Dois

A garota linda da lanchonete está parada bem na minha frente. Eu não acreditava em coincidências até agora.

— Senhor eu....

— Mundo pequeno esse, não é? — Perguntei, dando um dos meus melhores sorrisos.

— Sim, é sim. Bem, eu... — Tentava falar, mas estava visivelmente desconcertada.

O rosto dela está todo vermelho, e não sei porque, mas estou achando ela muito sexy por causa disso.

— Senhorita Martins, tudo bem, não precisa ficar sem jeito. Vamos, converse comigo como se estivesse me vendo pela primeira vez — Falei, tentando acalmá-la. — Então, você é estudante de direito? - Tento melhorar a situação, e parece dar certo porque ela ficou com o semblante mais relaxado.

— Sim! Acabei de ingressar no curso e acredito que uma vaga na sua empresa seria de muita aprendizagem.

— Você seria a minha secretária, mas ficaria por dentro de todos os processos dos clientes. Realmente seria um bom trabalho para quem está ingressando em um curso de direito.

— Seria perfeito pra mim! — Ela me diz com um belo sorriso.

"Pra mim também" — pensei encarando aquele belo decote.

— Você divide apartamento com a Samanta? Desculpe a pergunta pessoal, mas gosto de checar alguns antecedentes antes de fazer contratações.

— Tudo bem! Sim, nós dividimos apartamento, mas agora que ela vai casar eu vou morar sozinha, pelo menos até encontrar outra colega que dividiria o aluguel comigo.

— Entendo... Seus pais não moram na cidade?

— Éramos só eu e a minha mãe. Mas ela morreu de câncer ano passado!

— Sinto muito!

— Tudo bem!

— Você poderia me falar mais sobre você? Preciso checar algumas informações do seu currículo.

— Eu tenho dezenove anos, acabei de ingressar na faculdade de direito, e não tenho outros vínculos empregatícios, pois tive que sair da lanchonete em que trabalhava.

— O seu vínculo empregatício agora é com a "Romão escritório de advocacia". A Samanta vai te repassar tudo — Falei apertando a sua mão e tentando segurar uma estranha felicidade que nascia em mim.

— Não irei desapontá-lo Senhor. - ela me diz empolgada.

— Sei que não!

Ela levanta da cadeira e sai da sala e eu acompanho o seu rebolado.

"Que traseiro!" — Penso comigo mesmo. — "Como eu não pude observar essa parte antes? Essa garota é muito gostosa, e..."

—Minha nossa! Eu não posso pensar essas coisas com a minha secretária, eu definitivamente tenho que afastar esses pensamentos da minha cabeça. — Falo para mim mesmo, me repreendendo.

(...)

Durante o resto da semana a Samanta repassa tudo sobre o trabalho para a Polyana, e devo dizer que ela é mesmo muito eficiente. Ainda tem que se esforçar mais para pegar o ritmo da minha antiga secretária, mas ela é bem esforçada e disposta a aprender.

— Com licença senhor! O senhor Toledo está aqui! — Polyana me informa depois de adentrar em minha sala.

— Mande-o entrar! — Ordenei.

Ela sai e em poucos segundos vejo Sandro entrando em minha sala.

— Fala irmãozinho! - Me diz ele, já sentando na cadeira em frente a minha mesa.

— Fala ladrão de secretárias!

— Ainda está chateado comigo por causa disso? Mesmo com essa belezinha que a Samanta trouxe pra você? — ele me pergunta com uma cara de safado.

Não respondo o que esse tarado perguntou, mas é impossível não esboçar um sorriso.

— Viu só? Eu sou louco pela minha cerejinha, mas não sou cego e sei que você também não é. — Continua as provocações.

— Sandro, ela é minha secretária! E é bem mais nova que eu, pois ela tem apenas dezenove anos. — digo isso tentando convencer mais eu do que ele.

Somos interrompidos com uma batida na porta e pouco tempo depois Samanta entra.

— Senhor Romão, hoje foi meu último dia de trabalho, e estou muito aliviada por saber que estou lhe deixando em boas mãos. — Me falou Samanta.

— A Polyana é muito eficiente Samanta! Muito obrigado!

— Bom, foi um prazer trabalhar com o senhor — ela me diz com um sorriso.

— Mas você não está achando que vai apenas sair assim não é senhorita Soares?

— Futura senhora Toledo — fala Sandro, se aproximando da sua noiva e lhe abraçando. — Por que acha que estou aqui amor?

— Nós vamos sair para comemorar a sua despedida. — digo animado.

— Nossa, sério?

— Vamos tomar uns drinks. A Carla já confirmou? — Me pergunta Sandro.

— Ela não vai poder ir, teve uma urgência com uma das pacientes lá da clínica.

Foi isso o que ela me disse, mas a Carla nunca gostou da Samanta. ela cismava dizendo que a mesma tinha um caso comigo, felizmente quando ela começou a namorar o Sandro ela tirou essa loucura da cabeça.

Assim que saímos da minha sala encontramos a Polyana ainda mexendo no computador.

— Poly eu não disse naquela hora que você já podia ir embora? — Perguntou minha ex secretária para a amiga.

— Foi mal Sah. É que como eu não tenho aula hoje aproveitei para atualizar a agenda da próxima semana do senhor Romão. — Ela respondeu a amiga ainda olhando para o computador.

