Mia sentiu-se tão emocionada, que por um momento pensou em ficar abraçada a eles para sempre; sentindo o amor, o calor e o cheirinho de ambos. E por alguns minutos foi o que aconteceu; ela não queria largá-los. — Agora... – Se afastou, olhando em seus olhinhos. – O que acham de um banho? — Você estragou nosso momento, sabia? – Thomas reclamou, fazendo um biquinho. Mia gargalhou. — Quem se importa com banho? — Eu me importo, seu porquinho. Natalie quem gargalhou dessa vez. — Eu sou o mais cheiroso dessa casa. — Certo, certo. — Sou sim, e você não pode revirar os olhos para mim. É falta de educação. — Ora, eu tenho que te lembrar disso mais vezes. — Você só não me lembra porque está sempre no mundo da lua. Natalie voltou a gargalhar ao mesmo tempo em que Mia — sua oficialmente mãe — puxava Thomas para seus braços. — Isso é jeito de falar com a sua mãe? Hum? – Começou a lhe fazer cócegas, ouvindo sua gargalhada gostosa. – Isso é jeito de falar com sua mãe? – Repetiu.
Deveria se afastar, mas não conseguiu. Não foi forte. O que sentia por ele era intenso demais. Ainda mais intenso que ela mesma. Incontrolável. E era doloroso não poder estar com ele. E era esse o motivo de ter correspondido aquele beijo delicioso. Sentir-se quase sem ar e mesmo assim não querer afastá-lo. Liam roçou o nariz no dela, ainda de olhos fechados. Ambos com os olhos fechados, sentindo a pele e o cheiro um do outro. Alheios a qualquer som em volta deles. Totalmente concentrados na respiração um do outro. O coração de um batia de forma desenfreada enquanto que o do outro se encontrava leve desde que a beijou., Era como se precisasse disso outra vez para ter paz. Não havia mais nada que o impedisse de beijá-la, abraçá-la, dizer que a ama. E ele a amava profundamente. Como nunca amou alguém na vida. — Eu amo você. E o coração de Mia saltou ao escutar aquelas palavras. — Finalmente! O casal se afastou — mas não de todo —, se virando para fitar os “anjinhos” a poucos p
Liam pega Mia de surpresa, abraçando-a por trás; seus dentes e lábios cobrem os ombros da namorada com beijos ardentes. Ela fecha os olhos, se deixando levar ainda que soubesse que as crianças esperavam a ambos no andar debaixo. A intenção da rosada era tomar um banho rápido e seguir para a cozinha a fim de começar a fazer o desjejum, mas seu moreno teve outros planos quando adentrou seu banheiro pegando-a completamente nua. Beija Mia docemente, segurando seu queixo sem se importar com o tempo. Ele acaricia a barriga lisa com as pontas dos dedos, deslizando até a curva do pescoço, e então a segura junto dele enquanto todos os músculos do corpo belo e pequeno se contraem. Pelo espelho, podia ver os olhos cheio de luxuria do namorado, a provocação da parte dele quando roçou o membro já duro contra sua bunda. Os beijos molhados em seu pescoço lhe causavam um arrepio, as mãos ágeis lhe faziam suspirar e a penetração de surpresa a fez gemer baixinho. Cada penetração dele era profunda e
— Me dei ao luxo de ficar em casa hoje. – Respondeu à pergunta de á pouco. – Por que eu acho que está constrangida com a minha presença? — Não estou. – Mentiu, descaradamente. — Eu não sei fingir acreditar nessas palavras. Ela corou novamente. — Eu poderia ignorar, mas eu prefiro escutar da sua boca qual é o problema. — Não é um problema. – Retrucou rapidamente. – Só... não me acostumei... com isso. Nós. Juntos. É... quase um sonho. — Bom, se isso que aconteceu a pouco ou ontem à noite foi um sonho... — Isso não tem graça. – Diz, corada dos pés à cabeça enquanto via um sorriso divertido nos lábios do moreno. – Você se diverte. Se diverte as minhas custas. — Bem, é um pouco divertido. Ela desviou os olhos. — Meio que gosto de ver você corar. Seus olhos voltaram a se encontrar. — E por ser você o culpado disso. — Mamãe! A rosada praticamente pulou ao escutar Natalie, se afastando de o namorado rapidamente de si. — As crianças. Eu me esqueci delas. Liam riu, vendo-a
Mia não achou que um dia se sentiria tão feliz como se sentia. Completa. Mesmo com Samuel à espreita, ela não tinha medo de estar começando um relacionamento. Pelo menos não mais. Não tinha o porquê de temer o que estava por vir. Ela só precisava viver o presente e deixar as coisas acontecerem naturalmente. Não estava disposta a sacrificar aquele amor por medo do que Samuel poderia fazer. E sabia que ele tentaria algo. Ele havia prometido fazê-la viver no inferno. Ele prometeu não ir embora até que ela estivesse miserável. Se lembrava bem de quando havia escutado aquelas palavras. Havia sido apenas alguns dias antes de começar a namorar Liam. Ele havia aparecido no mercado por pura coincidência — reparem no deboche — e se não fosse por Liam, não sabia o que ele teria feito já que ele se aproximava com aquele olhar demoníaco nos olhos. Parecia até mesmo possuído. Ela só agradecia pelas crianças não estarem presentes na ocasião. Balançou a cabeça, se negando a pensar naquele miserável.
