da mesa, puxando o seu braço com violência. Ela desequilibrou e quase caiu, mas ele a segurou firme. Alex se levantou irritado. — Quanta estupidez, tio! Pelo amor de Deus, como o senhor pode tratar uma mulher dessa forma? Max riu maliciosamente, soltando Adriana e encarando o sobrinho para soltar o seu veneno. — E como você acha que se pode tratar uma mulher, para que ela não saia de casa levando os seus filhos, como fez a Bella, hein? Alex se desarmou, como se tivesse levado um soco no estômago, ou mesmo sentido um dedo na ferida. — Fora daqui!— ele disse entre os dentes, olhando em volta, impaciente. Max se apoiou na mesa com as duas mãos provocando Alex com o seu olhar cínico. — Vai dar ordem para me prender, imbecil, não conseguiu nem mesmo quando sequestrei sua mulher! Não teve jeito, foi um impulso, Alex desferiu um soco no tio que não esperava e caiu tentando se segurar na cadeira mai
Marcello olhou para dentro da casa e pôde ver todos sentados à mesa de jantar. O ambiente ficava logo ao lado da sala de estar, tendo como divisória apenas algumas colunas de gesso. Os olhares caíram sobre ele, o que o deixou sem graça. — Entre rapaz, venha jantar conosco, você já é de casa!— Por incrível que pareça, era mesmo a dona Esther falando. Marcello sorriu e respirou aliviado. — Entre Marcello!— eu disse sorrindo, liberando a passagem. Nos dirigimos a sala de jantar e paramos diante da mesa. — Sente-se rapaz, jante conosco, nós dê essa honra!— minha mãe me deixava cada vez mais intrigada. Cristal olhou incrédula para ela, sem entender. Marcello estava um tanto encabulado, ele não estava acostumado com as gentilezas da minha mãe, ao contrário, ele sempre foi maltratado por ela. Sempre que vinha me chamar, ela já o colocava para correr. “ Vai procurar o que fazer, garoto! Minha filha não é para o seu bico? Marcello sorriu e
Comemos a sobremesa e como sempre, para as crianças era a melhor parte, elas ficavam animadas e tagarelava sem parar. Cristal limpava a boca de Sophia e me olhava de rabo de olhos de vez em quando. Dona Esther me olhava animada, enquanto auxiliava Antônio, esse se lambuzava, era comilão, mas era o xodó da vovó. Antônio tinha os olhos grandes e azuis como os meus, ela dizia que ele lembrava o meu pai. Depois da sobremesa fomos todos para a sala de estar. Dona Ester nos acompanhou sorridente. Ela disse sacudindo as mãos: — Depois eu tiro a mesa, não tem pressa! Temos visitas e somos educados! Cristal revirou os olhos enquanto nos acompanhava, saímos em fila, como soldadinhos! O grande sofá da sala nos comportou a todos muito bem. Cristal sentou-se junto com Filippo e Júnior, e minha mãe ficou perto de Sophia e Antônio. Eu fiquei numa extremidade com Marcello. — Essa casa é animada, hein? Eu também queria morar aqui!— ele brincou olhando para o
Minha mãe correu para ver o que estava acontecendo e as crianças foram atrás. Eu conversava com o Théo e estava a par dos últimos acontecimentos. — Adriana novamente? Eu bem que suspeitei, Théo! — Por isso Giorgia está tão aflita! Ela acha que você está dando muito espaço para a doutora! Eu suspirei resignada. — Théo, para as pessoas que estão de fora é muito fácil me julgar, mas eu tenho projetos agora. Aquele tapa que o Alex me deu num momento de fúria, impensado, que seja, abriu os meus olhos para as coisas que estavam acontecendo na minha frente, todos esses anos em que estivemos casados! Théo ficou impaciente. — Eu sei que você tem as suas razões Bella, mas você não pode relevar? O Juiz aceitou você voltar para casa pelas crianças! O importante é você está lá, marcando território! Não o deixe livre para a doutora! — Não, Théo, eu não vou fazer o jogo dele! Ele sabe que o amo e que vou acabar por ceder! Eu preciso me realizar profissionalmen
