Quando chegou ao destino — no caso a escola dos pequenos —, encontrou ambos sentados sobre um banco de madeira na cor branca, um ao lado do outro, sendo que um deles — a garotinha — balançava as pernas para frente e para trás. Estacionou o carro bem em frente, onde ambos poderiam ver não só o carro como ela também, já que abriu os vidros, e então, Thomas, o primeiro a vê-la, pulou do banco pegando sua mochila e esperando sua irmãzinha fazer o mesmo, e ela esperou, principalmente pela reclamação que viria logo que o pequeno adentrasse o carro. Desceu para ajudar Natalie já que Thomas já fazia sozinho, jogando a mochila no porta-malas, que já estava aberto quando eles chegaram ao carro, e antes que adentrasse o automóvel fez o mesmo com a mochila da garotinha, que colocava o cinto nela mesma, sem nenhuma dificuldade, assim como seu irmão, que está estava devidamente preso. — Você demorou. — Deixa eu pelo menos me sentar primeiro. – Brincou, fazendo-o revirar os olhos, apesar de ter
Thomas estava à espera do pai, ansioso; mas não de forma boa; ele se sentia chateado e muito nervoso, e tudo era culpa daquela cena que havia presenciado a algumas horas atrás, quando havia saído para almoçar fora com Mia e Natalie. Seu pai tinha uma reunião muito importante e por isso não poderia estar com eles, e apesar de ficar chateado, compreendeu que era importante e por isso se conformou, assim como sua irmãzinha. Mas agora ele estava chateado por simplesmente achar que aquela história de reunião era mentira. E simplesmente por ter encontrado ele com aquela ruiva irritante. Só de se lembrar da cena seu estômago embrulhava e sua raiva só crescia. Raiva por seu pai ter mentido, raiva por ele estar com aquela que tanto ele quanto Natalie não gostavam, raiva por aquele contato íntimo demais, que para ele, mesmo sendo apenas uma criança, dizia tudo e um pouco mais. E por isso se fazia várias perguntas. Será que estavam se vendo há muito tempo? Há quanto tempo que seu pai estava me
— Prima do tio Ryan. – Fechou as mãos em punhos enquanto Mia se lembrava bem da mulher dizendo que era uma Maher. – Ela sempre tratou eu e minha irmã muito mal. Ela gosta do meu pai e sempre deu em cima dele, até perto de mim e da Naty. Eu disse, né? Que ela não gosta de mim e da minha irmã. Meu pai disse que não estava com ninguém, que não iria namorar ela, mas eu vi o beijo deles. Por algum motivo Mia sentiu-se incomodada com o que ouviu, mas não demonstrou, até porque era besteira e o pequeno precisava dela. — Seu pai já é grandinho para escolher com quem ele namora, Thomy. — Ela não! – Exclamou. – Ela nem gosta de mim e da Naty. – Voltou a repetir. – Ele não pode fazer isso com a gente, Mia. Não pode! — Thomas... – Se levantou para sentar-se do outro lado da ilha, ao seu lado, e ele a seguiu com o olhar até ela fazê-lo. – Eu quero que me escute com atenção e que não leve para a maldade. – Pede devagar. – Pensa um pouquinho comigo, querido... Você não acha que seu pai é muito
Cansado não definia completamente como Liam estava se sentindo naquele momento. Havia passado pelo menos duas horas com Freya, sim, mas as próximas horas foram de chatice e momentos tão irritantes, que ele mal conseguiu se concentrar no que era necessário naquele momento; no caso, seus clientes. Havia sido estressante se encontrar com Amelia no meio de um restaurante no qual o casal que havia o contratado o esperava, mais ainda explicar que não podiam conversar, principalmente quando ela insistia e insistia e lhe deixava incomodado com suas revoltas e questionamentos sobre o porquê de não a procurar mais. Sim, havia deixado de aparecer na casa da ruiva e deixado de procurá-la desde que ambos seus filhos haviam lhe contado que ela os tratava mal. Ainda não havia conseguido se sentar para falar melhor sobre aquilo, principalmente porque a empresa estava o enlouquecendo desde então e as únicas duas horas que tinha, as crianças estavam na escola e ele preferia então ficar com Freya para n
