Trinta e dois

Natan

Acordo cedo e vou para o banheiro tomar um banho frio, preciso estar super preparado para encarar minha madrasta e não lembrar do que fiz pensando nela.

Assim que chego no pé da escada, escuto as vozes do meu pai e da Helena, ele está falando baixo, mas da pra perceber o tom alterado na voz.

— Você estava se insinuando pra ele! - seu tom é acusatório!

— Eu não estava! Apenas recebi o jornal e entrei! - Helena explicou.

— Não receba mais, entendeu! De agora em diante eu recebo ou ele deixa jogado na porta! Não quero mais você falando com ele! - meu pai diz em um tom ameaçador.

— Tudo bem! Agora solta o meu braço! - depois de um tempo em que eles ficaram em silêncio desço as escadas e vejo meu pai lendo o jornal e tomando uma xícara de café, Helena está na pia preparando alguma coisa.

— Bom dia! - cumprimento-os.

— Bom dia! - Helena diz sorridente como se nada tivesse acontecido entre ela e meu pai.

— Bom dia filho! Dormiu bem? - pergunta dando um gole e
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