— Você fez o mesmo que eu! – Apontou, fazendo a mulher rir. — Eu fiz. E ela mereceu. — O que ela fez, Mia? — Ela falou mal da minha mãe, Naty. – Fitou os olhos verdes-oliva. – E disse que tiraria todo o amor que meu pai tinha por mim para sempre. Os pequenos trocaram um olhar por um momento. — E ela conseguiu. – Diz, sentindo-se um pouco triste. — Ele não te ama mais? — Vai saber? – Deu de ombros, fitando Thomas. – Nos afastamos. Ele preferiu acreditar nela, nas palavras dela... Ela o fez acreditar que havia sido a vítima. — A gente também tem medo de isso acontecer. — Algumas babás disseram que o papai iria nos abandonar como aquela mulher fez, até mesmo aquela ruiva. — Ruiva? — A prima do nosso padrinho. – Thomas explicou. — E se um dia o papai ficar com uma mulher como essa sua madrasta, Mia? — Eu tenho certeza de que ele não faria o mesmo que o meu pai. — Como você sabe? — Eu sei, porque ele não deixou vocês nem por um segundo depois que... — Aquela mulher foi e
Liam acreditava piamente que aquele “encontro” que teve com Mia havia sido apenas para deixá-lo mais incomodado com o que estava começando a sentir. E agora que tinha o cheiro dela impregnada em sua roupa, parecendo jamais deixar suas narinas, a maciez da pele dela em ambas suas mãos, já que havia tocado mesmo que sem querer, ele não sabia se conseguiria deixar de pensar em tudo que vinha pensando desde que a viu de biquíni. Era torturante, principalmente porque ele sabia que não era um desejo igual ao que sentir por Amelia ou qualquer uma das que já esteve com ele antes, era diferente. Muito diferente. Tanto, que era incômodo, mas apenas porque não estava disposto a se deixar levar por aqueles sentimentos que queimavam em seu peito. Era isso! Ele estava se apaixonando. Parecia que havia acontecido o que sua família vivia dizendo que um dia aconteceria, mas que ele não acreditava. Seu coração estava quebrado e ainda assim, batia. E ele estava de certa forma revoltado, porque não po
Luna quase não acreditava no que estava escutando, ou Savanna, ou mesmo qualquer um dos amigos que estavam presentes naquele jantar na casa dos Devlin — no caso, Noah e a esposa. Ela havia sido convidada pouco depois de finalizar o jantar dos Kavanagh. E surpreendentemente, as crianças convidaram para ela ficar, mas daquela vez, ela teve de negar aquele convite fofo, não sem explicar o porquê, claro. E era por ter adorado aquele dia com os pequeninos, principalmente com a evolução que teve com Thomas, que ela teve de contar aos amigos, deixando cada um deles — incluindo os padrinhos, que diziam sempre o quanto os pequenos eram amorosos apesar das peripécias — perplexos. E simplesmente porque — pelo menos os Maher — não esperavam que ele fossem aceitá-la assim, tão cedo. E ela os compreendia totalmente, claro, afinal, também não esperava. E ouvir o pequeno chamá-la por Mia havia sido a melhor parte do dia. Ela tinha um amor grandioso por aquelas crianças, tanto, que ela chegava a pens
— Eu um dia vou me acostumar com isso? — É claro que sim, Mia, é só questão de tempo. – Shay respondeu. – Ryan já está acostumado, fazem isso com ele desde quando eramos mais novos. — Ele está batizado, não se preocupe. — Depois que você conheceu o Liam, ficou muito engraçadinho. O ruivo apenas riu da reclamação do amigo loiro, diferente de Mia que ficou curiosa sobre aquela amizade tão bonita e que parecia vir da infância. — Vocês cresceram todos juntos? — Mais ou menos, prima. – Noah diz. — Eu e Liam nos conhecemos desde bebê. Conheci o Gaara aos três anos em uma das viagens que fiz com meu pai e ele conheceu ao Liam aos quatro, quando nossos pais se tornaram sócios, quase ao mesmo tempo, Noah entrou no grupo por sua mãe ser muito amiga da mãe do Connor, e por seu pai aceitar a sociedade que meu pai e o pai do Liam propôs. Aos seis, quase sete, conhecemos o Shay. – Ryan contou. – Desde então, fomos inseparáveis. — Acho bonita a amizade de vocês. — Igual a sua e a da sua ir
