A Babá do CEO
A Babá do CEO
Por: Larisse Oliveira
Capítulo 1

MERDA! MERDA! MERDA!

ESTOU ATRASADA DE NOVO!

O gerente com certeza não me convidará para jantar se souber que estou atrasada novamente. Troco apressadamente meu uniforme de garçonete e enfio minha legging e suéter no armário dos funcionários.

Veja bem, sou uma estudante universitária e tenho contas para pagar, por isso tenho que trabalhar meio período aqui neste restaurante. E estou super atrasada de novo, mas desta vez, é porque meu carro quebrou no caminho e eu não poderia deixar as coisas sem solução. Então, tive que esperar que Tyler, meu melhor amigo, viesse me ajudar.

Amarrando meu avental na cintura, eu rapidamente começo a trabalhar. Começo a receber pedidos e a trabalhar rapidamente. Posso, literalmente, sentir os olhos do gerente sobre mim.

Esse monstro!

Já atendi cinco pessoas até agora e aquela cara de vadia ainda está me observando como um falcão. Qual é o problema dele!? Quer dizer, estou trabalhando bem.

Faço como se não o tivesse visto se aproximando e me viro para anotar outro pedido.

Não consigo ver o rosto do homem porque está atrás de uma revista. Quem diabos lê uma revista em um restaurante!? Quero dizer, você está em um restaurante, é melhor ler o menu com o cardápio.

Ao me aproximar da mesa dele, vejo as capas das revistas.

Evan’s Interior’s.

– Lixo puro. – digo para mim mesma, mas, aparentemente, o homem de antes ouve.

– Você está falando comigo? – ele pergunta, colocando a revista sobre a mesa.

Olhos verdes olham para os meus olhos marrons e opacos. O cara é bonito, com seu cabelo preto perfeitamente penteado para trás e está vestindo um terno escuro.

– Não, quero dizer… sim. – eu falo e suas sobrancelhas se erguem. – Quero dizer que eu estava falando sobre essa empresa. – Evan's Interior’s. Grande nome, sim, mas os mesmos velhos designs chatos.

– Ah, é mesmo. – ele diz, olhando de volta para a capa.

– Sério. – admito e ele me lança uma espécie de olhar zangado.

Eu sei que deveria parar de falar, mas minha boca parece ter vida própria.

– Ouvi dizer que seu dono, Nolan Evans, é um tirano perturbado. – acrescento novamente e desta vez o cara me lança um olhar gelado, mas de alguma forma ele parece divertido.

Eu mencionei que costumo falar muito? Especialmente quando sei que estou ferrada? Mas dane-se ou não, eu divago muito, de qualquer maneira.

– Pare de encarar. – levanto minha sobrancelha esquerda. – Só estou dizendo isso porque meu amigo é estudante de administração e às vezes estudamos isso juntos, embora eu seja estudante de literatura.

Oh, meu Deus! É melhor eu parar de falar agora.

– O que mais você sabe sobre esse Nolan Evans? – ele pergunta, rindo. Ele está com uma expressão divertida e eu me pergunto por quê.

– Que ele é um mulherengo. Nada demais. Ele dorme com todas as mulheres. Oh, meu Deus, isso é nojento. Quero dizer, ele pode pegar uma doença.

O homem solta uma risada alta. Oh, estou feliz por poder fazer alguém rir hoje.

– Então, você está tentando dizer que ele é um prostituto? – ele pergunta assim que se acalma.

– Sim. Ele é um homem prostituto.

– Quem diabos é você?! – uma voz gelada vem de trás. Eu congelo quando sinto um arrepio percorrer minha espinha. Essa voz gelada pode congelar até o inferno.

Eu me viro e meu coração b**e forte no peito. Quando ele voltou?! Oh, não! Agora não é hora de relembrar os velhos tempos. Só tenho que fingir que não o conheço.

– Quem é você? – eu respondo e seus olhos azuis me encaram friamente.

– Ele é Nolan Evans. – o outro cara diz sorrindo. – E eu sou Brandon Langdon, seu melhor amigo.

Engulo em seco nervosamente, mas me recupero rapidamente. Não, ele não é. Da última vez, verifiquei que ele não era Nolan Evans.

– Não, ele não é Nolan Evans. – eu deixo escapar.

– O que você quer dizer? – Nolan exige saber o que, aparentemente, é o nome dele. Mas não tenho certeza sobre o sobrenome Black. Observo enquanto ele cerra o punho com raiva.

Oh, meu Deus! Ele vai me dar um soco? Posso sentir meu lábio inferior tremer levemente de medo.

Oh, meu Deus! Eu sabia que minha boca, definitivamente, me colocaria em apuros um dia e, aparentemente, hoje é o dia em que morrerei.

– Eu sou Nolan Evans. – ele anuncia com firmeza e sinto como se alguém tivesse jogado um balde de água fria no meu rosto. Dando uma sacudida mental na minha cabeça, envio ao outro cara, Brandon, um sorriso de desculpas, ao qual ele sorri.

Volto meus olhos para Nolan e percebo que ele ainda está olhando para mim. Se olhares pudessem matar, eu estaria a dois palmos abaixo do chão agora.

