— Bem, então... Bolo? — Bolo? Liam quase riu quando viu o cenho franzido da namorada. — Minha mãe não consegue comemorar um aniversário sem um bolo. — Verdade, há três anos ela fez um com tema para o Liam. – Contou, dando gargalhadas junto de Ryan e Lucca. — Ah, cala a sua boca, Killian. — Tema? O moreno revirou os olhos ao fitar os olhos divertidos da namorada. — De bichinho, ainda. Liam fuzilou o melhor amigo com os olhos. — Era um leão. Pelo menos era um animal forte. – Diz rindo. — Assim como o meu punho que vai chegar até seu nariz. O outro apenas deu de ombros. — O bolo é de chocolate, não é, vovó? – Natalie perguntou. — Achei que esse fosse o sabor preferido de Mia. — E é. Mas também gosto de brigadeiro de limão. — São os preferidos dela. E é por isso que tem esses dois sabores no bolo. – Liam contou. – Ela me encheu a semana inteira para saber de todos os seus gostos. Suas comidas preferidas, sabores preferidos, cores... — Namorado serve para isso.
— Você podia pelo menos me contar exatamente o que me espera. O que tem no jardim? E por que Thomas parece estar aprontando alguma coisa? Porque ele está, o moreno pensou. — Não é nada que me faça levar um susto, não é? Talvez sim, disse a si mesmo. — Liam? Você está me escutando? — Eu estou, mas estou evitando responder porque é surpresa. Nunca ouviu falar em surpresa? Surpresa consiste em você não sabendo o que é preparado para você até o momento certo. — Há-há-há. Muito engraçado. Ele riu, mas sem deixar de puxá-la em direção ao jardim, mais atrás, sendo os últimos a chegar, mas quase ao mesmo tempo em que Thomas e Natalie, que ia só um pouquinho mais a frente que eles, já que ajudariam com a surpresa para a mãe. Mas como chegaram lá alguns segundos depois dos gêmeos, ela encontrou cada um dos presentes mais à frente dos pequenos, tornando um “meio” círculo. — Er... Realmente, estava mais curiosa do que um dia já esteve na vida. Ela gostava de surpresas, nada contra, só
Mia não conseguia parar de olhar para aquele anel de noivado. Cravejado de diamantes. Com uma linda esmeralda em formato de coração no centro. De ouro rose. E junto, aparadores lindos e delicados. Que combinava completamente com o anel principal. Quem havia lhe entregado de primeira, havia sido os gêmeos, que se aproximaram sorrateiramente. Liam colocou em seu dedo. E ela achou que não se esqueceria daquele momento mais nunca na sua vida. Ficaria gravado em sua memória. E foi perfeito. Os fogos, o pedido, o pedido. Foi um pedido simples e só dela, apesar de ter a família inteira reunida, mas ainda assim, o mais perfeito do mundo. Não imaginou que poderia ser mais perfeito. Havia despertado primeiro. Normalmente era o contrário, principalmente porque não precisava mais acordar para levar as crianças na escola. O fazia ainda, mas não sempre, já que Liam tinha que ir trabalhar e já os deixava lá. Mas sempre os buscava ainda. Continuava entre os braços do noivo mesmo que tivesse se mexi
Natalie não parava de falar no casamento. Era como se ela quem fosse se casar. Ela comentava sobre seu vestido. Sobre o vestido da mãe. Que precisava ser de rainha e que ela queria ser uma princesa no dia. E seus pais não puderam deixar de se divertir com seus comentários alegres e entusiasmados. Seus olhinhos brilhavam, e Liam pensou que eles brilhavam tanto quanto os de Mia brilhavam mais cedo. Quando estavam juntos na cama. Eram cores diferentes, e ainda assim, havia o mesmo brilho. — Quando a gente vai ver o nosso vestido? — Filha, eu fiquei noiva ontem. – Diz rindo. – Mas prometo que veremos logo. — Eu não vou no shopping. Me nego. Nem pelo sorvete. Liam riu. Seu filho era muito parecido com ele. — Nós iremos juntos ver a nossa roupa, filho. Mas longe de shopping. — Ainda bem, senão teria que pedir a ajuda do vovô para fugir. E dessa vez, ambos os pais estavam rindo. — Eu vou entrar com você, não é, mamãe? – Natalie perguntou. — Sim, você vai, sim, meu amor. – Concor
