Jade SmithCom a cirurgia de correção de grau, eu me sentia livre, era maravilhoso poder enxergar bem a qualquer momento, sem ajuda de nada e nem ninguém. Parecia que nada podia estragar meu dia, até eu encontrar um babaca no elevador. Oliver Rutenford tinha um charme, olhos azuis cintilantes que contrastava com a pele bronzeada e o cabelo escuro, ele dispensou a gravata e usava uma camisa social com dois botões abertos exibindo a pele bronzeada e os músculos. Não parecia alguém que chegou para trabalhar.Ele me encarou todo o tempo que ficamos no elevador, antes de chegar no último andar, me irritei com seu olhar abusado e o encarei de volta.— Qual o seu problema?! — perguntei irritada, ele abriu um sorriso de lado, gostando da minha atenção.— Problema nenhum, não posso te olhar? — a porta do elevador se abriu e eu sai. — Quer saber? Pode! Admire muito o que você não pode tocar! — respondi sem olhar para trás. — Babaca. — Você sabe quem eu sou?! — sei, um idiota júnior, ainda não
Todos os meus neurônios paralisaram, esse homem seria capaz de arrancar tudo de mim se quisesse, com um apenas um toque. Seu polegar deslizou no tecido fino da minha camisa, usava a mesma de cetim de outro dia, meu coração disparou e meus olhos se encontraram com os dele. Minha mente logo fantasiou ele me puxando pela cintura para sentar em seu colo enquanto nos beijamos loucamente e minhas mãos deslizam por seu peitoral sarado e delicioso, mas… — Obrigado… pela ajuda. — sua voz me tirou do transe e chacoalhei a cabeça. — Não é nada, eu que agradeço por… me defender. — ele me lançou um sorriso e tirou a mão da minha cintura. Voltei para a minha sala tentando parecer calma, mas cada célula do meu corpo pedia mais um pouco dele. Aquilo era loucura, talvez fosse a carência da separação, apesar que eu e David já não fazíamos amor há tanto tempo que até a carência passou. O que ficou claro, é que como sempre desconfiei, Filipe não se sentia atraído por mim.Toda a confusão significava
O canalha sênior nem mesmo me beijou! Era só nisso que eu conseguia pensar enquanto andava de um lado para o outro no quarto de hóspedes da Regina. Outra coisa na minha vida que eu precisava resolver. Eu fui completamente imatura, irracional e inconsequente. Como eu iria olhar na cara dele no dia seguinte? Onde eu estava com a cabeça? Com certeza faltou sangue no cérebro após aquele aperto no meu pulso, só isso explicaria minha insanidade em transar com meu chefe no elevador do prédio. Regina bateu à porta, sabia que era ela pois também me chamou. Deixei ela entrar, mas não contaria a verdade, estava com muita vergonha de mim mesma pelo o que aconteceu e guardaria isso à sete chaves. — E então? Ficaram presos no elevador, não me diga que nada aconteceu. — Nada aconteceu. Filipe não me vê dessa maneira, trabalho para ele há quatro anos. — me levantei para não ter que olhar para ela enquanto mentia. — O que aconteceu hoje foi mera consideração. E eu realmente acreditava nisso. —
Filipe já estava me esperando na portaria conforme combinamos, encostado em seu carro usando uma camisa social branca com as mangas dobradas e calça azul marinho, como sempre impecável. Eu sabia que em algum momento me arrependeria amargamente dessa escolha, mas naquele momento, eu estava convencida de que era apenas um jantar para por um fim naquela história. Respirei fundo e caminhei até ele. — Sempre me impressiono com sua beleza. — ele estendeu a mão e coloquei a minha sobre ela, ele me fez dar um giro e sorri por não ter percebido sua intenção. — Sempre? Até quando eu prendia o cabelo, usava óculos e roupas largas? — perguntei realmente curiosa, pois me parece que seu interesse começou apenas quando mudei o visual. Filipe deu um sorriso envergonhado e virou o rosto para algum ponto da calçada. Desse jeito, ele parecia ainda mais sexy.— Tenho uma imaginação muito boa. — respondeu voltando a olhar para mim. Dei alguns passos à frente. — Estava tendo fantasias sexuais com uma m
