Helena "Nós vamos mudar essa casa! Você nem vai lembrar que um dia o Nilo esteve aqui!" Foi isso o que o Natan me disse quando acordamos pela manhã, eu não estava tão machucada quanto ele, mas depois do nosso banho, e do amor que fizemos no banheiro, alguns poucos ferimentos foi apenas o que sobrou do Nilo, com algumas manchas roxas e mais nada. O Natan cumpriu com o que me prometeu, ele me livrou daquela sombra que atormentava a minha vida, eu já o amava antes, e agora eu o admiro e tenho orgulho de ter um homem como ele ao meu lado. O Natan é mais homem que qualquer outro que já cruzou o meu caminho, eu o amo incondicionalmente, e assim como ele lutou por mim, eu também vou lutar para melhorar e ser uma pessoa melhor pra ele. A essa altura do campeonato toda a cidade já está sabendo do que aconteceu, também estão sabendo de mim e do Natan. Eu soube disso pela Helenaura que veio me visitar assim que soube do ocorrido, falou que está havendo uma divergência de opiniões,
— Essa tinta tá ficando muito bonita! Você tem muito bom gosto meu amor! - Meu loiro gostoso diz enquanto desliza o rolo com tinta pela parede da sala, ele tá só com um shortinho de tecido fino, um pouco acima do joelho. A visão do paraíso que eu tô tendo agora! Como ele é alto passa a tinta nos lugares mais altos e eu passo nos lugares baixos. O Natan consertou tudo o que foi quebrado, ele decidiu que iria dar uma nova visão na casa, antes ela era toda pintada de cinza e branco, as cores preferidas do Nilo. Nós estamos colocando mais cores, e a casa tá ficando bem mais alegre. — Lilás é a minha cor preferida! - eu digo pra ele. — Combina com você gatinha! - Ele diz passando o pincel com tinta na minha bochecha. — Viu! Ficou linda! — Ahhh mais você não fez isso! - Pego meu pincel e passo no abdômen dele, ele passa tinta na minha outra bochecha e começa a gargalhar, eu pego todo o balde de tinta, mas antes que eu consiga jogar nele, ele corre e toma da minha mão e me
Natan Abro meus olhos, e encontro a mulher linda dormindo profundamente ao meu lado, aperto ela em meus braços e fecho novamente os olhos, se isso for um sonho eu não quero acordar. — Tá na nossa hora de levantar! - Helena diz sorrindo. — Tá na nossa hora de namorar! - Vou pra cima dela e começo a beijar seu pescoço. — Natan! Você tem que ir pra faculdade! — Rapidinho! - Eu digo me esfregando nela e ela sorri, e me empurra. — Vai tomar banho que eu vou fazer o café! Você já está atrasado! Vou reclamando pro banheiro e escutando as risadas dela no corredor, faço minhas higienes e me arrumo para ir pra faculdade, logo ao descer das escadas já vou sentindo o cheirinho bom do café da manhã da minha mulher, só com isso já sei que está uma delícia. Chamá-la de minha me enche de orgulho, mas isso só me faz lembrar de uma coisa, eu preciso ver como vai ficar a situação do casamento da Helena com o Nilo, eu quero que eles se separem definitivamente, não quero minha lind
Natan Assim que me livrei dos tapas e me dei conta de que era realmente a dona Katiana que tava na minha frente, a peguei em meus braços e a levantei, apertando ela forte e a enchendo de beijos. — Mãe! Que saudade! - eu disse e ela me abraçou e me encheu de beijo. — AI MEU MENINO! MAS OLHA SÓ! TÁ UM GATO! TÁ DEIXANDO A BARBA POR FAZER! — Eu tô gostando assim! — TÁ MAIS HOMEM! MAS OLHA QUE GATO LINDO É O MEU FILHOTE! — Mãe! Você quem está linda! - Falo envergonhado tentando mudar o foco de mim pra ela e meu pai da risada, e eu também dou um abraço nele porque também tava morrendo de saudades dele. — Vamos entrar! Eu pego a mala da minha mãe e nós passamos da área e entramos na minha casa, assim que abro a porta um cheiro maravilhoso de comida toma conta das narinas de todo mundo, e a Helena vem da cozinha toda animada. — Amor fiz lasanha pra gent… - Helena congela no meio da sala olhando para os meus pais, e do mesmo jeito a minha mãe tá olhando pra ela, eu e meu
