POV de Alysson No domingo de manhã, Dilan mandou Robert para a piscina com uma moça que ele contratou pra ajudar Mary Jane e eu a cuidar do Cris nessa fase. Enquanto Lorena estava com as crianças na piscina, sob o olhar atento de Jones, Dilan fez uma reunião com meu pai, Mary Jane e eu. Avisou que Debby estaria chegando para nos visitar e explicar algumas coisas, mas antes que ela chegasse, ele queria preparar Mary Jane. E então ele nos contou tudo, da investigação que colocava Mary Jane sob suspeita no começo de tudo, que está investigando desde que foi para a Inglaterra durante seu luto, e questionou meu pai sobre o encontro com Sammuel. Meu pai me olhou assustado, e não respondeu. Dilan perdeu a paciência: — Quando Debby te recrutou para fazer a segurança da minha família, ela não sabia dessa sua intimidade com o inimigo. — Sabia sim, Sammuel foi namorado da minha filha. E ninguém me avisou que ele estava sob vigilância, suspeito de ser cúmplice. — Se te avisasse, você não ir
POV de DilanDebby entrou e se apresentou para Mary Jane. Finalmente, Jhon Allister conheceu a “chefe” pessoalmente. Depois de todas as amenidades, ela explicou mais ou menos o plano de Alysson, que ela incrementou. Durante todo esse tempo, eu só pensava o quanto entendi o porquê de Alysson me odiar tanto: ela teve que se sujeitar a dançar nua. Não era porque ela fosse uma safada. Não era porque ela gostava de dinheiro e não importava o que tivesse que fazer para conseguir! Ela apenas era uma boa filha, assim como muitos no complexo, que viram suas vidas se destruindo e decidiram tentar salvar o que restou da dignidade dos pais, mesmo que tivessem que engolir as suas próprias. Eu queria conversar com ela depois de saber disso, deixar bem explicado que eu não me importava de ela ter dançado nua, que eu a respeitava pelo que ela tentou fazer e que eu não era culpado daquilo tudo, caso ainda restasse alguma dúvida na cabeça dela, já que estávamos Debby e eu ali, deixando bem claro tod
POV de AlyssonO anúncio do que seria feito do complexo B na mídia foi um alvoroço. Dilan mandou descongelar o dinheiro e pagar todos os envolvidos. Debby colocou equipes de segurança atrás de Sammuel, com a certeza de que ele iria se entregar, e acabaria por ir no local onde Soraya estava, e o pai dele ia acabar voltando para o complexo A, se entregando que vendeu o povo do B. — As máscaras vão começar a cair depois disso, Alysson. Só senta e espera! Vocês mandaram muito bem, não contando a George que o irmão dele morreu com a cunhada. Ninguém no complexo sabe quem era o casal morto no terreno ao lado. Acreditam que foram desovados. Isso nos deixa com uma grande vantagem. Tudo estava indo muito bem. Três dias depois que o dinheiro foi descongelado, George voltou para sua casa no complexo A, lugar onde perdi minha virgindade. Debby me instruiu a ir até lá, eu mesma dar a notícia. Eu tinha escutas o tempo todo. Era como um broche que prendia em minha roupa. Nessa escuta tinha um lo
POV de DilanEstou tentando dar autonomia pra Alysson, deixando ela tomar decisões em meus negócios, pra cada vez mais ela entrar em meu mundo e saber como vai ser a vida dela daqui pra frente. Mas minha branquinha não está percebendo! Sequer olhou o extrato dela ou percebeu o aumento substancial de salário que eu fiz. E não abre mão de cuidar do meu filho. Debby e eu tivemos uma bela discussão sobre isso: — Dilan, você precisa entender que Alysson no apartamento, cuidando de Cris, não vai atrair o traidor. Cris está protegido por Mary Jane e John. Seu apartamento está praticamente dentro de uma redoma…— E é assim que eu preciso que seja, Debby. Não pude proteger Melissa e meu filho. Agora tenho que proteger pelo menos o Cris…— Quanto a história de ele não ser seu? — Não quero e não vou pensar nisso, Debby. Se Melissa deu um mal passo, ela já pagou por isso. Com a própria vida, aliás. Mas ela não iria se arriscar a fazer isso quando decidimos ter um filho. E mesmo que tenha feito
