— Você é um milagre, rosadinha. Mia corou com as palavras do cunhado. — Cala a boca, Killian. — Eu bem que avisei que você ficaria de quatro por alguém. – Continuou, sem se importar com a grosseria. — Killian! – A mãe o repreendeu enquanto o pai balançava a cabeça. – Querida, mil perdões pelo que meu filho está fazendo com você, ele sempre foi inconveniente. Liam não conseguiu deixar de deixar uma risada escapar. — A tia Ivy está certa. — Judas. – Retrucou para o primo. — Tudo bem, eu ajudei com as artimanhas dos gêmeos, mas você está envergonhando sua cunhada. – Confessou, sem ao menos perceber. — Eu não acredito nisso, Lucca Kavanagh. O rapaz deu um riso amarelo para a mãe ao vê-la indignada. — Quantos anos você tem, afinal? — A mesma idade que a filha do tio Daniel. – Liam respondeu. — Ei! – Alexis reclamou. — Ignorando esse fato, seja bem-vinda a família. – Andrew diz com um sorriso. — Obrigada. – Agradeceu um tanto envergonhada. — Você ganhou uma nova nora,
Sorriram ao ver a casa com retratos espalhados da família que construíram. Todos tirados pela mãe deles, e por Amélia, e por seus tios quando estavam reunidos. Alguns, em momentos que ela nem mesmo percebia que era fotografada. E havia também as fotos nas quais seu pai estava junto deles. Como uma família. Algumas delas, por insistência de Killian ou Ryan, e até mesmo de Oliver. A campainha tocou quando já estava tudo finalizado, e eles decidiram atender já que eram os únicos dentro de casa naquele momento. Surpresos, encontraram a mulher na qual eles se lembravam bem de quem era. Por causa de uma única fotografia. — Thomas. Natalie. Enquanto um se encontrava extremamente surpreso e um pouco trêmulo, o outro tinha uma feição nada boa e se sentia muito nervoso; enquanto a mulher tinha um sorriso nos lábios; um que era totalmente falso. — Eu sou Lillie. Thomas estava um pouco chocado ao escutar aquele nome. — Talvez não saibam, mas sou a mãe de vocês. — Não é. – Thomas foi c
Já havia estado ali antes. Em uma das vezes, infelizmente, por culpa dele mesmo por ter sido um idiota completo e se metido com coisas pesadas. Havia sido tão sério que quase passou a noite atrás das grades. Havia sido a única vez que havia sido preso. Estava passando por algumas coisas, discutiu com o pai, saiu de casa transtornado e acabou indo chapar com alguns amigos; e não era os mesmos de sempre. Acabou sendo pego. Seu pai e o advogado da família lutaram para que ele pegasse nada mais que trabalho comunitário. E foi o que aconteceu por três meses. Depois disso, houve apenas mais uma vez que usou aquelas porcarias. E prometeu nunca mais usar quando acabou parando em uma UTI. Havia sido bem tenso. Era impossível não se lembrar, principalmente porque estava a família inteira ao seu lado quando despertou. Suspirou longamente. Aquele lugar lhe dava calafrios. E naquele dia, era pelo simples fato de que estava ali por apenas um motivo: a audiência de custódia. Custódia. Ainda s
— Ambos os pequenos sempre chegaram à escola muito bem arrumados, alimentados, eram arteiros, mas muito felizes. Eu e outros dois professores tinham tudo do melhor para falar de ambos. Thomas sempre foi mais desconfiado com tudo e todos, mas nunca destratou ninguém. Um bom garoto, como o pai o criou. Ambos são boas crianças. — E sobre a vida educacional dele? Eles são bons? – O Advogado de Liam perguntou. — Ótimos. Participam sempre das aulas, muito inteligentes. – Deu uma olhada no pai dos gêmeos. – Eu já disse uma vez que eles deveriam pular um ano. — E isso não aconteceu por qual motivo? – O advogado de Lillie questionou. — O sr. Kavanagh achou que não era necessário. — Um erro. — Não interrompa a testemunha. – O juiz diz á Lillie antes de olhar para a testemunha. – Sr. Kavanagh, pode explicar o motivo por favor? — Thomas e Natalie estavam acostumados com as professoras, não queriam se afastar dos amigos, e eu conversei com a psicóloga antes de tomar uma decisão. – Fitou
