— Eu espero que a Naty consiga convencer o irmão a deixar essa implicância de lado. Novamente Mia estava rindo. — Eu não gosto de castigá-los, sabe, mas, é impossível quando eu vejo que passam dos limites, ainda que tenham certa razão. – Confessou. – É como se a razão que tinham antes, tivesse ido por água abaixo. A Naty está mais quieta porque gosta muito de você, e o Thomas, por mais que goste também, não vai dar o braço a torcer nem tão cedo e tenho que confessar que me preocupo com os próximos planos dele. — Eu sei me cuidar, não se preocupe. – Diz, sem se virar. – Além disso, eu sei que ele jamais me machucaria, pelo menos não de propósito. – Sussurrou a última frase. – É um bom garoto. – Voltou a repetir. De repente se lembrou do último castigo de Daisuke. Mia sabia que o garotinho não merecia, sabia que o castigo recebido havia sido bem-merecido, principalmente depois de tudo que fez, mas ainda assim, ela não concordava e não queria que ele tivesse um castigo, muito mais aq
Mia passou em frente a faculdade onde estudava até algumas semanas atrás e então sentiu falta. Infelizmente teve de trancar o curso para poder pagar as contas. Já estava sendo muito difícil aceitar que seus amigos pagassem seu condomínio, não poderia aceitar que eles continuassem a pagar seu curso. Era muito agradecida, mas o melhor no momento era juntar todo o dinheiro que precisava para finalizar e então se tornar a médica que sempre sonhou em ser. Sabia que sua mãe estaria orgulhosa dela, lá de cima, ainda que tivesse saído de casa e feito sua vida sozinha com todos seus amigos apoiando-a. Suspirou longamente e então balançou a cabeça. Não ficaria remoendo aquilo. Não ficaria pensando em seu curso com tristeza, não quando tinha certeza de que voltaria a estudar e finalmente teria seu diploma. Acreditava fielmente naquilo e continuaria, ainda que tudo dissesse para que ela desistisse. E então se concentrou nas crianças, que cantavam juntos, e sorriu por vê-los animados naquele di
Mia colocou os cabelos morenos de Natalie para cima, prendendo-os com uma piranha em formato de borboleta com várias pedrinhas azuis nas asas, apenas para poder amarrar o biquini com mais facilidade. A pequenina havia escolhido um modelo com estampa hippie, que havia a deixada ainda mais fofa do que já era; as cores eram em roxo, branco, lilás, e rosa-pink — no qual aparecia em poucos desenhos da estampa. Deixou os cabelos medianos caírem como cascata em suas costas e então a virou, dizendo que ela estava muito linda, recebendo o mesmo elogio. O biquíni que estava vestindo era preto e branco, sendo que a parte de cima era estilo “triângulo”, mas que não deixava amostrar tanto seus seios e a parte de baixo havia tiras grossas nas quais amarravam as laterais, e ele havia sido escolhido pela criança a sua frente. Antes de seguir para casa após a sorveteria, havia passado em sua casa, deixando os pequenos observar tudo enquanto seguia para o andar de cima, afinal, precisava de algo para
— Perfeito, querida. – Diz sorrindo, vendo o sorriso nos lábios da garotinha. – Você deveria entrar em um campeonato. – Brincou. — Prefiro ser bailarina, Mia. E a mais velha sorriu mais abertamente. — Você será perfeita em qualquer coisa que escolher ser. – Se aproximou mais da beirada, onde não havia o degrau. — Diferente de você. – Bufou, fazendo a babá lhe fitar. — Ora, mas como você é cruel, Thomy. Está me jogando praga. E o menino a olhou de forma indignada. — Eu que deveria estar indignada. — Verdade, irmão. — Você deveria estar do meu lado... – Desviou os olhos da irmã para a babá a poucos passos de si. – E você, deveria fazer seu trabalho. Que é fazer tudo que eu mandar. — Não, acho que você confundiu tudo. Estou aqui para cuidar de você e da sua irmã, Thomy, meu chefe é o seu pai. – Gesticulou. — Dá no mesmo. – Deu de ombros, fazendo Mia segurar uma risada. – Olha, chega mais perto que você vai ver os desenhos no fundo da piscina. — O que tem? – Perguntou, ac