Ela realmente achou que ia morrer. Engasgada. Mas mesmo assim, morrer. Tossiu tanto que mal conseguia respirar. E se não fosse por seu noivo, tinha certeza de que não tinha se recuperado. Bem, achava que não, pelo menos. Claro que sabia de onde vinha os bebês. Ora, ela era uma adulta, e tinha relações sexuais com Liam, mas daí para escutar sobre bebês — ou no caso um irmãozinho — de um de seus filhos, aí foi demais para ela. Não estava pensando nisso. Na verdade, não pensava em ficar grávida nem tão cedo. Queria filhos, muito, de verdade, mas ainda não havia pensado nisso. Mesmo depois de ficar noiva. A única coisa que pensava antes era em como se sentia feliz ao lado de Liam, e depois, no quanto estava feliz por ser pedida em casamento. Filhos. Bebês. Gravidez. Ela começou a pensar nisso depois da pergunta da filha. E ela queria porque queria saber a resposta, mas o pai dela conseguiu distrai-la após a recuperação da noiva. Mesmo se divertindo por ver o constrangimento de sua
— Boa tarde. Mia não achou que veria aquela mulher de novo. Na verdade, pelo menos não na casa do seu noivo, porque sabia, ela procuraria pelos gêmeos de novo. — Eu vim falar com meu genro. — Até onde eu sei, ele não é mais seu genro. – Não conseguiu segurar, foi mais forte que ela. – Antes do que aconteceu, ele e sua filha se divorciaram. — E você se aproveitou disso. A rosada franziu o cenho, vendo-a adentrar sua casa — sim, porque agora mais do que nunca, a casa era dela também — sem pedir licença, com o nariz em pé. — E agora está noiva dele. Se surpreendeu por ela saber. — Planejou bem, não é mesmo? — Eu não planejei nada. – Retrucou. – E eu não devo satisfações a senhora. — Não deve mesmo. Ambos fitaram Liam, que se aproximava, nada feliz por estar vendo Briana em sua casa, e pior, tentando humilhar sua noiva. — Minha vida desrespeito a mim. Apenas a mim. Minha vida com Mia também, então eu não acho que a senhora tenha o direito de vir até a minha casa humilhar
— Como ela está? O homem deu um longo suspiro, respondendo que ela estava bem, mas que havia sido muito perigoso. A esposa havia tido um começo de um AVC. Ela nunca havia tido aquilo antes, ele por outro sinal, já havia tido umas duas vezes. E mesmo que estivesse muito chateado por ela ter mentido para ele por bastante tempo, sobre a filha deles, ainda assim, não conseguia deixar de se preocupar. Ainda a amava, afinal. Muito. A amava verdadeiramente. E pensou que a perderia para sempre. — Vai passar alguns dias aqui. — Hum. — Eu sei que... minha esposa não foi nada legal com a sua noiva... — Minha noiva está bem. – O cortou. — Briana é complicada. — Eu vejo. — Mas ela vai melhorar. Eu vou falar com ela... — Até onde sei, você tentou, e ela decidiu não escutar. Aurelius suspirou longamente. — Meus filhos já passaram pelo bastante. Eles não merecem passar por mais uma. E eu não vou admitir que eles passem por mais nada. Nada que eu possa evitar. O outro concordou. —
Foi de carro, principalmente quando sua família estava de pé. Mia havia avisado que precisava andar. Espairecer. E depois que Samuel sofreu aquele acidente, ele não se importou mais. Não se preocupava mais. Ela estava segura. Podia voltar a sua rotina de antes. Algo que ela sentia muitas saudades. Ela gostava de dar uma volta pelo bairro, gostava de ir de pé até a esquina, gostava de passear sem que tivesse com medo de que fizessem mal a ela. Mas se viu completamente preocupado, quase que apavorado, quando chegou a padaria e viu que havia alguns carros de polícia, e bem no meio de alguns policiais, sua noiva, com a mão no peito, olhando de um lado para o outro de vez em quando. Desceu apressado, passando entre algumas pessoas, pedindo licença antes de chamar por ela. Mia. Que o olhou quase que aliviada por vê-lo. — Senhor Kavanagh. Ele apenas anuiu, abraçando a noiva. — O que houve? Onde estão os gêmeos? — Estão com Amelia. – Sua voz quase não saiu. – Eles estão bem. Um pouco