— Lillie fazia comentários cruéis de todos que não tinha o mesmo status que ela. Ou que não fosse popular como ela. Ela sempre foi uma pessoa... extremamente má. — Meritíssimo, ela não pode dizer palavras... — Ela a conheceu, Meritíssimo. – O Finn cortou seu colega. – A conheceu muito bem, como ela mesma disse. Estudaram juntas, ninguém melhor que a senhorita Maher para nos dizer como a senhorita Collins realmente é. O Juiz anuiu, concordando com Finn. — Continue. – Gesticulou, fitando a testemunha. — Eu fui alvo dela por anos. E mais ainda quando eu entrei na adolescência. Ela sabia que nessa época eu era muito apaixonada por Liam. Eu fazia tudo por ele. Era visível para todos. – O olhou. – Menos para ele. Ele nunca soube. Nunca percebeu. Me tratava como a irmã de seu melhor amigo, e só. Sempre foi assim. — Então nunca a tratou mal? Amelia balançou a cabeça. — Ele sempre foi muito gentil. — E depois que ele se casou com a senhorita Collins? — Quando eu soube que ele ia
— Meritíssimo, eu posso acrescentar algo? O homem gesticulou, dando a autorização. — Eu sei que provavelmente vão comentar sobre Mia. A babá dos gêmeos. Se é que já não comentaram. – Gesticulou. – Quando a conheci, eu tinha tudo contra ela. Eu tinha medo de ela me tirar tudo que eu conquistei, o que era nada, na verdade. A tratei mal, disse coisas horríveis, e ainda assim, ela foi muito gentil comigo. Me deu conselhos, me ofereceu sua amizade. Eu a vi se apaixonar por Liam. E ele por ela. – Fitou o amigo. – Por isso meu medo. – Confessou perante a todos. – Ela ama os gêmeos. Chegou a se negar a ter qualquer coisa com Liam, e até mesmo deixar de confessar seus sentimentos só por não querer perder o amor de ambos. Ela é uma mãe para eles de verdade. Eu nunca fui um terço do que ela está sendo por eles. O Juiz balançou a cabeça. — Obrigado por essas palavras. Está dispensada. Os olhos de Liam e Amélia se encontraram quando ela se levantou; nos negros, havia o agradecimento, e no
— Freya? – Liam não estava acreditando que estava vendo-a a sua frente; fazia muito tempo que não a via, desde que finalmente terminou tudo com ela, e desde então ela desapareceu, então era surpreendente para ele vê-la novamente, e mais, ali, diante dele, querendo ajudá-lo. — Onde pensa que está, senhorita? — Eu preciso que me ouça antes de dar seu veredito. — A senhorita não está na lista das testemunhas, está? — Não, ela não está. – O advogado de Lillie se apressou. — Então queira se retirar. – O Juiz diz. — Não sem me escutar. – Retrucou. – Eu sei de muita coisa sobre essa cobra. Ela não presta. Ela não se importa realmente com os filhos, tudo que ela quer do Liam é dinheiro. E eu vim aqui para dizer tudo que sei sobre ela. — Senhorita... — Ela chegou aqui com um plano. – Cortou o Juiz, que suspirou. – E a única coisa que ela quer é fazer o Liam dar a ela uma boa grana para que ela dê a ele o divórcio. Ele não aceitaria dar um centavo a ela, então ela usou as crianças. Fo
— Vamos finalizar aqui. – O juiz pediu, gesticulando com uma das mãos. – Anuncio que já tenho a minha decisão. Liam respirou fundo, soltando bem devagar; era como se o coração dele estivesse tão apertado que lhe faltava o ar. — Lillie Collins ajuizou a presente ação pedindo a guarda dos filhos, os menores Thomas e Natalie Kavanagh, sendo contestada pelo pai e atual detentor da guarda, Liam Kavanagh. Minha decisão... é que as crianças... permaneçam sobre a guarda do pai. — Não! Liam suspirou aliviado ao mesmo tempo em que escutava o grito indignado de sua ex. Ele agradeceu a Finn com um sorriso enquanto apertava sua mão. Estava realmente com medo de perder aquela causa, mesmo com tudo que tinha contra Lillie. — Não é justo! — A Sra. Lillie será indiciada por bigamia e julgo improcedente o pedido de guarda. Condeno-a a pagar os honorários do advogado da outra parte e declaro que deve ser feito o divórcio legal o mais depressa possível. Encerrada a cessão. – Finalizou. – Obrigad