— Não acredito que isso está acontecendo. – Murmurou, vendo a irmã com o outro. — Eles estão namorando? – Aurora perguntou para Mia. — Eles estão tendo... um lance. — Ai, meus ouvidos. Os amigos do loiro riram. — Espero que ele não a machuque. — É capaz dela machucar ele. — Não seja cruel, Luna. – Retrucou a amiga. — Minha irmã está tentando mudar, é por isso que ela vai via... – Parou de falar, o que chamou a atenção de todos. – Espera. Captei algo. — O que? – Noah quem perguntou. — Ela vai viajar. No mesmo dia que aquele platinado amigo de vocês. — Agora que percebeu, é? – Anelise revirou os olhos e o marido dela riu pela forma como ela se dirigiu ao amigo deles. — Eles vão juntos! E os amigos fitaram Mia. — O que? Não olha pra mim, não. — É verdade? – Connor perguntou. – Ele vai levar a ruiva com ele? Mia ficou com todos aqueles olhares sobre si por tanto tempo que ela se levantou e decidiu responder, gesticulando pra caramba: — Sim, eles vão viajar juntos,
— Ela ainda está na negação. Os amigos fitaram a Fitzgerald. — Você as vezes pega pesado. — Eu não quis pegar pesado, eu só queria que ela parasse de ficar se amuando cada vez mais sempre que alguém demonstra ter algum sentimento por ela. Ou vice e versa. – Retrucou á cunhada, Savanna. – É sempre a mesma coisa. Ela vê alguém dando mole e então corre, como se fosse o diabo bem na frente dela. — Ela tem motivos. — Eu sei disso, Lise, eu melhor do que ninguém sei disso. É por isso que eu brinco tanto. Vocês acham que é pegar pesado, eu não. Antes de ela começar a trabalhar para o Kavanagh, ela se amuava em casa e não saia de jeito nenhum. Ficava recolhida e sofrendo sozinha. — Pior é que é verdade. – Connor diz. — Ela precisa deixar as coisas acontecerem. Ela está se apaixonando, e por ver isso, começou a se fechar de novo. Ela tem medo, e por isso foca em tudo menos no mais importante. E isso para ela não é o melhor. Porque cada vez que ela se fechar, mais ela se deprime, e aí..
— Uau. — São muito especiais. — Então você não é mãe solteira. Mia não tinha alguma paquera há muito tempo, mas havia percebido as intenções do rapaz — lindo, diga-se de passagem — para com aquelas palavras. Se sentiu um pouco nervosa, porque apesar de ele parecer ser uma boa pessoa, ser pai e parecer amar aquela garotinha ao seu lado, e ser extremamente lindo, ela ainda se lembrava de tudo que havia passado com Samuel e tudo que ele fez, destruindo-a completamente. — Não. – Sorriu fraco ao responder. – Eu não sou. – Olhou para a pequena. – E a mãe dela? Se parece com ela tanto quanto ela se parece com você? — A mãe da Belle faleceu quando ela nasceu. E então Mia se sentiu extremamente envergonhada. — Eu sinto muito, mesmo. — Não, está tudo bem. – Olhou para a filha, que o abraçou nas pernas. – A mãe dela a amava muito, e tenho certeza de que ela está feliz por Belle ser linda e saudável como é. — Papai sempre diz que ela falava muito comigo quando eu estava na barriga dela.
