Meus pés param instantaneamente quando ouço aquela voz familiar. Não tive notícias dele nos últimos quatro meses. Eu me pergunto o que ele está fazendo aqui? Minha mente está me dizendo para ir embora, mas de alguma forma me sinto enraizada em meu lugar. Virando-me, eu o encaro. – Pai? O que você está fazendo aqui? – Que bom ver você também, filha. – ele sorri e se aproxima de mim. Eu observo sua aparência. Suas roupas estão meio sujas e ele até parece estar bêbado. Já sinto problemas. – O que você está fazendo aqui? – exijo. – Por que você está me perguntando assim? – ele pergunta quase com tristeza. — Um pai não pode visitar sua filha? Suspiro e controlo a vontade de revirar os olhos. – Senti sua falta, Em. – Isso é besteira! – eu respondo com raiva. – Você nunca sentiu minha falta. Eu sei que você só está aqui porque precisa de dinheiro! De novo! – Isso não é verdade. – ele responde entrecortado. – Você é minha filha, Em, e eu te amo. Só quero que você me ajude.
Estou me sentindo tão sobrecarregada e cansada ao mesmo tempo. Estou tão perdida em meus próprios pensamentos que nem percebo quando ando bem no meio da estrada. Uma buzina alta soa e um carro para a centímetros de mim. – Ei! – grita o motorista furioso. – Vá morrer em outro lugar! Um par de mãos fortes me vira e eu me deparo com um Nan furioso. Seu rosto parece zangado, mas seus olhos estão aterrorizados. – Você está tentando se matar?! Você olha para os dois lados da estrada antes de atravessá-la! Ele me arrasta com ele para o outro lado novamente. Minha mente ainda está processando o que aconteceu. Merda! Quase fui atropelada por um carro. – Sinto muito. – deixo escapar sem fôlego. – Eu não conhecia o carro... – Não se desculpe. – Nolan suspira. Ele passa os olhos pelo meu rosto e tenta tocar o hematoma na minha bochecha esquerda. Eu recuo. O remorso brilha em seus olhos e, num instante, ele envolve seus braços firmemente em volta de mim. Eu fico rígida quando ele tenta en
Nolan tira o lenço da minha bochecha e olha para a frente. Eu observo enquanto ele aperta a mandíbula. Oh, senhor! Por que falei isso?! – Sinto muito. – peço desculpas em voz baixa. – Eu não quis dizer isso. Só não quero ir para o hospital. Nola vira o rosto para mim e posso ver claramente a dor evidente em seus olhos azuis. – Ontem – ele começa a falar e respira fundo. – Você realmente achou que eu levantaria minha mão para você? Suspirando, desvio o olhar e balanço a cabeça. – Não. Eu sabia que você não faria isso. – murmuro e acrescento mais alto: – Mas o que aconteceu ontem à noite foi culpa minha. Eu não deveria ter dito nada a você. Peço desculpas por me intrometer na sua vida. – Não! – Nolan diz. – Eu deveria ser o único a pedir desculpas. Por minha causa, seu ataque de pânico foi desencadeado. Meu comportamento não tem justificativa. Machucou você e Mary. – Nol.... – começo e limpo a garganta. – Quero dizer, senhor Evans, meu ataque de pânico é problema meu.