— Fala Cristal!— eu insisti desesperada. Ela suspirou e sorriu entre lágrimas. — Você é minha mãe e nada pode mudar isso! Nos abraçamos com carinho. A última coisa que eu queria naquele momento, era perder meus aliados, meus amores incondicionais! Cristal era um pedacinho do meu coração que se faltasse, eu não conseguiria mais respirar. Nos afastamos sorrindo e chorando. — Eu te amo, minha pequena! — Pequena!— ela brincou. — Para mim, sempre será minha pequenina. Eu levantei da cama trazendo Cristal comigo. — Venha, vamos acalmar o povo! — eu disse sorrindo. — O campeão já foi?— ela indagou me seguindo pelo corredor. — O Marcello é um doce! Não deveria se indispor com ele!— Eu a repreendi sem parar de andar. — Mas você ama o meu pai!— ela disse insistente. — Eu amo, sempre vou amar!— eu respondi naturalmente. Chegamos na sala e os olhares curioso caíram sobre nós. — Como se diz Cristal?— eu intimei. Cristal soltou a
Eu assenti afastando as lágrimas do meu rosto. — Deixa eu crescer, por favor!— eu supliquei. — Mesmo que o preço seja perder o amor da sua vida? Eu pensei um pouco e fiquei cabisbaixa. — Talvez eu tenha mesmo que pagar um preço muito alto para isso, Giorgia, mas eu estou disposta a correr todos os riscos! Giorgia ficou pensativa e riu com tristeza. — Eu te entendo, você saiu dessa história levando todos os frutos desse amor, até a Cristal! Isso te deixa mais forte do que o juiz! Eu fiquei pensativa. Era como se Giorgia quisesse dizer que eu fui egoísta, deixando o Alex fragilizado. Ela não falou por mal, agora estava experimentando o amor de mãe com Gabriel. Saímos abraçadas, de volta para a sala. Théo suspirou aliviado, ele temia nos ver brigadas. — Que bom que terminou tudo bem!— ele disse. Giorgia segurava a minha mão e virou-se para me olhar fazendo cara de brava. — Eu lhe disse umas verdades, e com certeza, ela vai pensar nisso de
Quando Théo chegou ao local indicado pelo patrão, viu uma cena deprimente. Adriana não conseguia se manter ereta na mesa. Alex olhava envergonhado para os lados, impaciente. Quando viu o seu motorista, suspirou aliviado e foi dizendo: — Que bom que chegou, Théo! Adriana se indispôs com o meu tio e descontou na bebida! Olha o estado lastimável em que ela se encontra! Théo ficou sem jeito e ajudou o patrão a conduzir a juíza até o carro. Eles deixaram o carro de Adriana no estacionamento na condição de ir buscar no dia seguinte, e foram embora juntos. Depois de colocar Adriana deitada no banco de trás, Théo ficou confuso. — O que vai fazer, patrão? Nesse estado, ela não pode chegar na casa dela! Alex deu de ombros e entrou no carro sentando-se no banco do carona. — Não tem jeito, por hoje ela dorme lá em casa! Théo assentiu com a cabeça e entrou no carro, assumindo a direção. No caminho, Alex estava pensativo e Théo se atreveu a toca
Adriana mal abria os olhos de tão bêbada, enquanto dizia: — Eu sabia que estava aqui, nesse quarto onde ela dormia no passado! Alex subiu o short guardando o seu membro que estava para fora. — Saía, por favor!— ele falou apontando para a porta aberta. Adriana se espalhou na cama e só então Alex percebeu que ela não usava calcinha, apenas a sua camisa social aberta. — Saía agora!— ele insistiu alterado. Adriana abriu as pernas, se oferecendo para ele. — Pode me chamar pelo nome dela, eu não me importo, apenas faça amor comigo! — Se eu transasse com você nesse estado, eu seria um rato! Adriana riu sob o efeito do álcool e confessou, deslizando para a beira da cama: — Pois eu tinha que ficar assim, podre de bêbada, para abrir as pernas para o seu tio! Ele é nojento, asqueroso! Alex ergueu uma não na altura do rosto, impaciente e alterado. — Pare! Esse assunto não me interessa! Saía daqui já! Adriana fez uma cara