— Vocês vão me dizer o porquê de estarem emburrados? – Conseguiu a atenção de ambos. – E o porquê de você, Thomas, ter tratado aquele rapaz daquela forma? O menino bufou e cruzou os braços, desviando os olhos. — Eu preciso saber o que fiz para receber esse tratamento. — Você conhece aquele homem, Mia? Piscou algumas vezes ao escutar a pergunta da pequena Kavanagh, e ainda que desejasse muito a resposta de sua própria pergunta, resolveu responder: — Eu o conheci hoje. Por que? — Não gostei dele. E nem da filha dele. — O que? – Se surpreendeu, apesar de ter imaginado que fosse esse o problema; imaginar é diferente de ter certeza, afinal de contas. – Por que, querida? — Porque eles querem tirar você de mim, do Thomy e do papai. Okay, primeiro, de onde aquela criança tirou aquilo? E segundo, o papai? Porque o pai dela estava no meio daquela conversa? — Naty, meu amor por você e Thomy não é substituível, querida. E aquele rapaz, bom, nos conhecemos hoje, nem sei se o verei de n
Mia pensava em algo bem divertido e diferente para fazer com as crianças após os deveres. Ela havia pensado muito durante toda a manhã e se lembrou de uma tarde muito divertida que havia tido com a própria mãe no dia do aniversário dela. Ela tinha apenas cinco anos na época, mas se lembrava como se fosse ontem, e sabendo que os pequeninos — e havia procurado saber antes — nunca haviam tido uma experiência como aquela antes, o que para ela era um grande erro, ela decidiu organizar tudo para que fosse tudo perfeito. Comprou guloseimas, incluindo marshmellows, e como não sabia se as crianças tinham barracas, comprou uma bem grande que caberia os três sem problema algum. Ela já imaginava o entusiasmo deles. Tinha certeza de que eles iriam gostar. Que criança não iria se entusiasmar com um acampamento? Ainda mais regado a tantas coisas deliciosas? O sorriso que tinha em seus lábios era tão grande que até despertou a curiosidade dos pequenos quando foi buscá-los na escola; mas ela consegu
Thomas e Natalie tentavam de toda forma ajudar Mia a montar a barraca, mas pequenos como eram, eles sempre acabavam desmontando uma parte. Na primeira vez, o pequeno ficou emburrado enquanto sua irmãzinha se desculpava com a rosada, e então, a mulher conseguiu transformar aquele mal jeito — completamente natural, por serem crianças — em uma brincadeira. Ela corria atrás deles, jogava os pacotinhos de marshmallow em ambos, os jogava com todo o cuidado no mundo na grama verdinha, lhes fazendo cócegas. Havia sido ainda mais divertido quando a barraca quase pronta, desmontou em cima de Thomas, que começou a gritar e enquanto a irmã gargalhava, a rosada se desesperava, tentando tirar o menino lá debaixo. E no fim, os três riram juntos. Quando Liam chegou, imediatamente escutou as risadas, e por isso seguiu para onde vinha aquele som encontrando seus dois filhos e a babá deles no jardim, tentando montar uma barraca. Ficou curioso, mas não deixou que nenhum deles percebessem sua presença.
Naqueles minutos que se passaram, diante de uma fogueira improvisada, Mia acabou descobrindo muito sobre seu chefe. Primeiro que apesar das altas loucuras que ele havia feito quando mais jovem, ele nunca havia feito um acampamento antes. Ele havia viajado, claro, para vários lugares, conhecido de tudo, feito escaladas — o que muito a chocou —, mas nunca havia montado uma barraca em um lugar legal em volta de uma fogueira, e disse — mesmo que as palavras tivessem pulado de sua boca — que aquilo havia sido um erro. Ela havia feito vários acampamentos com a mãe quando mais nova, mas só quando o pai viajava, pois ele era — como diziam — um tanto fresco. Mesmo estando apenas elas duas, era divertido. E achou que as crianças — os filhos de seu chefe — também acharia divertido. E havia acertado em cheiro, porque eles estavam tão entusiasmados que dava gosto de ver. Os pequenos haviam comido uns oito marshmellows e se não fosse pelo pai, que os brecou, eles teriam comido muitos mais. E a ros
— E então? – Insistiu; ambas as crianças esperavam pela resposta. — Er... – Levou um tempo para finalmente conseguir responder. – Bem..., sim, acho que sim. Não que eu pense em me casar algum dia, dá um arrepio só de pensar... –Murmurou as últimas palavras, o que deixou o Kavanagh curioso, por ter escutado. – Mas eu não me importaria. É claro que muito provavelmente não seria nada fácil, e eu compreenderia completamente as crianças, afinal, nenhuma vê madrasta com bons olhos, mas, eu não veria um problema contanto que não fosse um problema para eles. E ambos os pequenos sorriram. — Mas por que a pergunta? — Boa pergunta, estou muito curioso. De onde saiu isso, hein? — Só curiosidade. — Só curiosidade? – Não acreditou nenhum pouco. – Thomas. — Ué, é a verdade, papai. Não é, maninha? — Uhum. Você nunca fala muito de você, Mia. — Ah. – Se surpreendeu. – É por isso? Bom, eu... não sou boa em falar sobre mim, sabe. Mas o que quiserem saber, é só perguntar. — Não devia ter dito es