— Mas, irmãozinho, voltando ao assunto da rosadinha... — Isso não faz mais sentido, os cabelos dela nem mesmo é mais rosa. — Mas vai voltar, pai. – O mais velho retrucou ao pai, que sorriu ladino. – Pelo menos eu espero. — Você? Eu quem espero! Os outros riram do desespero do mais novo. — Thomas me coloca em cada enrascada. — Ele está arrependido, coitadinho. — Não deixa ele ver você defendendo-o, Alli, por favor. E a acastanhada sorriu, compreendendo-o. — Então, como eu ia dizendo... – Chamou a atenção para si novamente. – Não acha que talvez ela seja a pessoa certa para você? E Liam revirou os olhos. — Ela é carinhosa com seus filhos, é amável, se preocupa... Hoje em dia mulheres que cuidam de filhos dos outros tão bem assim, tem que ser valorizada. E o outro não discordava, mas ainda assim, não estava nada pronto para um relacionamento. Definitivamente, ele não queria namoro, casamento, nem nada parecido para sua vida. — Eu já disse que não quero relacionamento. — Fil
Mia estava cansada, mas também faminta. Havia tomado um pouco de sorvete junto das crianças — uma promessa que havia sido feita à Natalie antes de seguirem para o balé —, mas claro, que precisava de um jantar gostoso antes de finalmente cair na cama. E quando recebeu uma mensagem de sua melhor amiga grávida, convidando-a para jantar em sua casa, não se demorou em aceitar, enquanto se dirigia para sua casa afim de tomar um banho e vestir algo mais quentinho já que aquela estava sendo uma noite mais fria. Enquanto tomava seu banho relaxante, pensou no final de semana e consequentemente nas crianças. Iria sentir muitas saudades, principalmente do carinho de Natalie. Apesar das implicâncias de Thomas, era impossível não se divertir com ambos, principalmente quando o pequenino estava sempre tentando fazê-la se sentir incomodada com algo, ou simplesmente quando a chamava com seu costumeiro: “abusada”. Ela adorava ouvir aquela palavra dos lábios do pequeno. E adorava ainda mais quando e
Liam estava já com sua vestimenta de sempre, pronto para trabalhar quando encontrou a babá de seus filhos arrumando um dos quartos infantis, de forma organizada e extremamente delicada. Naquele dia sairia mais tarde e por isso havia conseguido se despedir de seus pequenos antes de irem para a escola, e era por isso também que ainda se encontrava em casa quando a Lafferty havia chegado. Estava no banho, mas quando saiu, pode escutar passos, e como Safira — a nova empregada desde que a antiga entrou de licença maternidade — só apareceria mais tarde, só podia ser a rosada. Ainda se encontrava extremamente surpreso, mas ainda assim, feliz pela forma como Mia se dedicava aos gêmeos. Havia visto ela preparar os lanches para que pudessem levar para a escola. Sua comida preferida. E por mais que já tivesse ouvido algo semelhante de Natalie primeira vez que aconteceu, ver, era totalmente diferente. Ele a viu preparando, a viu colocando dentro das lancheiras, com todo o cuidado do mundo, a vi
— Eu espero que a Naty consiga convencer o irmão a deixar essa implicância de lado. Novamente Mia estava rindo. — Eu não gosto de castigá-los, sabe, mas, é impossível quando eu vejo que passam dos limites, ainda que tenham certa razão. – Confessou. – É como se a razão que tinham antes, tivesse ido por água abaixo. A Naty está mais quieta porque gosta muito de você, e o Thomas, por mais que goste também, não vai dar o braço a torcer nem tão cedo e tenho que confessar que me preocupo com os próximos planos dele. — Eu sei me cuidar, não se preocupe. – Diz, sem se virar. – Além disso, eu sei que ele jamais me machucaria, pelo menos não de propósito. – Sussurrou a última frase. – É um bom garoto. – Voltou a repetir. De repente se lembrou do último castigo de Daisuke. Mia sabia que o garotinho não merecia, sabia que o castigo recebido havia sido bem-merecido, principalmente depois de tudo que fez, mas ainda assim, ela não concordava e não queria que ele tivesse um castigo, muito mais aq