Pegou a chave que se encontrava ao lado e passou pelo adesivo que lacrava a caixa, abrindo-a finalmente. E ao abrir, encontrou uma boneca de pano; ela estava visivelmente grávida. Era a coisa mais estranha do mundo, apesar de ser bonitinha; estranha porque não entendia o motivo de alguém lhe entregar uma boneca grávida. De repente, seu coração pulou e um grito assustado escapou de seus lábios. A barriga havia estourado completamente. — Mia? Ela sabia que ele havia escutado seu grito, mas não conseguiu nem mesmo se mexer, nem para andar até ele e muito menos para olhar em seus olhos. — Mia, o que houve? Ele então viu uma boneca com a barriga toda destruída. — Ela... estourou... na minha mão. O moreno, percebendo que ela tremia e que as crianças estavam perto até demais, tomou aquela boneca de suas mãos, virando-a para tentar encontrar algo que pudesse lhe dar uma explicação para aquilo ter acontecido. — Papai? Liam então viu algo nas mãos de seu filho. — Estava na caixa, olh
Ah, ele se lembrava da primeira vez que usou aquela coisa. Ele estava revoltado com o pai por causa de algo que no momento não conseguia se lembrar, e um colega do time de basquete o apresentou aquele lugar. E então passou a frequentar, mas não foi por muitos dias. Foram poucos. Menos de três meses. Pois acabou fazendo merda juntando aquela porcaria com bebida e acabou tendo uma convulsão. Sua mãe ficou tão desesperada. Ela implorou, se jogou em cima de si, chorou. Ela queria que ele largasse aquilo. Que nunca mais fizesse aquilo. E por muitos dias foi difícil não voltar a procurar por aquela porcaria. Killian e Lucca trocavam turnos para cuidar dele e evitar que ele fizesse alguma ligação ou dirigisse até aquele lugar afim de comprar. Seu pai ficou tão furioso que por semanas nem mesmo o olhou na cara. Até perceber que a coisa era mais séria do que pensava e passou a ajudar o filho e o sobrinho. Ele fazia o turno da noite. E por várias delas, viu o filho mais novo suando frio, enco
— Quando você me perguntou... se teria problemas na justiça caso fizesse uma besteira, eu não achei que a besteira fosse tão grande assim. Liam se virou, encontrando Finn. — Solte o ruivo. O outro revirou os olhos e retirou o pé, deixando-o se levantar. — Precisava ameaçar? — O que ele fez é crime. — E o que fez também é. – Finn retrucou, olhando para Samuel de maneira fria. – Vamos ver o que um juiz vai dizer quando souber das suas ameaças contra Mia Lafferty. A maioria das mensagens tem assinado seu nome. Acho que não é tão esperto quanto acha que é. O ruivo trincou os dentes enquanto fechava as mãos em punhos. — Aguarde uma intimação. Ela vai chegar. – Pegou no ombro de seu cliente. – Vamos lá, senhor problema. – Chamou já empurrando-o. – Parece até que estou lidando com um outro Gabriel Kavanagh. – Sussurrou para si mesmo enquanto o levava para fora daquele lugar que fedia a maconha. **--** **--** — Meu irmãozinho realmente cresceu, está até namorando. Liam quis rea