Helena O Natan tá lá fora com o pai dele e a dona Katiana está há um bom tempo folheando meus livros de receita, mas eu sei que ela está aqui para conversar em particular comigo, o que é muito compreensivo, afinal eu era mulher do pai dele, e apesar de tudo de ruim que o Nilo já fez, ele é o pai do Natan e eu fui a causadora do rompimento deles dois. — Eu lamento muito por tudo o que aconteceu! Eu nunca quis que o Natan batesse de frente com o pai dele! - eu disse pra ela. — Helena você não precisa se desculpar pelo Nilo ser um maldito psicopata que nunca amou nem o filho! Eu vou contar uma coisa pra você que o Natan não sabe! O Nilo sempre me ligou ao longo dos anos! Mesmo eu tendo me mudado algumas vezes, trocado o número de telefone, ele sempre dava um jeito de descobrir e ligava dizendo que me queria de volta. — O Natan também não te disse! Mas a senha do celular do Nilo era o seu nome! Ele ficou vermelho de ódio! Ele sabe o que o Nilo fez com você! No dia que ele brigo
Helena Depois que os pais do Natan foram embora ficamos novamente só nós dois em nossa bolha de amor! Amor esse que só cresce a cada dia! Ele é tão perfeito que às vezes eu fico imaginando se tudo isso é mesmo real ou apenas um sonho, um maravilhoso sonho! — Tô indo trabalhar amor! Volto assim que puder! - meu loiro lindo diz sorrindo. — A Helenaura e a Tainan vão dar uma passada aqui essa tarde! A Tainan ama girassóis e quer ver o meu jardim! - eu digo animada por causa da visita das meninas. — Que bom, minha linda! Assim fico mais tranquilo em saber que você não vai estar aqui sozinha! - ele também diz feliz por mim. — Não precisa se preocupar, meu amor! Eu não vou me isolar! - o tranquilizo. — Qualquer coisa é só me ligar Tá Bom meu amor? - diz todo cuidadoso comigo, impossível não derreter. — Tá Bom! — Eu te amo Helena! — Eu também te amo! Meu loiro lindo sai pra trabalhar eu fico olhando para a sua silhueta de costas enquanto caminha até o portão!
Natan Já é a segunda vez que acordo na madrugada com o barulho da Helena vomitando no banheiro, me levanto e vou correndo encontrar ela, a coitadinha tá debruçada na boca do vaso passando muito mal, eu seguro seu cabelo e fico passando a mão em suas costas, até o momento em que ela finalmente levanta e vai escovar os dentes. — Mesmo que a Soraya tenha dito que é normal sentir esses enjoos como reação ao seu avanço, eu tô achando que eles estão demais. - eu digo pra ela. — Eu sempre ficava tonta quando ia no portão! Agora que tô conseguindo sair é normal que isso aconteça! — Eu não tô gostando disso, minha linda! Eu vou levar você no hospital! — Não precisa amor! Eu tô bem! - Ela diz toda manhosa e esconde a cabeça no meu peito. — Faz carinho. — Faço sim minha dengosinha. - Começo a encher ela toda de beijinhos e cafuné em seu cabelo, e em questão de segundos ela já está dormindo profundamente, agora ela dorme o tempo todo demonstrando que está muito molinha e cansada,
Helena Eu tô me sentindo muito mal! Eu já senti muito enjoo na vida por causa da minha doença, mas ultimamente está bem pior! Eu já acordei me sentindo péssima, depois de tudo o que aconteceu, rever o meu pai, as revelações que ele fez, a morte do meu pai, rever o Sérgio, tudo isso foi informação demais em um pouco período de tempo. O Natan tá mais ou menos uma hora falando no telefone, primeiro entendi que foi alguma coisa com o advogado, depois com o Kawan, e agora eu não sei nem com quem é. — Falei pro Tato que não iria poder trabalhar hoje! O corpo do seu pai já está sendo velado. - Natan diz entrando novamente no quarto e deitando do meu lado da cama, eu me aconchego no peito dele, não sei como explicar, mas o cheiro dele me deixa calma, até me faz melhorar dos enjoos. — Você não vai querer mesmo ir? — Com certeza a cidade em peso vai estar lá! — Não quer encontrar uma pessoa em especial? - Ele tá falando do Sérgio, é claro, eu percebi que o Natan bateu nele ontem,