— Eu um dia vou me acostumar com isso? — É claro que sim, Mia, é só questão de tempo. – Shay respondeu. – Ryan já está acostumado, fazem isso com ele desde quando eramos mais novos. — Ele está batizado, não se preocupe. — Depois que você conheceu o Liam, ficou muito engraçadinho. O ruivo apenas riu da reclamação do amigo loiro, diferente de Mia que ficou curiosa sobre aquela amizade tão bonita e que parecia vir da infância. — Vocês cresceram todos juntos? — Mais ou menos, prima. – Noah diz. — Eu e Liam nos conhecemos desde bebê. Conheci o Gaara aos três anos em uma das viagens que fiz com meu pai e ele conheceu ao Liam aos quatro, quando nossos pais se tornaram sócios, quase ao mesmo tempo, Noah entrou no grupo por sua mãe ser muito amiga da mãe do Connor, e por seu pai aceitar a sociedade que meu pai e o pai do Liam propôs. Aos seis, quase sete, conhecemos o Shay. – Ryan contou. – Desde então, fomos inseparáveis. — Acho bonita a amizade de vocês. — Igual a sua e a da sua ir
Naquele dia a Lafferty pode dormir até um pouquinho mais tarde, já que as crianças passariam a manhã com o tio Lucca — no qual ela ainda não conhecia, mas que viria a conhecer naquele dia já que pegaria os pequenos com ele —, então não precisaria acordar de madrugada para poder seguir para a casa do seu chefe e preparar as crianças para a escola. Havia recebido uma mensagem depois das 8h da noite, e por estar cansada, só respondeu com um: tudo bem. Nem mesmo se deu conta de que aquele do outro lado do telefone era seu chefe, e ela agradecia por isso, pelo menos não pensaria nele ainda mais como vinha acontecendo desde que tombaram um no outro. Mas, ela infelizmente não podia dizer o mesmo sobre seus sonhos. Ela havia sonhado com ele. Com seu chefe e o homem por quem ela tentava a todo custo não se aproximar mais do que patrão e empregada. E ali estava ela, pela primeira vez depois de tanto tempo, pensando em um homem. Não podia se apaixonar. E não deixaria isso acontecer. Se levan
Assim como imaginou que aconteceria, mas que foi um teimoso, se arrependeu por ter passado a noite com Amelia. Por mais que tenha sido realmente proveitoso e que havia se esquecido completamente da Lafferty — pelo menos quando estava na cama da ruiva —, lá estava ele, mais uma vez pensando nela e na tristeza de ter negado ao pedido de seus filhos para acompanharem eles a praia. Havia sido egoísta. Havia deixado de fazer um passeio com os gêmeos, para apenas satisfazer um desejo carnal. Naquele momento era o que ele mais precisava? Era sim, mas ainda assim, um erro. Um grande erro. E percebeu isso quando despertou e se lembrou não só da babá de seus filhos como deles mesmos, em especial da tristeza nos olhos de sua garotinha por ter negado a ela, e ao irmão dela, um pedido tão especial para ambos. E se sentia um idiota. Se arrependimento matasse, ele com toda a certeza estaria morto, e foi por pensar naquele arrependimento irritante e mais que merecido, que nem mesmo tomou café-da-m
Mia se perguntava a reação do chefe no instante em que se deparasse com a filha. Ele com toda a certeza ficaria surpreso, mas esperava que não se chateasse. A pequena falava tanto que amava seus cabelos, que queria um igual, que ela, a babá preferida dela, parecia uma de suas bonecas, que quando precisou de ir ao salão de seu amigo e salvador Benjamin mesmo no meio do expediente, apesar de as crianças estarem em sua aula de Muay Thai e Ballet, decidiu falar com o mesmo sobre a garotinha mais fofa do mundo. E ele, uma pessoa que amava realizar sonhos de seus clientes, aceitou, mesmo que não fosse nela e sim numa pequena garotinha de cinco anos de idade. E ele estava mais ansioso que ela própria com a reação da menina. E Naty amou. Ela simplesmente ficou tão animada, que não parava de pular, e só o fez quando teve de começar o processo em seus cabelos. A sua maior diversão, após ver sua pequenininha — porque já a amava mais que tudo, mesmo que tivesse se passado poucas semanas desde q