POV de Dilan— Como perdemos Alysson, Dilan. Você está louco? Estou com o monitor dela aqui parado na mesa dela. — Ligue as câmeras do seu apartamento, Debby. Enquanto disse isso, andei com as escutas de Alysson até a porta. — Está se mexendo. — Sou eu, indo para a porta. Me diga que você vai resolver isso, ou eu vou sair por essa porta atrás dela. — Alex, segure ele. Se precisar, dê um mata leão como eu te ensinei. — Você não se atreveria, Alex. — Desculpe, Dilan. Mas quem manda no casamento é a mulher. Debby fala e eu obedeço. — Estamos conversados, Dilan Stain. Desespero não vai nos levar a lugar nenhum. Se Alysson mesma quem tirou as escutas, não deve estar em perigo. — Claro que não está, meu amor. Ela até deixou um bilhete dizendo que foi se encontrar com o namorado. — Ca-ra-lho!!!!— O que foi? — Ela está em perigo. — Como assim, Debby? Ela só foi transar um pouco para desestressar, gente. Que aliás, Dilan, você pode levar ela direto pra casa porque minha mulher e e
POV de Alysson Quando cheguei na cobertura, a porta estava aberta para mim, como sempre. Sorri, entrei sem cerimônia e fui direto pra cômoda onde ficavam minhas máscaras. Não encontrei nenhuma, nem minhas flores ou os chocolates que NM costumava deixar pra mim. Dei de ombros para as outras coisas, decidimos no susto, não deu tempo de ele preparar! Mas a máscara, apesar de eu ter decidido que iria tirar, isso seria depois de fazermos amor. Então chamei em voz alta e ninguém me respondeu. Pensando que poderia ter chegado primeiro que ele, fui até as gavetas onde ele guardava as máscaras, e quando abri, estava vazia. Estranhei e fui abrir a outra gaveta, onde ele guardava os brinquedinhos, quando ouvi a chave girando: a porta foi trancada! Ele chegou? Eu não senti o perfume de Dilan, nem a presença marcante dele ou de NM, que sempre faziam meu corpo arrepiar e minhas calcinhas molhar. Pelo contrário, senti um arrepio na espinha do jeito ruim. Mas não queria me virar sem máscara, ent
POV de Alysson Meu couro cabeludo doía demais, estava me sentindo nos tempos das cavernas, sendo puxada pelos cabelos. Eu gritei e tentei me soltar, mas minha cabeça doía muito mais, e o nariz de Michael pingava sangue em mim. Estava apavorada. Ele ia me matar, eu tinha certeza. Ele me colocou sentada na mesinha de café, e colocou um vídeo pra eu ver. E lá estava ela. Soraya. Com a cabeça baixa, os braços algemados para atrás da cadeira. Os pés algemados. Sua cabeça estava baixa, seus longos cabelos loiros todo pra frente, estilo a Samara daquele filme horroroso e apavorante. Ela parecia imóvel demais pra mim e por um segundo, imaginei que estivesse morta, mas uma mão branca tocou na cabeça dela enquanto fazia o vídeo. Ouvi a voz doce e suave que Michael usava para Mary Jane e Cris. Desde a primeira vez que Michael me ameaçou, percebi que quando ele estava perto de Mary e o bebê, ele falava diferente, com outra voz, quase… carinhoso. No vídeo, ele usava essa voz e mandava So
POV de Alysson Michael saiu comigo do apartamento de braços dados, como se fôssemos namorados. Com a outra mão, ele fingia que estava olhando o celular, mas eu podia ver na tela que ele estava com a câmera mirada na cabeça do Cris. Entramos no carro e eu pensei em arrancar o celular das mãos dele quando ele começasse a dirigir, depois achei melhor esperar ele colocar em algum lugar e provocar um acidente. Podia sair muito machucada ou acabar morta como Melissa, mas ele não ia mais ameaçar meu pai ou meu sobrinho. Mas Michael não ligou o carro. Pelo contrário, me mandou abrir o porta luvas. Lá tinha um estojo que ele mandou eu pegar e abrir. E qual não foi minha surpresa quando vi quatro seringas dentro desse estojo, todas com uma bolinha colorida. — Você é enfermeira, vai saber se auto injetar. Preciso que você pegue a amarela e injete em sua veia do braço, por favor. — Eu não vou me drogar. — Essa droga é inofensiva. Apenas um calmante que vai te apagar por uma hora.