Naquele dia a Lafferty pode dormir até um pouquinho mais tarde, já que as crianças passariam a manhã com o tio Lucca — no qual ela ainda não conhecia, mas que viria a conhecer naquele dia já que pegaria os pequenos com ele —, então não precisaria acordar de madrugada para poder seguir para a casa do seu chefe e preparar as crianças para a escola. Havia recebido uma mensagem depois das 8h da noite, e por estar cansada, só respondeu com um: tudo bem. Nem mesmo se deu conta de que aquele do outro lado do telefone era seu chefe, e ela agradecia por isso, pelo menos não pensaria nele ainda mais como vinha acontecendo desde que tombaram um no outro. Mas, ela infelizmente não podia dizer o mesmo sobre seus sonhos. Ela havia sonhado com ele. Com seu chefe e o homem por quem ela tentava a todo custo não se aproximar mais do que patrão e empregada. E ali estava ela, pela primeira vez depois de tanto tempo, pensando em um homem. Não podia se apaixonar. E não deixaria isso acontecer. Se levan
Assim como imaginou que aconteceria, mas que foi um teimoso, se arrependeu por ter passado a noite com Amelia. Por mais que tenha sido realmente proveitoso e que havia se esquecido completamente da Lafferty — pelo menos quando estava na cama da ruiva —, lá estava ele, mais uma vez pensando nela e na tristeza de ter negado ao pedido de seus filhos para acompanharem eles a praia. Havia sido egoísta. Havia deixado de fazer um passeio com os gêmeos, para apenas satisfazer um desejo carnal. Naquele momento era o que ele mais precisava? Era sim, mas ainda assim, um erro. Um grande erro. E percebeu isso quando despertou e se lembrou não só da babá de seus filhos como deles mesmos, em especial da tristeza nos olhos de sua garotinha por ter negado a ela, e ao irmão dela, um pedido tão especial para ambos. E se sentia um idiota. Se arrependimento matasse, ele com toda a certeza estaria morto, e foi por pensar naquele arrependimento irritante e mais que merecido, que nem mesmo tomou café-da-m
Mia se perguntava a reação do chefe no instante em que se deparasse com a filha. Ele com toda a certeza ficaria surpreso, mas esperava que não se chateasse. A pequena falava tanto que amava seus cabelos, que queria um igual, que ela, a babá preferida dela, parecia uma de suas bonecas, que quando precisou de ir ao salão de seu amigo e salvador Benjamin mesmo no meio do expediente, apesar de as crianças estarem em sua aula de Muay Thai e Ballet, decidiu falar com o mesmo sobre a garotinha mais fofa do mundo. E ele, uma pessoa que amava realizar sonhos de seus clientes, aceitou, mesmo que não fosse nela e sim numa pequena garotinha de cinco anos de idade. E ele estava mais ansioso que ela própria com a reação da menina. E Naty amou. Ela simplesmente ficou tão animada, que não parava de pular, e só o fez quando teve de começar o processo em seus cabelos. A sua maior diversão, após ver sua pequenininha — porque já a amava mais que tudo, mesmo que tivesse se passado poucas semanas desde q
Quando chegou finalmente em casa — e apenas “finalmente” porque estava exausta e as crianças mais ainda —, os gêmeos pularam para fora, deixando-a sozinha ao perceber que o pai já se encontrava em casa. Desceu, pegou as mochilas — já que haviam saído da escola, passado em um restaurante e depois ido direito para o prédio onde ambos faziam as aulas extras do dia-a-dia —, e após travar o carro, seguiu para dentro de casa, encontrando um Liam totalmente surpreso, apesar do sorriso em seus lábios, enquanto que sua pequenininha contava sobre como adorou seu presente, ao mesmo tempo em que tocava nos cabelos que estavam com vários apliques megahair na cor rosa-bebê com um lindo e delicado penteado feito pelo cabeleireiro. — Não ficou lindo, papai? — Você está linda, querida. – Tocou os cabelos da garotinha. — Não está chateado, não é? — Claro que não, filha. Se você gostou, é isso que importa. – Diz com um sorriso, vendo-a sorrir ainda mais. – E você cortou os cabelos. — Ela me obri