O Primeiro Dia

Capítulo 4: O Primeiro Dia De Trabalho

 O tour foi longo, mas à medida que o tempo passava, lugares como a cozinha, o saguão B, a academia e a sala de descanso dos recreadores, ou como eram chamados pelos outros do lugar, palhaços dançarinos, foram apresentados à jovem deslumbrada. O tempo começou a passar lentamente e, enquanto se esforçava para entender as diretrizes da equipe, todas as palavras pareciam girar em um turbilhão de confusões. Noutra superfície, a mente de Agnes estava agitada e dividida entre o desejo de deixar uma impressão duradoura e a realidade de sua inexperiência.

 Finalmente, chegou a suas acomodações e foi deixada sozinha. No dia seguinte, a jovem levantou-se encontrando sua colega de quarto ainda dormindo coberta até a cabeça. Com sua ansiedade já no topo e sem conseguir ficar parada, Agnes decidiu que precisava explorar um pouco mais o hotel. Com o coração acelerado ao se perder em meio a corredores repletos de arte praiana, ela se deparou com a piscina de borda infinita que parecia ter sido extraída de um comercial de perfume de luxo.

 Foi ali, sob o sol quente e o reflexo da água, que ela o avistou pela primeira vez de perto. Sorrindo enquanto conversava com um grupo de hóspedes, sua presença quase parecia brilhar. O olhar encantador, a pele reluzente e o sorriso provocante dele a atraíram de maneira quase hipnótica. Ela era uma mariposa atraída para a armadilha elétrica, brilhante, envolvente e mortal.

 Um impulso interno fez com que ela avançasse um passo, mas logo foi acordada pela realidade ao lembrar-se imediatamente da recepcionista. “Foco, Agnes, foco”, murmurou para si mesma.

 Doce como um truque de magia, a vida de Agnes estava apenas no começo e, enquanto as batalhas do primeiro dia se desenrolavam, ela estava mais perto de descobrir onde realmente se meteu. O Lótus Supreme guardava segredos aos quais ela ainda não tinha acesso. Mas, com certeza, sua jornada estava apenas começando e, a cada novo amanhecer, Agnes estaria disposta a brilhar.

 Por agora, a primeira prova não era apenas alcançar seu sonho, mas descobrir como navegar por uma vida onde cada esquina poderia revelar um drama, uma reviravolta ou uma comédia que a aguardava em cena. E que cena!

  “Agnes! Você está atrasada! Eles estão esperando por você!” Jorge, seu novo amigo, apareceu como um super-herói e a acordou de seus devaneios. Com os cabelos encaracolados bagunçados e um pedaço de bolo de chocolate na mão, ele correu até ela como se tivesse sido enviado do futuro para salvar sua animação.

 “Mas eu estou… eu estava…” gaguejou Agnes, mas Jorge não deu ouvidos.

 “Vem cá! Você não pode começar no distraída assim, a não ser que você também planeje ter o contrato encerrado no primeiro dia!” Ele piscou.

 “É, eu sei...” recordou-se sem graça. “Não estava nos meus planos ir parar lá.”

 “Então, por que estava em primeiro lugar?” Enquanto a guiava calmamente em direção a uma porta em um canto afastado do hotel.

 “Eu... Eu não sei. Foi estranho, só senti como se uma força me atraísse para lá.” Brincando com as mãos e evitando seu olhar.

 “Gatinha, eu realmente espero que a sua tal força não seja o Deus africano à beira da piscina! Porque ele é problema.” Olhou-a como um filhote que ele não pôde ajudar.

 “O quê?! Se refere ao salva-vidas?” Ela bufou um “puff” desacreditada e continuou duas oitavas acima. “Eu não ‘tava...”

 Agnes rapidamente surgiu alavancada em uma sala vibrante, coberta com pôsteres de produções passadas do hotel e espelhos que refletiam uma luz muito mais gentil do que a do corredor. Era a área destinada aos artistas do hotel, um espaço onde a magia das artes criativas prosperava em meio à confusão do frenético hotel.

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