Da minha visão periférica, posso ver o gerente se aproximando e rapidamente se virando para anotar o pedido de Brandon. Nolan ainda está atrás de mim e posso, literalmente, sentir a raiva irradiando através dele.

Eita!

– Posso anotar seu pedido, senhor? – pergunto, pronta para rabiscar seu pedido.

– Que tal você dar o fora daqui? – Nolan retruca.

– O que está acontecendo aqui? – Pergunta o gerente, seus olhos feios se transformando em fendas quando ele olha para mim.

– Nada, S… Senhor. – gaguejo levemente, percebendo que posso perder meu emprego se fizer um movimento errado.

Você deveria ter pensado nisso antes de abrir sua boca idiota, sua idiota! — minha voz interior retruca.

– Tarde demais agora. – murmuro. Os olhos frios de Nolan se voltam para mim como se ele tivesse me ouvido. – Eu estava anotando o pedido desse cavalheiro. – aponto na direção de Brandon e vejo que ele está abafando o riso.

– Bem, se apresse. – o gerente retruca. – Você nem deu a ele o cardápio!

Meus olhos se arregalam ao perceber que ele está certo. Esqueci de dar o cardápio para ele.

– Sinto muito. – dou um tapa na testa. Rapidamente, ando com Nolan e o gerente para pegar o cardápio. Assim que me viro para voltar, encontro o olhar irritado do gerente.

– Você está atrasada mesmo sendo seu quinto aviso e ainda por cima, está discutindo com aqueles ricos no restaurante. Mais um erro e você está fora!

Meus olhos se arregalam novamente com seu aviso.

– Me desculpe, senhor.

– Vá trabalhar! – ele grita, me fazendo pular um pouco. Volto para a mesa e os olhos de Nolan voltam para mim. Coloco o cardápio na mesa.

– Obrigado, fofinha. – Brandon diz pegando o cardápio. Minhas bochechas esquentam um pouco.

– Eu te disse que não queria jantar nesse lugar imundo. – Nolan retruca. – Então, por que diabos Cameron escolheu este lugar?!

Merda! Ele não precisa insultar este lugar. Quer dizer, eu entendi, ele é todo rico e toda essa merda, mas as pessoas vêm comer aqui. Ele não pode desconsiderar isso assim.

– Ela diz que é o lugar mais próximo de sua Boutique Black. – Brandon diz calmamente. – Então, acalme seus peitos.

Quase rio, mas paro quando Nolan, o próprio monstro maligno, me lança um olhar mortal.

– Além disso, Cameron disse à babá para trazer Isaac aqui. – acrescenta Brandon novamente. – Então, eles devem chegar a qualquer momento.

Eles estão conversando como se eu não estivesse aqui pronta para receber suas ordens. Eu odeio quando as pessoas fazem isso. Meus pés já estão doendo.

– Deixe-me ligar para ela. Preciso saber se Isaac está pronto. – Nolan diz, seu rosto suavizando ao mencionar o nome de Isaac. Ele saiu da mesa e eu me permito respirar lentamente.

Graças a Deus, ele foi embora!

– Ele vai voltar, não se preocupe. – afirma Brandon.

– Eu não disse nada desta vez.

– Mas sua cara disse. – ressalta. – Você parece aliviada agora que ele se foi. A propósito, qual é o seu nome?

– Emma Clark. Posso anotar seu pedido rapidamente, por favor? – digo, de repente.

– Claro. – ele ri. Ele pede apenas vinho e eu saio correndo de lá. Vou enviar outra pessoa para anotar o pedido novamente.

Assim que entro na cozinha, Aaron, o chef, me diz para levar o lixo para fora e eu faço isso com prazer. Só faço isso porque ele sempre me dá sobremesa. Ele é um cara legal.

Quando saio, arrasto o lixo para fora e jogo-o na lixeira. Eu olho em volta. A rua dos fundos sempre permanece deserta aqui. Decido ficar aqui por alguns minutos. Ninguém vai saber. Sento-me na escada e observo as estrelas.

Eu adoro observar estrelas. A lua está brilhando intensamente e há uma brisa fria e suave. Viro a cabeça para ver se alguém abriu a porta dos fundos, caso seja o gerente.

Aquele idiota sempre parece que alguma coisa rastejou em sua bunda fedorenta e morreu.

Meus pés doem muito. Tive que vir da universidade a pé até aqui porque não tinha dinheiro e não pude nem contar ao Tyler, pois estava com muita vergonha. Acabei de receber meu salário, mas já acabou. Tenho muitas contas e ainda por cima tem o aluguel.

Suspirando, levanto-me e decido finalmente entrar. Já faz um tempo que não saio e está frio aqui. Assim que entro, recebo ordens de levar comida a uma determinada mesa.

Quando saio da cozinha, olho para a mesa de Brandon, há duas mulheres ali. Nolan está conversando com raiva com aquele que segura um urso de pelúcia. A outra mulher e Brandon estão olhando embaixo da mesa.

Qual é o problema deles?

Decidindo que não é da minha conta, continuo minha tarefa. Coloco a comida na mesa e sorrio para o casal.

– Aproveite a sua refeição. – eu digo e saio.

Estou quase perto da porta da cozinha quando sinto pequenos braços envolvendo meus pés. Solto um grito e olho para baixo.

É um bebê!

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