— Eu não faria isso. – Seus olhos voltam a se encontrar. – Colocar uma mulher na vida dos meus filhos sem saber se ela é capaz de ser uma mãe para eles. Colocar alguém de baixo do mesmo teto deles, sem saber se eles aprovam ou não. — Por isso nunca disse nada sobre Amelia? — E porque eu sabia que eles tinham implicância com ela. – Bufou. – Não era em uma implicância, na verdade, mas eu só vim descobrir isso depois. — Você não teve culpa. Eles não disseram a você que havia um motivo maior. Você tinha motivos para acreditar que era implicância, eles viviam implicando com todas as mulheres que você apresentava. O outro teve de concordar. — É por isso que eu não quero cometer o mesmo erro, sabe. E foi a vez de Mia em balançar a cabeça, compreendendo-o. — Se meu pai tivesse sido um terço do que você é para os gêmeos, eu teria sido muito feliz. Mesmo com a morte da minha mãe. Houve um momento curto de silêncio, até o Kavanagh tomar coragem para se aproximar um pouco mais, tocando
Mia não conseguia parar de pensar em sua mãe. Por algum motivo, as palavras de Liam não a deixavam. Ele havia dito que ela poderia contar com ela, que se ela precisasse, poderia pedir por sua ajuda, e naquele momento, ela não conseguia parar de pensar que talvez ele pudesse ajudá-la mais que qualquer um. Não que seus amigos não fosse ajudá-la se pedisse, mas não queria que eles se preocupassem mais do que viviam se preocupando com ela. Estava chegando uma data muito importante e havia um motivo para eles se preocuparem. Ela, por exemplo, tentava não pensar naquela data. Estava sempre focando-se em outras coisas. E dava certo. E era esse o motivo de estar tão pensativa com relação a sua amada mãe. Precisava saber mais sobre aquela história que Ivy Kavanagh contou. Por que ela se afastou de todos depois que se casou? Por que ela nunca falou sobre suas amigas da época da escola? Por que ela mudou tanto depois que conheceu seu pai? Mia não conseguia compreender. Sua mãe parecia ser f
— Linda, não é, papai? Liam pigarreou ao escutar a filha; e novamente Mia estava corando. — Pode dizer, a gente também achou. – Thomas completou, sorrindo. — Hum. – Pigarreou. — Ele achou você muito linda, Mia. — Thomas. O menino segurou uma risada ao perceber que o pai havia ficado constrangido. — Então... – Pigarreou. – Você chegou cedo. — Ah, eu... me esqueci... – Se obrigou a fitar os olhos verdes ao invés do corpo dela. – Me esqueci de um documento importante. Vim buscar, já que não tinha quem vir no meu lugar. — Então ainda fica como combinado. — Certo. Eu os busco nos meus pais às 19h30min. – Olhou no relógio. – A festa não é as 18h? Faltam quinze minutos. — Eu já estou finalizando aqui. – Andou até o banheiro afim de colocar um batom nude com brilho. — Vocês dois, já pegam suas coisas para não atrasarem a Mia. — Papai, sabe o que estava lembrando aqui? — Hum? – Fitou ao seu garotinho. — Nosso aniversário está chegando. — Verdade. — A Mia bem que podia
— Quando é que vocês falaram sobre isso com sua avó? — Papai, o importante é que ela aceitou, ora. – Cruzou os braços, se virando para Mia. – Você vai negar isso pra gente? E então a rosada se viu em um beco sem saída. — O que eu não faço por vocês, não é mesmo? E ambos deram um sorriso enorme; e claro que ambos os adultos não puderam deixar de concordar que aquela não era assim uma ideia tão ruim; a não ser pelo fato de que estariam ainda mais juntos nos próximos dias, organizando aquela festa lado a lado. Mas era tudo pela felicidade daqueles dois anjinhos, então valia a pena. Ambos concordavam que sim, valia, sim. **--** **--** Quando Mia chegou ao pub já haviam várias pessoas. Havia chego um pouco mais atrasada que do achou que chegaria, porque havia deixado os gêmeos com os avós antes de ir para a festa. Sua melhor amiga havia feito tudo com muito capricho, pois estava realmente tudo muito organizado e bonito. Algumas pessoas dançavam e ela não pode deixar de se lembrar d
