Gabriela subiu e fez como Fábio falou, desceu as escadas de dólmã, saia e com o cabelo preso em um rabo de cavalo.— Está sexy minha querida!— Ai Fábio estou normal... Posso tomar meu chá agora?— Não, tem que descansar e esfriar um pouco, vamos fazer outra coisa enquanto isso.Fábio a beijou, normalmente a levaria para a bancada no meio da cozinha, mas dessa vez a encostou na parede ao lado da porta, ele se afastou um instante e fechou a entrada da cozinha, foi até o fogão e tirou a tampa do chá.— Fábio, você está bem?— Estou ótimo... — Ele voltou a beijar Gabriela e abriu seu dólmã, pôde brincar com os seios dela, ele gostava de tocar e acariciar o corpo dela, era como se quisesse gravar na memória seus contornos. Depois desceu beijando seu pescoço passando pelo seu corpo até ficar de joelhos.— Gabriela, coloque sua perna em meu ombro!Fábio gostava de mandar e ser obedecido nestes momentos, Gabriela o fez meio a contragosto, mas logo esqueceu o incomodo ao sentir
— Fabi, já estamos terminando aqui, chame o Sérgio para nos ajudar a carregar tudo.A menina acenou com a cabeça e saiu do corredor do mercado em direção ao carro, Gabriela respirou fundo, ia pegar o pacote no chão, mas Otávio se abaixou junto com ela e pegou primeiro.— Aqui está! Vejo que será doce sua tarde... Como tem passado?— Otávio se afaste de mim! Não quero falar com você. — Gabriela pegou o carrinho para sair dali, mas Otávio segurou.— Ei! Por que está fugindo de mim? Somos primos, somos família, não deveria agir assim.— Estou com pressa, me deixe ir. — Otávio notou o medo nos olhos dela, mas precisava ter certeza.— Você se lembrou ou te falaram algo que não deviam sobre mim?— Eu me lembro... — Gabriela estava aflita, seus olhos imediatamente ficaram marejados.Otávio deu um sorriso cínico, o plano de convencer Gabriela a assinar os papéis abrindo mão da herança acabou de ficar mais difícil.— Sinto muito Gabriela, isso foi a muito tempo, eu era um m
Gabriela tremeu com o tom de Otávio, ele estava com um macacão cinza, sentado a mesa, empurrou uma cadeira com o pé para que Gabriela se sentasse também.— Senta aí priminha!— Não quero falar com você, saía da minha casa!— Sua casa? — Otávio riu. — Gabriela, vamos acabar logo com isso, eu estava sendo gentil, sei que não quer me ver, então vamos resolver isso hoje e eu sumo da sua vida!Ele colocou uma pilha de papéis na mesa e uma caneta.— Assina, e eu vou embora.— O que é isso?— A única coisa que me prende a você, assina e eu estarei livre de você, e você de mim.— Não vou assinar, não tenho nada que me prenda a você!Otávio se levantou e caminhou até ela. — Gostava mais quando era indefesa e assustada, seu medo já teria feito você assinar, agora me enfrenta...— Saía daqui ou grito!— Assina o documento porra, estou sendo paciente com você!Nesse momento, Fabíola chegou do colégio, ela apareceu na porta da cozinha e correu para fora da casa. Em seguida
Gabriela não conseguiu conter as lágrimas, ela saiu chorando e chamou um táxi, Fábio nem ficou sabendo que ela esteve na editora.Gabriela chegou em casa e encontrou Fabíola no sofá.— Lindinha podemos conversar?— Claro Gabi...— Lembra que eu disse que se um dia eu e seu pai não desse certo ainda seríamos amigas, que ainda seria como uma filha para mim...?— Sim, mas por que isso agora?Gabriela tirou a aliança do dedo e colocou na mão de Fabíola.— Entregue a ele, e saiba que você é minha amiga, minha filha amasa voltarei para visitá-la...— Gabi, não faz isso comigo... Não me deixe.— Não estou deixando você, estou deixando o seu pai. Nos veremos e breve e vou acertar com ele para que possa passar alguns dias em minha casa, até quando adulta estarei na sua vida. Entenda que pais se separam, mas filhos são para sempre.Gabriela abraçou Fabíola e chorou alto, as duas tinham os olhos molhados quando se soltaram. Ela subiu e arrumou uma mala com o essencial de uso diário.