Mia passou em frente a faculdade onde estudava até algumas semanas atrás e então sentiu falta. Infelizmente teve de trancar o curso para poder pagar as contas. Já estava sendo muito difícil aceitar que seus amigos pagassem seu condomínio, não poderia aceitar que eles continuassem a pagar seu curso. Era muito agradecida, mas o melhor no momento era juntar todo o dinheiro que precisava para finalizar e então se tornar a médica que sempre sonhou em ser. Sabia que sua mãe estaria orgulhosa dela, lá de cima, ainda que tivesse saído de casa e feito sua vida sozinha com todos seus amigos apoiando-a. Suspirou longamente e então balançou a cabeça. Não ficaria remoendo aquilo. Não ficaria pensando em seu curso com tristeza, não quando tinha certeza de que voltaria a estudar e finalmente teria seu diploma. Acreditava fielmente naquilo e continuaria, ainda que tudo dissesse para que ela desistisse. E então se concentrou nas crianças, que cantavam juntos, e sorriu por vê-los animados naquele di
Mia colocou os cabelos morenos de Natalie para cima, prendendo-os com uma piranha em formato de borboleta com várias pedrinhas azuis nas asas, apenas para poder amarrar o biquini com mais facilidade. A pequenina havia escolhido um modelo com estampa hippie, que havia a deixada ainda mais fofa do que já era; as cores eram em roxo, branco, lilás, e rosa-pink — no qual aparecia em poucos desenhos da estampa. Deixou os cabelos medianos caírem como cascata em suas costas e então a virou, dizendo que ela estava muito linda, recebendo o mesmo elogio. O biquíni que estava vestindo era preto e branco, sendo que a parte de cima era estilo “triângulo”, mas que não deixava amostrar tanto seus seios e a parte de baixo havia tiras grossas nas quais amarravam as laterais, e ele havia sido escolhido pela criança a sua frente. Antes de seguir para casa após a sorveteria, havia passado em sua casa, deixando os pequenos observar tudo enquanto seguia para o andar de cima, afinal, precisava de algo para
— Perfeito, querida. – Diz sorrindo, vendo o sorriso nos lábios da garotinha. – Você deveria entrar em um campeonato. – Brincou. — Prefiro ser bailarina, Mia. E a mais velha sorriu mais abertamente. — Você será perfeita em qualquer coisa que escolher ser. – Se aproximou mais da beirada, onde não havia o degrau. — Diferente de você. – Bufou, fazendo a babá lhe fitar. — Ora, mas como você é cruel, Thomy. Está me jogando praga. E o menino a olhou de forma indignada. — Eu que deveria estar indignada. — Verdade, irmão. — Você deveria estar do meu lado... – Desviou os olhos da irmã para a babá a poucos passos de si. – E você, deveria fazer seu trabalho. Que é fazer tudo que eu mandar. — Não, acho que você confundiu tudo. Estou aqui para cuidar de você e da sua irmã, Thomy, meu chefe é o seu pai. – Gesticulou. — Dá no mesmo. – Deu de ombros, fazendo Mia segurar uma risada. – Olha, chega mais perto que você vai ver os desenhos no fundo da piscina. — O que tem? – Perguntou, ac
— Papai! Natalie foi a primeira a perceber a presença do moreno — de ambos os morenos. — Entra também. – Chamou. — Pai, essa maluca quase me afogou. — Isso não é verdade, Thomy. — E começou com as provocações. – Revirou os olhos. — Irmãozinho, estou achando que o problema é você. – Diz rindo, fazendo o irmão revirar os olhos mais uma vez. — Eu tenho provas! – Apontou para a irmã. – Naty, não é verdade? — Você quem empurrou ela, na verdade, o que houve com você foi um acidente. – Diz, encolhendo os ombros, e se afundando até próximo a boca. — Traidora! – Empinou o nariz e fitou o pai. – Não posso mais confiar nela, nem você, papai, essa babá maluca comeu o cérebro dela. E Killian gargalhou enquanto que o irmão mais novo ria balançando a cabeça. — Ei! – A menina reclamou. — Acredita que ela usou de chantagem comigo agorinha? Quase chorou e era tudo mentira! – Apontou para a babá. – Mentirosa! — Eu não menti, eu só fingi... – Encolheu os ombros, percebendo os olhares d