— Um dia eu vou entender esse amor e ódio que tem por ela. — Quem disse que amo? — Ele ama, mas é teimoso e não vai confessar. — De que lado está, hein? – Reclamou com a irmã, que riu. — Bom... – Se levantou. – Tenham um bom dia para vocês. — Podia ficar mais um pouco. — Eu não posso mesmo, filho, mas amanhã é sábado, então passaremos o dia todo juntos. — E na segunda... – Ambos tentam lembrá-lo. — Na segunda passaremos toda a manhã no parque aquático. — Oh, então eu venho trabalhar só mais tarde? — Não! O “casal” fita aos gêmeos. — Você também vai, dã. — Oi? – Quase não acreditou ao escutar aquelas palavras. — Prometeu que sairíamos todos juntos novamente. – Natalie a lembrou. — Você não escuta o que fala? — Thomas. — Papai, ela prometeu. — Ela não disse quando iria cumprir. — Quem decidi isso somos nós, ora. – Diz em murmurou, se mostrando emburrado. — Tudo bem, tudo bem. – Decidiu aceitar aquilo de uma vez. – Eu vou. — É bom mesmo. O Kavanagh balançou a ca
— Nós estamos de saída. — E daí? – Se sentou no sofá, cruzando as pernas. — O senhor Kavanagh não disse nada sobre deixar estranhos... — Querida, a estranha aqui é você. – A cortou de forma grosseira. – Eu sou praticamente da família. — Não é não! – Daisuke exclamou. – Você é só a prima do meu padrinho, mais nada. — Thomas, é muito bom ver você... – Desviou os olhos para a garotinha ao lado dele. – E você também, Naty. — O que você faz aqui? – Perguntou de forma rude. — O papai está trabalhando. – Natalie completou após o irmão. — Ele vai me encontrar aqui, queridos. As duas crianças não gostaram nada daquela revelação, tanto, que mal conseguiram dizer uma palavra no momento seguinte. Mia percebeu o quão entristecidos — pelo menos um deles, já que o outro começava a sentir-se irritado — estavam e por isso se prontificou em tirá-los daquela casa o mais depressa possível. — Vamos deixar que o pai de vocês cuidem dela, não é? — Ah, e ele vai. Apenas a rosada percebeu o tom
— Abaixa seu tom. — Que se dane o meu tom! – Exclamou. – Você pode ser uma Maher, a sobrinha de pessoas muito importantes desse país, mas nem por isso tem o direito de vir aqui, tentar colocar os filhos contra o pai, ser maldosa com ambas as crianças, e pior, bater nelas. Eu posso ser só a babá... – Se aproximou, ficando face a face com a ruiva. – Mas não vai encostar em Natalie e pensar que vou deixar isso impune. — Ah é? E o que fará? Mia trincou os dentes, fechando as mãos em punho. — Eu sou a namorada do pai deles. – Frisou a palavra “namorada” – Serei a próxima senhora Kavanagh, e estarei comandando essa casa em alguns meses e então, as duas primeiras coisas que farei no instante em que isso acontecer, vai ser te demitir e colocar essas pestes em um colégio interno na suíça. E então Mia, que já estava com o sangue fervendo, só percebeu que havia levado a mão em direção ao rosto branco da ruiva, quando a ouviu arfar e gemer de dor. Não se arrependeu, mesmo que soubesse que po
— Será que pode me dizer o que veio fazer aqui, Amelia? – Sua voz se exaltou, mesmo que ele tentasse não fazê-lo. – Havia um combinado entre nós e novamente você o quebrou. — Liam... — Quem você pensa que é para bater na minha filha? Ela tremia, mas não desviava os olhos dele nem por um segundo. — Você perdeu a noção ou o que? – Trincou os dentes após o término da frase. – Você não tem direito algum de tocá-la, não é sua mãe, não é nada dela. — Me desculpe. – Murmurou apenas. Ele a soltou, mesmo que quisesse muito era devolver a bofetada, mas ele não o faria, afinal, não era homem de bater em mulher, mesmo que ela mereça. — Eu me irritei e acabei... — Se descontrolando um pouquinho. – Mia diz, surpreendendo a ruiva. – Mas ela já estava de saída. — Ela disse que vai se casar com você, pai. – Novamente Thomas chamou sua atenção. – Disse que vai se casar com você e nos mandar para um internato. O Kavanagh franziu o cenho, se irritando mais do que já se encontrava. — El