— Papai! Natalie foi a primeira a perceber a presença do moreno — de ambos os morenos. — Entra também. – Chamou. — Pai, essa maluca quase me afogou. — Isso não é verdade, Thomy. — E começou com as provocações. – Revirou os olhos. — Irmãozinho, estou achando que o problema é você. – Diz rindo, fazendo o irmão revirar os olhos mais uma vez. — Eu tenho provas! – Apontou para a irmã. – Naty, não é verdade? — Você quem empurrou ela, na verdade, o que houve com você foi um acidente. – Diz, encolhendo os ombros, e se afundando até próximo a boca. — Traidora! – Empinou o nariz e fitou o pai. – Não posso mais confiar nela, nem você, papai, essa babá maluca comeu o cérebro dela. E Killian gargalhou enquanto que o irmão mais novo ria balançando a cabeça. — Ei! – A menina reclamou. — Acredita que ela usou de chantagem comigo agorinha? Quase chorou e era tudo mentira! – Apontou para a babá. – Mentirosa! — Eu não menti, eu só fingi... – Encolheu os ombros, percebendo os olhares d
Mia achou que se sentiria extremamente envergonhada, que não sabia como se sentiria quando estivesse sentada na sala com os Kavanagh, incluindo a esposa de um deles, mas estava sendo mais divertido que imaginou que seria. E tudo graças a Allison Kavanagh, que a ajudava a se distrair, principalmente do olhar de seu chefe. A mulher de cabelos castanhos e olhos em um tom lindo de âmbar era divertida e a fazia se sentir bem mesmo no meio daqueles dois. E junto das crianças — até mesmo de Thomas —, a noite havia sido agradável. Haviam jantado na mais harmonia, ainda que o Kavanagh mais velho vez ou outra não só a chamasse de rosadinha, como também lhe fazia algumas indiretas nas quais não conseguia compreender bem, diferente de Liam, pela forma como estava sempre o brecando. Era um pouco confuso, e a fazia ficar muito curiosa, mas ainda assim havia decidido não perguntar e continuar naquela conversa interessante com a cunhada de seu chefe. Mas, mais que a atenção de Allison, havia também
— Thomas, querido, é tão difícil assim dizer que gosta da moça? — Sim, tia! — Eu realmente não entendo. E o pai do menino sorriu ao ouvir o comentário da cunhada. — Ela quase me afogou hoje, sabia? – Contou, demonstrando sua indignação. — Bom, você não pintou os cabelos dela de azul? — Está do lado dela? – Perguntou, incrédulo. — Thomas, menos. – O pai pediu. – Não seja tão implicante. A pouco você estava se divertindo com Mia e sua irmã na piscina. — Ninguém tirou foto, então não tem como provar. E os tios, a irmã e a prima riram enquanto Mia e Liam seguravam uma risada. — Garoto, a cada dia você está mais implicante. – O pai diz, de forma divertida, mas não mais que seu irmão mais velho, que estava adorando mais que tudo, ver a forma como a babá de seus sobrinhos era realmente encantadora. — Mia, eu imagino o que deve passar com Thomas. — Ele é um bom garoto, e eu me divirto com as implicâncias dele, Allison. — Então você é a primeira, as outras odiavam. – Killian que
Aquele seria um dia especial. Muito especial. E era por isso que estava se arrumando mais cedo do que de costume. Colocou uma jardineira cor-de-rosa por cima de uma blusa de mangas até os cotovelos em um tom mais claro e sapatenis jeans por mais que soubesse que poderia voltar com eles completamente marrons. Ainda assim, estava ansiosa demais para procurar outro calçado naquela manhã e por isso pegou sua bolsa que já estava com todos seus documentos, chaves e o celular e se dirigiu para o corredor de sua casa, tentando encontrar a chave do carro que estava dentro da bolsa. Haviam tantos papéis ali, que acabou se irritando um pouco, o que a fez puxar a chave com força ao encontrá-la e consequentemente deixando-a cair, vendo-a se arrastar até próximo a porta onde ela não adentrava a muito tempo. A única que ficava trancada e que só era aberta por uma de suas amigas que acompanhava a diarista para fazer a limpeza. Engoliu em seco por um momento, mudando de humor rapidamente, mais uma v