Vinte e quatro

Saymon

Já tem um tempo que meus pais chegaram e eu tava já pra quebrar esse hospital todo, quando minha mãe me abraçou e começou a me acalmar, dizendo que ia dar tudo certo, e agora eu tô aqui com a cabeça afundada no colo dela, eu não consigo ter forças e reação pra mais nada, as palavras de carinho e conforto da minha mãe é a única coisa que me tranquiliza um pouco nesse momento.

— Cadê o senhor Roberto? - Tayla pergunta.

Todas os nossos amigos estão aqui, e isso também me conforta um pouco.

— Tá com o Caíque! O coitadinho tava desesperado chamando pela mãe! - minha mãe responde.

Merda! O Caíque!

Eu juntos todas as forças que não tenho e saio do colo da minha mãe.

— Samanta pra que lado fica a ala infantil? - pergunto.

— Tem certeza de que é o momento certo pra você falar com ele? - Sandro pergunta preocupado.

— O Caíque perdeu os pais de maneira violenta e isso gerou um trauma nele! Não posso permitir que isso aconteça de novo! A Poly não ia querer isso!
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