— Foram várias coisas ruins, papai. Ela sempre diz coisas ruins. — Por que nunca disseram nada? O menino voltou a abaixar o olhar. — Pensei que o papai não acreditaria. — Thomas... — E também... – O olhou. – O tio Ryan. Achei que deixaria o tio Ryan triste, porque o papai contaria para ele como faz sempre e... — Seu tio conhece a prima que tem, e ele não iria ficar triste com vocês por isso. — Mas ele ficaria triste mesmo assim. E então Liam entender que seu filho não estava pensando nos sentimentos que o tio teria sobre ele e a irmã dele, mas sobre a irmã, e isso realmente o deixou surpreso, e até mesmo orgulhoso. — Amelia não é um problema para nós. E nem nunca será. — Ou aquela outra. — Freya. – Diz. – É dela que está falando? – O viu assentir. – Ela não é um problema para nós também, filho. É só... uma amiga. – Íntima, mas amiga, completou para si mesmo. – Eu nunca, jamais, irei me relacionar com ninguém. – Diz firme. – Eu não desejo isso, Thomas. — Mas, se desejasse,
Mia despertou no horário de sempre naquele dia, mesmo que não estivesse em sua própria casa. Quando Liam pediu para que ficasse por ali na noite passada, agradeceu mentalmente por ter levado duas peças de roupas a mais em sua mochila, ainda que nenhuma delas fosse de dormir. Natalie insistido em dormir com ela, e mesmo que Thomas tivesse deitado ao lado delas, alguma coisa lhe dizia que ele só dormiria quando finalmente o pai chegasse, então não se surpreendeu ao despertar e não o encontrar ao lado dela e da irmã. Deixou o quarto após vestir-se mais adequadamente e seguiu para a cozinha afim de fazer um café-da-manhã caprichado para os pequenos; montou quatro pães com queijo-brie, presunto e orégano, colocando para assar enquanto preparava um suco de laranja e colocava sobre a mesa junto de quatro copos de vidro, o leite quente e o achocolatado que as crianças tanto gostavam; preparou waffles, porque sabia que seu chefe gostava e ligou a cafeteira para preparar o café; organizou a mes
— Um dia eu vou entender esse amor e ódio que tem por ela. — Quem disse que amo? — Ele ama, mas é teimoso e não vai confessar. — De que lado está, hein? – Reclamou com a irmã, que riu. — Bom... – Se levantou. – Tenham um bom dia para vocês. — Podia ficar mais um pouco. — Eu não posso mesmo, filho, mas amanhã é sábado, então passaremos o dia todo juntos. — E na segunda... – Ambos tentam lembrá-lo. — Na segunda passaremos toda a manhã no parque aquático. — Oh, então eu venho trabalhar só mais tarde? — Não! O “casal” fita aos gêmeos. — Você também vai, dã. — Oi? – Quase não acreditou ao escutar aquelas palavras. — Prometeu que sairíamos todos juntos novamente. – Natalie a lembrou. — Você não escuta o que fala? — Thomas. — Papai, ela prometeu. — Ela não disse quando iria cumprir. — Quem decidi isso somos nós, ora. – Diz em murmurou, se mostrando emburrado. — Tudo bem, tudo bem. – Decidiu aceitar aquilo de uma vez. – Eu vou. — É bom mesmo. O Kavanagh balançou a ca
— Nós estamos de saída. — E daí? – Se sentou no sofá, cruzando as pernas. — O senhor Kavanagh não disse nada sobre deixar estranhos... — Querida, a estranha aqui é você. – A cortou de forma grosseira. – Eu sou praticamente da família. — Não é não! – Daisuke exclamou. – Você é só a prima do meu padrinho, mais nada. — Thomas, é muito bom ver você... – Desviou os olhos para a garotinha ao lado dele. – E você também, Naty. — O que você faz aqui? – Perguntou de forma rude. — O papai está trabalhando. – Natalie completou após o irmão. — Ele vai me encontrar aqui, queridos. As duas crianças não gostaram nada daquela revelação, tanto, que mal conseguiram dizer uma palavra no momento seguinte. Mia percebeu o quão entristecidos — pelo menos um deles, já que o outro começava a sentir-se irritado — estavam e por isso se prontificou em tirá-los daquela casa o mais depressa possível. — Vamos deixar que o pai de vocês cuidem dela, não é? — Ah, e ele vai. Apenas a rosada percebeu o tom