— O que acha de dividir comigo uma torta? Eu acho que não consigo sozinha. — Eu consigo. Amelia se virou para o marido. — Eu sei que consegue, mas se dividir comigo, vai querer a minha parte também. Oliver riu, concordando totalmente com a esposa, e Liam e Mia acabaram acompanhando-o. — O que vai pedir? Liam fitou a noiva. — Hum. Uma com frutas. Não era a preferida de sua noiva, ele sabia disso. — Então o que acha da calda de caramelo? Acho que fica muito bom. — Eu amei. Minha preferida. Enquanto Mia se surpreendia por ter acertado a torta preferida de Amelia, Liam se surpreendia por sua garota estar aceitando comer uma torta com frutas. E no mesmo momento em que pediam, Oliver se apoiou na mesa para poder falar baixinho apenas para o amigo escutar: — Ela vai comer com frutas? Quem é essa e o que fizeram com a minha melhor amiga? Liam sabia exatamente o que fizeram com ela, apesar de não dizer. Ou melhor, o que estava acontecendo com ela **--** **--** Sabia que estav
— Você já deu uma volta pela cidade? Reconheceu lugares que já esteve? — Não, eu só... fui até a escola dos gêmeos e estava agora a pouco na hamburgueria aqui da frente. — Claro, claro, Liam adora aquela hamburgueria. É sua preferida. Acho que nós vínhamos aqui sempre que ele podia. Era nosso lugar de encontro. Se tornou especial. A rosada não gostou. Se sentiu estranhamente chateada por aquelas palavras. — Vocês devem ter um lugar especial também. — Perdão, eu tenho que ir. — Espere. – Pegou em sua mão, e Mia se arrepiou. – Não sei se disse algo de errado, perdão. Eu quero muito que sejamos amigas. O que acha de nos encontrar qualquer dia? Eu sei de alguns lugares que você frequentava. Na época em que eu namorava Liam. Não que tenha que se preocupar com isso, é passado. Ficou bem... lá no passado. — Não gosta mais dele? – Foi mais forte que ela. As palavras pularam de seus lábios enquanto voltava a se sentar. — Não desse jeito que pensa. – Diz com um sorriso. Aquele sor
— Mamãe. Mia arrumou a menina no colo antes de olhar para ela. — Vai me colocar para dormir? — Se você quiser. — Eu quero. A pequena estava quase já dormindo em seu colo. Não tinha certeza de que ela ainda estaria desperta quando a colocasse na cama, mas ficaria um pouquinho com ela, observando aquele rostinho lindo. — Você devia tomar um banho antes. — Eu juro que tomo quando eu acordar, mamãe. Bem, ainda era quase quatro da tarde, o que queria dizer que ela dormiria um pouquinho, despertaria, tomaria um banho quentinho e depois jantaria. Então não faria mal, não é? Mas será que deveria perguntar a ao noivo antes? Ou faria sem pedir por sua opinião? Agora não sabia. Não sabia se estava no direito de agir da forma como queria com seus próprios filhos. Eram seus filhos. Não tinham seu sangue, mas quem se importava realmente com sangue? — Liam. Ele a olhou, se virando um pouco ao chegar perto da escada. — Eu devo deixá-la dormir sem tomar banho? Ele demorou um pouco pa
Mia se sentia nervosa. Era o primeiro encontro dela com Elizabet. A irmãzinha. Conheceu os irmãos, que eram muito gentis, e tratavam ela como uma irmã. Eram brincalhões e tinha o mesmo humor de seu cunhado Killian. E até mesmo de Lucca. Conheceu então as outras crianças, dias depois, e naquele dia, cinco dias depois que voltou para casa, estava prestes a conhecer a irmã mais nova. Era uma sensação bem estranha. Boa, mas estranha. Liam deu a ideia de que era melhor estarem ali, na casa deles, e ela concordou. Seria melhor mesmo. Já estava habituada com aquele lugar, e com as crianças, que começaram a se sentir melhores com aquela nova Mia, e além disso, teria o apoio de quem ela já conhecia. O noivo, um dos cunhados junto a esposa e as filhas e também a irmã de alma e o marido dela. Juntas aos filhos, claro. Mas as crianças estariam brincando no jardim. Seria um almoço principalmente para que as crianças pudessem aproveitar aquele dia lindo. Enquanto isso, ela se entupia com um bacal
