Natan Tomo mais um gole do expresso que o Tato trouxe pra gente enquanto dou mais uma analisada em alguns documentos da empresa, de repente meu celular dá um bip. Helena Saudades de você! Natan Também tô com saudades Te amo! Impossível não rir que nem um bobo, enquanto digito uma resposta pra minha linda, ainda não conversamos sobre o que eu disse quando a entreguei o celular, depois disso meu pai colou nela e não saiu nem pra casa das vizinhas, o que me deixou puto e triste ao mesmo tempo, mas o fato dela ter me mandado essa mensagem significa que ela aceitou o celular, e que pelo menos não deve está tão chateada comigo. — Quem vê você sorrindo desse jeito só imagina que está apaixonado! - Tato observa da sua mesa. — Talvez eu esteja! - respondo sorrindo. — Ela é da faculdade? - pergunta. — Não! Não é da faculdade! - respondi enigmático. — Huum interessante! - comenta com um ar de mistério. — Já terminei por aqui e você? - pergunto. — Também! Por
Helena Eu fico o tempo todo me perguntando, como alguém tão perfeito pode ser filho do desgraçado do Nilo, a mãe do Natan deve ser uma pessoa maravilhosa, por ter criado e educado um príncipe que nem ele. Desde o dia em que ele chegou aqui eu senti uma enorme simpatia, fiquei satisfeita e alegre por poder olhar pra alguém que não fosse o filho da puta do Nilo e as cadelas dele, e quando percebi que o Natan era um rapaz muito educado e simpático fiquei ainda mais feliz. O Nilo é um psicopata desgraçado! Ele é obcecado por mim desde sempre, e ele fez tanto que conseguiu que eu viesse morar aqui com ele, até perdeu uma verdadeira fortuna, a ponto de quase ficar pobre, e aí a minha vida se transformou em um completo inferno, que depois passou para um verdadeiro martírio, o Nilo é o responsável por tudo isso, eu odeio ele com todas as minhas forças, tanto que eu acho que se ele morresse eu daria pulos de alegria. Todo o ódio que eu sinto pelo meu marido, pode ser multiplicado por
Natan A Helena tá visivelmente mais feliz depois que a Helenaura começou a visitar ela, sempre uma vez na semana eu a trago, geralmente na parte da manhã, e como não posso perder aula todo dia, combinamos dela vir apenas um dia mesmo, também não podemos levantar tantas suspeitas, a Helena tá indo bem na terapia e não quero que nada de ruim aconteça e a faça regredir. Quando já estava me preparando para ir buscar a Soraya, a Helena me mandou uma mensagem avisando que meu pai chegou no meio da tarde e disse que não vai mais trabalhar, então mandei uma mensagem e cancelei a sessão de hoje. Quando vou chegando na esquina de casa novamente encontro com o funcionário do mercado, acho que o nome dele é Juca. Mas eu disse pra Helena que faria as compras a partir de agora. — Qual é gatinha me deixa entrar! Eu curo a sua doença rapidinho. - esse cara é muito folgado! Tá dando em cima da Helena na cara dura, e a coitadinha tá que quase não respira. — Jo, joga a, as
Natan Isso! Consegui encontrar o asilo em que minha avó está internada, ou já esteve não sei, mas eu preciso entrar, preciso saber mais sobre ela. Assim que entrei fui informado na recepção que minha avó estava sim viva, o que me causou uma enorme felicidade, e a moça da recepção então me levou até o quarto onde minha avó se encontrava. — Estou mesmo impressionada! Há anos que ninguém visita a senhora Joana! Achávamos até que ela não tinha família. - diz espantada. — Esse asilo é público? - pergunto. — Sim! Este é o quarto! Se precisar de qualquer coisa me avisa. - a moça piscou o olho pra mim e saiu sacolejando os quadris, virei as costas ela, balancei minha cabeça e sorri, nenhuma mulher chega aos pés da Helena, em qualquer sentido. Bato na porta e escuto uma vozinha fraca dando permissão pra eu entrar. No instante em que entro vejo uma senhora idosa sentada em uma poltrona, seus cabelos são tão brancos que parecem algodão, assim como os do meu pai que já estão