Liam não havia pensado no problema que seria — mas apenas para ele — quando seus filhos exigiram a presença da babá deles naquele passeio em “família”. No dia em que houve o “convite”, as crianças estavam tão alegres, felizes e brincalhonas — no caso de Thomas, que havia ameaçado a rosada —, que ele não pensou no que veria e no que acabaria por passar tendo a Lafferty perto dele por mais de uma hora, e pior, apenas de biquíni. Estava feliz por seus filhos estarem tão alegres, estava aliviado por ver os dois aceitando melhor a babá, principalmente porque seu garotinho sabia ser difícil quando queria, e por isso não pensou direito — na verdade, não “pensou” de jeito nenhum —, e por isso não se importou quando ele foi feito a mulher que acabava com a mente dele todos os dias, sem nem mesmo saber disso. Mas foi só a ver se aproximar devagar com a parte de cima do biquíni — preto, sendo que as amarras tinham algumas bolinhas vermelhas — a mostra, com uma saída de banho — estilo saia, e na
Enquanto descansava um pouco sentado debaixo de um guarda-sol, Liam pensava no quanto ambos seus filhos haviam mudado da água para o vinho desde que Sakura havia entrado na vida deles; Thomas ainda mais que a irmã. Ele realmente havia se preocupado quando decidiu contratar a prima dos Devlin, e já tinha uma ideia do que seu garotinho — marrento — seria capaz de fazer para colocar a mulher para fora de sua vida, e por isso estava tão surpreso por vê-lo aceitá-la. Claro que houve um processo para que isso acontecesse; ela precisou de tempo e de bastante jeitinho para que finalmente o conquistasse. E Ela conseguiu. Claro que ele ainda adorava implicar com ela, e estava sempre rindo às custas da rosada, mas ainda assim, já havia um carinho muito grande ali. Se disse que não se preocupava com a forma como ambos seus filhos pareciam ter se apegado a babá deles, seria uma grande mentira. Ele sabia que eles sofreriam caso ela se afastasse, sofreriam caso ele fizesse uma esteira e acabasse a
A rosada pigarreou. — O que? Eu estou sendo sincero. E Liam suspirou, já imaginando o que estava por vir. — Ela não foi convidada. – A fitou, sério. — O que ela está fazendo aqui, papai? – Questionou, nada feliz por ver a tal Freya ali; principalmente porque havia percebido — junto ao irmão — que os pais estavam tendo um momento interessante até aquela mulher atrapalhar. — Ela veio aproveitar o parque, Naty. – Gesticulou. — Eu venho aqui quase todo final de semana. – Diz com um sorriso. — Já não gosto mais desse parque. — Thomas. – Repreendeu. — O que acham de irmos almoçar? – Mia chamou, querendo evitar que houvesse uma cena como a de algumas semanas atrás. — Posso me juntar a vocês? — Não! – Os gêmeos responderam juntos. — Mia, poderia ir na frente com os gêmeos? – Pediu, já se levantando, vendo ela fazer o mesmo. – Eu já me junto a vocês. — Claro. – Fitou os pequenos. – Vamos lá? Escolhemos as porções e os acompanhamentos enquanto seu pai conversa com a amiga dele.
— E então, o que pediram? – Sentou-se ao lado de Thomas, já que Natalie — como sempre — estava ao lado de Mia. — Ela não vai aparecer aqui, vai? — Não, Thomas, ela não vai aparecer por aqui. — Não gosto dela. — Querida, vamos nos concentrar nesse dia lindo? E Liam sentiu-se mais aliviado quando viu a menina dizer que queria uma porção de batata só para ela, em resposta as palavras da rosada. — Eu quero arroz com frango. — Acrescente a salada e eu deixo você se empanturrar com o sorvete. E o menino sorriu. — Sério? — Só hoje. – Enfatizou. — A Mia sempre nos leva na sorveteria depois da escola todos os dias. E a mulher arregalou os olhos. — Então, não faz sentido o senhor dizer “só hoje”. — Isso quer dizer que eu devo vetar o sorvete de hoje? — Droga, papai, o senhor não sabe brincar. O outro segurou uma risada enquanto sua filha ainda fitava o irmão de forma indignada; provavelmente por ele ter contado ao pai sobre o “passeio” deles. — Seu linguarudo! — Eu só esta