Há quanto tempo eu não tinha um orgasmo assim? E eu já tive?A noite com ele me fez perceber o quanto eu perdi tempo numa relação fria e sem graça. Conheci David com 19 anos e não só me conformei com o sexo capenga, como achava o máximo e briguei com meu pai por ele. Eu fiquei assustada ao pensar nisso, pois poderia tornar minha relação com Filipe viciante. Precisava ir para casa, rápido. Coloquei minhas roupas enquanto ele estava no banheiro, quando saiu, com uma toalha na cintura muito mal amarrada, mostrando metade do V em seu quadril, eu já estava pronta para voltar para casa, mas podia facilmente mudar de ideia, principalmente por saber exatamente o que tinha embaixo. — Já vai? — questionou franzindo a sobrancelha.— Sim, eu… preciso resolver alguns assuntos amanhã cedo e não quero atrasar para o trabalho. — não era exatamente mentira, mas se eu ficasse mais um pouco, voltaria mais vezes. — Bem, eu te levo então. — Não precisa se preocupar, eu já chamei um carro pelo aplicati
Filipe ChevalierJade era, sem dúvidas, a mulher que eu mais desejava. Talvez por ser casada e por isso proibida, talvez porque sempre soube que ela escondia um corpão debaixo daquelas roupas. Fato é que minhas expectativas foram baixas demais perto do que ela entregou, um beijo intenso, um corpo delicioso e uma sintonia única. Eu sabia que não ia me decepcionar, mas Jade foi incrível, altamente viciante. Agora eu tinha a oportunidade de passar um tempo a sós com ela num paraíso caribenho e estava muito animado com a ideia. Pensando nisso, ao invés de fazer reservas num hotel, decidi alugar uma casa, conversei com um agente de turismo e pedi para organizar tudo. Infelizmente, seriam apenas duas noites, mas poderia ser tempo o suficiente se soubéssemos aproveitar.À noite, recebi a ilustre visita da minha sogra acompanhada da minha mãe. As duas madames e melhores amigas vestidas em roupas de luxo, entraram no meu apartamento analisando com um olhar crítico cada centímetro, mas tudo es
Horas depois, chegamos na casa que aluguei para nós, era afastada de tudo e com uma praia particular, tinha tudo que fosse necessário e com certeza valeu cada centavo. Jade estava surpresa, provavelmente esperava um hotel, mas eu tinha outros planos. — O que achou? — Eu amei esse lugar… olha essa parede de vidro com vista para praia!… olha essa praia! Perfeito. — respondeu.— Não acha que mereço um beijo? — ela me olhou, finalmente entendendo tudo. — Estou em horário de trabalho. — sorri e dei um passo a frente. — Pois estou te dando folga. — ela abriu um largo sorriso e revirou os olhos de um jeito muito sexy. — Obrigada, boss, mas não posso ficar sem receber esses dois dias. — Você não vai, ninguém precisa saber… — puxei ela pela cintura colando nossos corpos. — Estou louquinho para tirar essa blusa rosa, deveria ser um crime você sair na rua com ela. — sussurrei em seu ouvido, sentindo-a estremecer. Jade até tentava negar, mas se sentia tão atraída quanto eu. Ela ergueu o ro
Jade LancasterAbri os olhos com certa dificuldade, mas tudo estava girando, mas me forcei a acordar, olhei ao redor estranhando o local, mas logo recordei onde eu estava e o que tinha acontecido. Ainda usava o mesmo vestido da noite passada, nem mesmo tirei a maquiagem, devia estar horrível. Fui direto para o banheiro e tomei um banho gelado para acordar. Segui para a cozinha com fome, não fazia ideia de que horas eram, mas provavelmente Filipe já tinha acordado, já que não bebeu como eu. Quando entrei, me deparei com ele estava sem camisa, usando um avental de cozinha e picando alguns legumes, nem mesmo percebeu que acordei. — O que está fazendo? — perguntei para atrair sua atenção.— Bom dia, dorminhoca, já estou preparando o almoço. — era estranho que ele soubesse cozinhar, eu nunca aprendi, quando morava com meu pai, tinha empregada para todas as funções e depois que casei, David cozinhava. Eventualmente aprendi a fritar um ovo e fazer macarrão instantâneo, mas nem sempre ficav