Entro em casa e encontro a Helena colocando a mesa do almoço, nem penso duas vezes, já vou ao seu encontro e a pego em meu colo, abraço ela tão forte, que tenho certeza que até a sufoquei, por isso folgo um pouco o abraço, mas não consigo separar seu corpo do meu, simplesmente não consigo. — Natan, o que você tem? - me pergunta. — Helena meu amor! Eu preciso de você. - ela não diz mais nada, apenas compreende que nesse momento eu necessito dela mais do que tudo, então ela me beija e envolve as pernas ao redor de mim, sem mais demora eu subo a escada e vou direto pro meu quarto. Sem diálogo, sem explicações, apenas temos um ao outro e é isso o que importa, ela tira minha camisa e depois tira a sua, eu começo a enchê-la de beijos em todos os lugares, eu tô rápido, feroz, carente, pedindo, praticamente implorando com meus lábios e minhas mãos que ela seja minha, que tudo nela seja pra mim, só pra mim. Abro o zíper do seu short com tanta força que rasgo, e assim que sua calci
Natan O meu pa.... O Nilo tá parado na porta do meu quarto olhando de mim pra Helena, seus olhos se demoram no corpo lindo e nu da minha linda, e apesar do ódio eu percebo o desejo insano que ele sente por ela. Pego o cobertor e cubro o corpo dela, não quero ele olhando desse jeito para a "minha" mulher. Também visto rápido a minha calça, Helena continua dormindo profundamente. — Fez ela gemer e gritar. - Percebo que ele fala mais pra ele do que pra mim, o tom de inveja também não passa despercebido. — Fiz. - respondo pra ele. — Ela delirou em seus braços. Nilo diz parecendo incrédulo. — Sim. - continuo confirmando. — Ela disse que te ama! — Eu também a amo. - Ele respira fundo tentando se controlar. — Quando viajei e deixei vocês dois sozinhos? — Transamos que nem dois coelhos! - Ele fica vermelho e estreita os olhos com a minha resposta. Puro ódio! — Ela deu em cima de você? — Não! Eu a tentei! — Que homem não enlouqueceria com a Helena né? - E
Eu devia ter matado ele quando tive a chance! Pego qualquer faca na cozinha e ter feito o serviço, hoje mais que tudo eu sei que tem um lado meu que puxou pra ele, porque eu tenho certeza que eu sou capaz de tirar a vida dele sem nem pestanejar pela Helena. Pela as luzes que já estão se acendendo no poste eu percebo que já são pelo menos umas seis da tarde, eu só preciso esperar um pouco mais. Pela madrugada eu vou entrar na surdina e vou matar ele, eu não me importo de passar o resto da vida na cadeia, contanto que eu tenha a certeza de que ele não vai tocar um dedo na Helena, ela não vai conseguir sair da casa, mas pelo menos ela irá ficar lá dentro em segurança. Já está mais que decidido, eu não vou suportar essa situação, apenas essas horas sem saber o que tá acontecendo com ela já me deixa pirado, mesmo dentro da prisão eu vou estar tranquilo sabendo que aquele monstro não existe mais no mundo pra fazer mal pra minha linda. Que caralho de situação! Sinto uma vibração
Helena "Nós vamos mudar essa casa! Você nem vai lembrar que um dia o Nilo esteve aqui!" Foi isso o que o Natan me disse quando acordamos pela manhã, eu não estava tão machucada quanto ele, mas depois do nosso banho, e do amor que fizemos no banheiro, alguns poucos ferimentos foi apenas o que sobrou do Nilo, com algumas manchas roxas e mais nada. O Natan cumpriu com o que me prometeu, ele me livrou daquela sombra que atormentava a minha vida, eu já o amava antes, e agora eu o admiro e tenho orgulho de ter um homem como ele ao meu lado. O Natan é mais homem que qualquer outro que já cruzou o meu caminho, eu o amo incondicionalmente, e assim como ele lutou por mim, eu também vou lutar para melhorar e ser uma pessoa melhor pra ele. A essa altura do campeonato toda a cidade já está sabendo do que aconteceu, também estão sabendo de mim e do Natan. Eu soube disso pela Helenaura que veio me visitar assim que soube do ocorrido, falou que está havendo uma divergência de opiniões,