Quando chegou finalmente em casa — e apenas “finalmente” porque estava exausta e as crianças mais ainda —, os gêmeos pularam para fora, deixando-a sozinha ao perceber que o pai já se encontrava em casa. Desceu, pegou as mochilas — já que haviam saído da escola, passado em um restaurante e depois ido direito para o prédio onde ambos faziam as aulas extras do dia-a-dia —, e após travar o carro, seguiu para dentro de casa, encontrando um Liam totalmente surpreso, apesar do sorriso em seus lábios, enquanto que sua pequenininha contava sobre como adorou seu presente, ao mesmo tempo em que tocava nos cabelos que estavam com vários apliques megahair na cor rosa-bebê com um lindo e delicado penteado feito pelo cabeleireiro. — Não ficou lindo, papai? — Você está linda, querida. – Tocou os cabelos da garotinha. — Não está chateado, não é? — Claro que não, filha. Se você gostou, é isso que importa. – Diz com um sorriso, vendo-a sorrir ainda mais. – E você cortou os cabelos. — Ela me obri
Thomas não estava feliz. Ele estava, até poucos minutos atrás, porque por mais que não admitisse para ninguém, ele havia gostado da presença de Mia. Mas, naquele momento, enquanto via aquela mulher abraçar seu pai, ele estava odiando. E cada vez mais não conseguia deixar de demonstrar seu incomodo por aquela mulher se juntar naquele jantar. E sua irmãzinha concordava e o apoiava completamente. Para piorar tudo, seu pai havia dito que havia convidado ela mais cedo quando se encontraram em uma cafeteria. E isso o irritou. Primeiro porque ele estava com uma mulher quando poderia ter acompanhado a ele e a Natalie à praia e segundo porque havia convidado aquela mulher completamente estranha tanto para ele quanto para sua irmã, e não havia avisado a nenhum dos dois. E assim como estava com a face totalmente séria, sua irmã também estava, sentindo-se tão incomodada quanto ele mesmo. Mia havia percebido a tensão no ar rapidamente. E imediatamente havia percebido o olhar daquela mulher para c
No instante em que chegaram em casa, Thomas correu para seu quarto, se trancando lá dentro, mesmo que seu pai tivesse batido na porta algumas vezes, pedindo para que o menino abrisse e o escutasse. Havia se irritado pela forma como seu filho havia sido grosseiro e até mesmo ignorante por algumas horas atrás, mas ainda assim, podia compreendê-lo um pouco. Principalmente porque era igualzinho quando mais novo, em especial no temperamento. Estava pagando tudo que fez seus pais passarem. E enquanto deixava o garoto esfriar a cabeça, e provavelmente adormecesse para que pudessem conversar no dia seguinte, havia decidido ficar com Natalie, que mal o olhava desde que aquela cena tensa aconteceu a quase duas horas atrás. Se sentia chateado por ter causado aquela coisa toda, principalmente porque havia percebido o incomodo de Mia, havia se sentido um idiota por ter feito sua filha chorar, e mais que isso, se sentia sem saber como agir, quando ambos seus filhos não queriam lhe falar. Tentou c
— Ontem, eu havia me esquecido de que havia convidado Freya para a nossa saída. Eu não fiz de propósito e eu não queria deixar nenhum dos dois tristes. Eu me esqueci. Vocês não estavam mais chateados comigo por eu não ter ido à praia e eu queria recompensá-los de alguma forma, então... — Você preferiu passar o dia com ela. – O acusou. — Vocês estavam em aula, Thomas. — E não podia ir nos ver na aula? – Natalie quem retrucou. – A Mia estava lá, papai. Ela assistiu a nossa aula, e você não. O moreno sentiu o peito apertar por ver aqueles olhinhos cheio de mágoa, e mais uma vez estava sentindo o arrependimento. — Prometeu que sempre que pudesse, estaria com a gente, e ao invés disso, decidiu estar com alguém que mal conhece. – Completou após a irmã. — Isso não vai voltar a acontecer. Os pequenos desviaram os olhos. — Eu prometo. — Não queremos ver aquela mulher de novo. – Natalie diz, emburrada, tristonha. — Está bem. – Decidiu aceitar de uma vez. – Se é assim que querem, e