— Gustavo você demorou...— Na verdade eu cheguei cedo, sai mais cedo, porque avisaram seu marido que você estava aqui sozinha.— Não sou casada! — Ela abaixou a cabeça, parecia brava e magoada.Gustavo pegou a mala e levou para dentro da casa, Gabriela entrou e se jogou no sofá, parecia em casa, o gesto era o mesmo que sempre fez após um dia todo de trabalho. Ele levou a mala até o quarto dela e voltou para a sala, se jogou no sofá ao lado dela.— Quer conversar?— Não...— Gabriela, sabe que está dificultando as coisas, não sabe?— Gu, em outras épocas eu confiaria cegamente em você, mas depois do acidente você mente pra mim... Eu não conheço o Fábio, você sim! Eu tenho confiado nele com base no que você me fala, mas quando vejo uma mentira dos dois sinto que não posso confiar em ninguém, porque todos mentiram pra mim. Eu estou realmente cansada disso.Gabriela deixou algumas lágrimas rolarem, estava cansada de se sentir enganada, seu amor por Fábio era grande, mas e
— Que tipo de tempero o senhor procura?— Hortelã...Gabriela se virou, e Fábio subiu as escadas, a porta da casa estava aberta, Fábio empurrou mais ainda a convidando-a para entrar.— Vamos finalmente conversar? — Fábio perguntou.— Não quero conversar...Gabriela o puxou pela camisa e o beijou, seu coração sentia falta de Fábio, queria um contato físico para diminuir a saudade.— Gabriela não faz assim, a gente tem que resolver isso... — Fábio falava como um sussurro cheio de desejo, ele também desejava aquele momento, poder tocar Gabriela depois de tanto tempo era como estar vivo novamente.— Fábio, eu quero você, só isso... — Aqueles beijos a embriagava.Gabriela puxou Fábio para o próprio quarto e se jogou na cama com ele, seu toque firme e seus beijos intenso a faziam gemer seu nome.Fábio tirou a camisa e voltou a beija-la, puxou camiseta de Gabriela, não poderia mais resistir aquela momento. De repente um filme rodou a cabeça Gabriela, ela num impulso empurro
No dia seguinte Gabriela foi para a faculdade, e Gustavo para o trabalho.— Bom dia Gustavo.— Bom dia senhor Diniz. — Ele pegou o café de Fábio e entrou na sala do chefe sorrindo.— Qual a graça?— O que a recepcionista falou para ser demitida?— Que teve um caso comigo enquanto a Gabriela estava no hospital...— Não, isso você ouviu da Gabriela, pergunto o que ouviu da Kátia?Fábio respirou fundo, deu uma golada no café, ele passou a mão no rosto antes de começar.— Eu nem sabia que a Gabriela havia passado aqui, estava de saída e ela pediu para eu entregar um livro que a Gabriela esqueceu aqui. Perguntei o que falaram, ela disse que era pessoal, que falou para Gabriela de um interesse antigo que tinha.— E você sendo a última Coca-Cola do deserto achou que era você? — Gustavo disse rindo.— Me respeita, você ainda é meu assistente aqui! — Fábio pareceu não gostar da brincadeira.— Tá, desculpa! A Kátia e eu já tivemos um rolo alguns anos atrás, ela falava de
— Produção, por favor! Solte a gravação que temos do senhor Diniz...A gravação foi editada e narrada pelo próprio Roberto Guimarães, ele separou as partes de acordo com cada pessoa que entrevistou.NarraçãoTudo começou como uma matéria sobre um empresário, ou até mesmo um casal famoso, mas em meus anos de experiência eu nunca vi o amor a uma pessoa ser descrito de uma forma tão bela.Vamos conhecer um pouco da relação de Fábio Diniz e Gabriela Castilho.Já aviso, minhas gravações começaram em uma data não muito boa...Acidente(Cena no escritório, Fábio olhando para o celular)— Pelo seu sorriso arrisco dizer que a senhorita Gabriela.— Coloque no viva voz. Será interessante...— Bom dia meu amor, tudo bem?— Saiu sem nem tomar café! Meu bem, nem me acordou pra me despedir de você...— Tinha um compromisso cedo.— Tá, acabei de deixar a Fabi na escola, vou pra faculdade hoje, já perdi muita aula. Quer que eu prepare algo específico quando chega?— Não, o que deci