— Não acredito que isso está acontecendo. – Murmurou, vendo a irmã com o outro. — Eles estão namorando? – Aurora perguntou para Mia. — Eles estão tendo... um lance. — Ai, meus ouvidos. Os amigos do loiro riram. — Espero que ele não a machuque. — É capaz dela machucar ele. — Não seja cruel, Luna. – Retrucou a amiga. — Minha irmã está tentando mudar, é por isso que ela vai via... – Parou de falar, o que chamou a atenção de todos. – Espera. Captei algo. — O que? – Noah quem perguntou. — Ela vai viajar. No mesmo dia que aquele platinado amigo de vocês. — Agora que percebeu, é? – Anelise revirou os olhos e o marido dela riu pela forma como ela se dirigiu ao amigo deles. — Eles vão juntos! E os amigos fitaram Mia. — O que? Não olha pra mim, não. — É verdade? – Connor perguntou. – Ele vai levar a ruiva com ele? Mia ficou com todos aqueles olhares sobre si por tanto tempo que ela se levantou e decidiu responder, gesticulando pra caramba: — Sim, eles vão viajar juntos,
— Ela ainda está na negação. Os amigos fitaram a Fitzgerald. — Você as vezes pega pesado. — Eu não quis pegar pesado, eu só queria que ela parasse de ficar se amuando cada vez mais sempre que alguém demonstra ter algum sentimento por ela. Ou vice e versa. – Retrucou á cunhada, Savanna. – É sempre a mesma coisa. Ela vê alguém dando mole e então corre, como se fosse o diabo bem na frente dela. — Ela tem motivos. — Eu sei disso, Lise, eu melhor do que ninguém sei disso. É por isso que eu brinco tanto. Vocês acham que é pegar pesado, eu não. Antes de ela começar a trabalhar para o Kavanagh, ela se amuava em casa e não saia de jeito nenhum. Ficava recolhida e sofrendo sozinha. — Pior é que é verdade. – Connor diz. — Ela precisa deixar as coisas acontecerem. Ela está se apaixonando, e por ver isso, começou a se fechar de novo. Ela tem medo, e por isso foca em tudo menos no mais importante. E isso para ela não é o melhor. Porque cada vez que ela se fechar, mais ela se deprime, e aí..
— Uau. — São muito especiais. — Então você não é mãe solteira. Mia não tinha alguma paquera há muito tempo, mas havia percebido as intenções do rapaz — lindo, diga-se de passagem — para com aquelas palavras. Se sentiu um pouco nervosa, porque apesar de ele parecer ser uma boa pessoa, ser pai e parecer amar aquela garotinha ao seu lado, e ser extremamente lindo, ela ainda se lembrava de tudo que havia passado com Samuel e tudo que ele fez, destruindo-a completamente. — Não. – Sorriu fraco ao responder. – Eu não sou. – Olhou para a pequena. – E a mãe dela? Se parece com ela tanto quanto ela se parece com você? — A mãe da Belle faleceu quando ela nasceu. E então Mia se sentiu extremamente envergonhada. — Eu sinto muito, mesmo. — Não, está tudo bem. – Olhou para a filha, que o abraçou nas pernas. – A mãe dela a amava muito, e tenho certeza de que ela está feliz por Belle ser linda e saudável como é. — Papai sempre diz que ela falava muito comigo quando eu estava na barriga dela.
— Vocês vão me dizer o porquê de estarem emburrados? – Conseguiu a atenção de ambos. – E o porquê de você, Thomas, ter tratado aquele rapaz daquela forma? O menino bufou e cruzou os braços, desviando os olhos. — Eu preciso saber o que fiz para receber esse tratamento. — Você conhece aquele homem, Mia? Piscou algumas vezes ao escutar a pergunta da pequena Kavanagh, e ainda que desejasse muito a resposta de sua própria pergunta, resolveu responder: — Eu o conheci hoje. Por que? — Não gostei dele. E nem da filha dele. — O que? – Se surpreendeu, apesar de ter imaginado que fosse esse o problema; imaginar é diferente de ter certeza, afinal de contas. – Por que, querida? — Porque eles querem tirar você de mim, do Thomy e do papai. Okay, primeiro, de onde aquela criança tirou aquilo? E segundo, o papai? Porque o pai dela estava no meio daquela conversa? — Naty, meu amor por você e Thomy não é substituível, querida. E aquele rapaz, bom, nos conhecemos hoje, nem sei se o verei de n