PONTO DE VISTA DE NOLANEla realmente acabou de me ameaçar? Eu olho para ela recuando e quando vejo que seu ombro está tremendo de tanto rir, eu suspiro.Ela está apenas brincando.Caminho até a janela e olho para fora. Mais cedo, quando vi aquele homem dando um tapa nela, tive vontade de matá-lo ali mesmo. Se Em não tivesse me impedido, juro que o teria matado.Ainda estou chocado com o fato de ser o próprio pai dela. Como ele consegue fazer isso? Mas, novamente, ele parecia um bêbado.De alguma forma, por trás de toda a sua coragem e argumentos, ainda existe uma menina assustada. Eu tinha visto como ela escondia o rosto quando o pai estava prestes a bater nela novamente.Não sei por que, mas de repente sinto vontade de protegê-la de todos e mantê-la segura.Francamente, ela está evocando sentimentos dentro de mim, eu não sabia que tinha. Sempre que ela passa por mim, sinto um arrepio no peito. Sinto uma sensação agradável e calorosa, sabendo que ela estará aqui com Isaac sempre que
MERDA! MERDA! MERDA! ESTOU ATRASADA DE NOVO! O gerente com certeza não me convidará para jantar se souber que estou atrasada novamente. Troco apressadamente meu uniforme de garçonete e enfio minha legging e suéter no armário dos funcionários. Veja bem, sou uma estudante universitária e tenho contas para pagar, por isso tenho que trabalhar meio período aqui neste restaurante. E estou super atrasada de novo, mas desta vez, é porque meu carro quebrou no caminho e eu não poderia deixar as coisas sem solução. Então, tive que esperar que Tyler, meu melhor amigo, viesse me ajudar. Amarrando meu avental na cintura, eu rapidamente começo a trabalhar. Começo a receber pedidos e a trabalhar rapidamente. Posso, literalmente, sentir os olhos do gerente sobre mim. Esse monstro! Já atendi cinco pessoas até agora e aquela cara de vadia ainda está me observando como um falcão. Qual é o problema dele!? Quer dizer, estou trabalhando bem. Faço como se não o tivesse visto se aproximando e me viro pa
É um bebê.Ele está deitado de bruços e me dando um sorriso.Oh, meu coração! Eu derreto ali mesmo. Eu o pego e ele ri feliz. – Oh, meu Deus! O que você está fazendo aqui, amor? – pergunto e ele apenas sorri para mim. – Ah, não, você nem consegue me entender. – sorrio para ele. Ele tem os olhos azuis mais lindos que já vi. Lembro-me de outro par de olhos azuis, mas rapidamente descarto. Os olhos do bebê são mais bonitos. – Como você veio parar aqui? – eu digo olhando em volta. Onde estão os pais dele? Eles devem estar pirando.Volto meus olhos para o bebê quando ele coloca a palma da mão na minha bochecha. Ele está olhando para mim como se estivesse fascinado. – Awww, você é tão fofo. – eu digo e beijo sua bochecha gordinha. Ele ri novamente e enterra o rosto no meu pescoço. Esfregando suas costas macias, eu sorrio. – Aí está ele. – ouço uma voz de mulher atrás de mim. Eu me viro. Ela é a mesma que estava olhando embaixo da mesa junto com Brandon. – Quem é você? – pergunto instan
– Então, você está tentando dizer que você chamou “O Nolan Evans” de filho da puta? – Tyler diz ao meu lado. Nós dois estamos deitados no sofá com as pernas penduradas para cima. – Tyler, você mesmo me disse isso outro dia! – eu gemo, puxando o ursinho de goma com os dentes. – Mas eu não mandei você falar na cara dele, sua vadia burra! – ele diz, mostrando um punhado de ursinhos de goma na boca de uma só vez. – Mas é verdade e eu sei disso. – digo distraidamente, minha mente relembrando os velhos tempos. – Em, sabemos que é verdade, mas você não precisava contar isso para o melhor amigo dele. – ressalta. – Você é apenas uma idiota. – Mas eu não sabia que Brandon era melhor amigo dele e com certeza não sabia que ele estava atrás de mim o tempo todo. E o mais importante, eu não sabia que ele era o Nolan que nós dois conhecíamos. – Gata, você está ferrada. – Tyler diz casualmente. – Lembro-me de dizer que ele mudou o sobrenome, mas, vadia, você nunca me leva a sério. – Vadia… – m
No dia seguinte, depois da universidade, Tyler me diz para esperá-lo no parque porque ele vai se atrasar um pouco. Ele está com o namorado.Ando pelo parque, apreciando a paisagem. Há uma grande fonte no meio, bancos ao redor e pássaros voando por toda parte.Decido ficar na cadeira de balanço um tempo, me balançando. Sentada nele, olho em volta. Há um casal andando de mãos dadas. Eu olho para a minha própria mão e me pergunto quando finalmente conseguirei um namorado para que possamos fazer essas coisas fofas juntos.Expiro pesadamente quando percebo que talvez nunca. Sempre que me pergunto se quero um namorado, minha mente me pergunta outra coisa. – Eu realmente quero um namorado? Quer dizer, vale a pena? Vou chorar por causa dele?Quando minha mente me faz todas essas perguntas, percebo que estou melhor sozinha. Há muitos sentimentos e emoções necessários em um relacionamento e não estou pronta para isso. Ainda.Minha mente volta ao incidente de ontem novamente. Nolan já é casado