— Você está linda. — Obrigada, meu amor. O jeitinho que ela falava era da mesma forma como ela sempre falou, o que de certa forma deixava Thomas mais tranquilo. A mãe estava ali. Mesmo sem memória. — Mamãe, me ajuda. Se virou, encontrando uma Natalie com um biquinho nos lábios. Ela tentava colocar o arco nos cabelos. Se aproximou, pegou de suas mãozinhas e então arrumou como ela desejava, arrumando a franjinha antes de se afastar um pouco e sorrir. — Perfeita. A menina quem sorriu dessa vez. — Nós estamos iguais. A rosada sorriu mais ainda ao escutar aquelas palavras. — Nós estamos, sim. Você ficou muito linda assim. — Sim, ambas estão lindas. – Liam diz. — A mamãe está sempre linda. Ela sentiu que estava corando. Não era apenas seu noivo elogiando-a, o que já fazia com que corasse igual um pimentão vermelho, mas também seu filho. — Obrigada. Aos dois. — O que acham de experimentar da sobremesa? Liam se virou ao escutar a tia de sua noiva. — É nova. Eu prep
— Soube que deu tudo certo nos exames. — Nada que me impeça de ter minha memória de volta. O homem apenas balançou a cabeça. — Essa é a Violet. Você não se lembra, mas se conheceram há alguns dias. — Violet. Liam me contou. É um prazer. — O prazer é meu, querida. O sorriso. Era verdadeiro. Chegava aos olhos. E... Uau! Era incrível. Não era falso, ela conhecia um sorriso falso quando via um. Bem, na maioria das vezes, quando não era uma pessoa lerda. O que acontecia muito, porque ela era lerda desde o nascimento. Sua melhor amiga vivia brincando com essas palavras. — Thomy. Naty. Esse é Archie. – Pigarreou. – Meu pai. As crianças olharam atentamente para ele, que lhes deu um sorriso pequeno e gentil. — Eu já os conhecia. De longe. — Mesmo? – Natalie quem perguntou. — Isso quer dizer que estava por perto? – Thomas questionou. – Acho que era você na sorveteria daquela vez. A mamãe ficou bem nervosa. — Foi o primeiro encontro deles depois de anos. – Violet quem contou
— Elas realmente se parecem. – Haley decidiu se pronunciar. – Como vai, Archie? — Haley. – A cumprimentou. – Ela é a prima da mãe da Mia. – Diz a esposa, que sorriu para a Devlin. – Eu soube que teve dois filhos depois... de Noah e Aurora. — Sim, um casal de gêmeos. Ele balançou a cabeça. — O que acham de... nos sentar? – Ivy chamou. – O almoço está quase pronto. — Quer ajuda? — Não, você é nossa convidada. – Diz a Violet com um sorriso. – Eu cuido disso. Estou finalizando, falta apenas uma salada. — Eu posso fazer isso, minha sogra. — Que bobagem, eu amo cozinhar, você sabe. Bem, ela sabia, mas não sabia. A falta de memória era irritante. — Graças a Deus, os convidados, o que quer dizer que vamos comer. Liam levou a mão livre ao rosto, Mia segurou uma risada e os gêmeos gargalharam, vendo o tio se aproximar parecendo desesperado. — Boa tarde, como vão? Com fome? Porque eu estou. — Killian Kavanagh. – A mãe quase rosnou. — Como podem ver, eu sou irmão desse aqui...
— Misericórdia ficar careca. — Eu não fiquei careca. – Retrucou a um dos cunhados, no caso, Lucca. A família acabou rindo, com exceção de Violet e Archie, que ainda não estavam sabendo sobre aquela história. — Ah, você está escutando. Isso é bom. Já fica a dica: olhos sempre abertos. — Se bem que mesmo assim, ele é capaz de pegar todo mundo aqui de surpresa. – Killian diz, fazendo todos que conheciam a criança, concordarem com ele. O menino fez uma cara de quem se achava superior, o que divertiu a seu pai. — O Thomy já assustou você, mamãe, ele não contou isso. A rosada estremeceu. — Me... assustou com o que? — Com uma máscara muito maneira. – Respondeu pela gêmea. — Horripilante, você quer dizer. – Anna retrucou, sendo apoiada por Lana. — Juro que não fui eu que dei. Liam bufou ao escutar o irmão. — Pelo menos dessa vez você não tem culpa. O outro se revoltou, gesticulando. — Como é que eu ia saber que meu dinheiro iria bancar a tal tinta azul? — Foi você? – Mia