"Como eu disse, eficiente"

— Samanta porque a Poly não vem tomar uns drinks com a gente? — Perguntou Sandro, olhando pra mim com cara de safado.

Eu ainda mato esse Toledo de merda, mas confesso que a ideia de tomar drink com a Polyana me deixa animado.

—Vamos amiga! Você não vai ter aula e hoje é sexta! — Samanta chama Polyana animada.

Ela olha pra mim relutante e eu dou um sorriso pra ela.

— Tudo bem! — Ela responde com um sorriso.

(...)

Hoje a Polyana está vestindo uma saia um pouco acima do joelho, blusinha de alça branca e um blazer da mesma cor da saia. Uma roupa normal de secretária, mas no corpo dessa morena qualquer roupa normal se transforma em uma fantasia extremamente sensual.

Passo o tempo todo no bar tentando disfarçar o quanto eu estou atraído pela Polyana. Por Deus! Eu vou enlouquecer.

— Amor nossa música! Vamos dançar! — Falou Samanta, já puxando o noivo.

Depois de uma leve reluta de Sandro, o casal sai animado para a pista de dança.

— Você não gosta de dançar? — Pergunto para Polyana, tentando puxar algum assunto.

— Às vezes. Hoje eu não estou com muita vonta... — Ela para de falar quando derrama um copo todo de drink nela mesma, molhando toda a parte de cima da sua roupa. — Que desastrada! — Ela completa, visivelmente irritada.

Ela tira o seu blazer e fica apenas com a blusa branca que acabou de ficar transparente mostrando um par de seios grandes e fartos e duas bolinhas rosas durinhos que eram os seus mamilos, e que mais parecia com duas cerejas deliciosas de um bolo. Um bolo que eu definitivamente tô morrendo de vontade de provar.

— Com licença eu vou ao banheiro! — Ela fala, saindo da mesa rebolando a sua bunda vantajosa, e meus olhos sobem do seu quadril até a sua cintura fina.

"Caralho! Essa mulher é uma perdição!" — Penso comigo mesmo.

— O que houve com a Poly? — Me pergunta Samanta, voltando da pista de dança.

— Derramou bebida na roupa!

— Desastrada como sempre. — Samanta falou enquanto ria.

— Eu ouvi isso! — Polyana diz para Samanta, voltando do banheiro.

— Saymon, você poderia levar a Polyana em casa? A Samanta vai dormir no meu apartamento hoje. — Me perguntou Sandro.

— Não precisa se incomodar senhor Romão, eu peço um Uber. — Responde Polyana, levemente avermelhada.

— Imagina, senhorita Martins, eu levo você!

As duas amigas se despedem no estacionamento e cada uma entra em um carro. Polyana e eu seguimos rumo para a sua casa, e no caminho passamos pelo parquinho da noite em que nos conhecemos, está vazio pelo fato de já ser de madrugada.

— Você tem filhos, senhor Romão? Naquele dia o senhor observava o parquinho tão pensativo. — Perguntou olhando pra mim.

— Não Polyana! Eu não tenho filhos. — Respondo mais sério do que eu gostaria.

— Cada coisa no seu tempo senhor Romão. Meus pais me tiveram depois de mais de dez anos de casados. Eu não lembro do meu pai, mas minha mãe disse que no dia em que eu nasci ele sorria e dizia que estava realizando um sonho. — Ela fala melancólica e uma lágrima escorre em seu rosto.

Eu encosto o carro e limpo essa lágrima, e tento acalmá-la, ao mesmo tempo em que sinto que também fiquei tocado com o que ela disse. Parece que ela enxergou o fundo da minha alma.

— Não chore! Você não sabe o quanto essas palavras me fizeram bem! — Digo, tentando tranquilizá-la.

— Verdade? — Ela me pergunta sorrindo.

— Sim! Você acredita mesmo que as coisas vêm pra gente no tempo certo? — Eu pergunto olhando para aqueles olhos.

— Sim, eu acredito bastante! — Ela responde me olhando profundamente também.

Só agora percebo o quanto nossos rostos estão próximos. Eu abaixei meus olhos até a sua boca avermelhada e convidativa e não há nada que eu queira fazer agora mais do que tocar essa boca com meus lábios. Mas eu junto todas as minhas forças e me ajeito novamente no banco e arranco com o carro.

Assim que chegamos na frente da sua casa ela me agradece pela carona.

— Obrigada senhor Romão! Até segun... — Novamente ela é interrompida quando o celular escorre da sua mão.

Ela fica tateando no ar, mas não consegue pegar, e ele cai bem perto dos meus pés. Polyana se aproxima para pegar e eu travo meus olhos no caminho entre a sua cintura e o seu quadril e isso me deixa extremamente excitado. Assim que ela se levanta parece ficar tonta e busca se equilibrar em alguma coisa, e acaba pressionando a mão em cima da minha virilha, e eu nem tento disfarçar o quanto eu tô duro, porque é impossível.

— Me desculpe senhor! Eu sou mesmo desajeitada. - diz completamente sem graça.

— Boa noite, senhorita Martins. - Respondi olhando para a frente.

— Boa noite! - Ela sai do carro toda sem jeito e envergonhada e eu vou direto pra casa.

(...)

Assim que entro dentro de casa vou direto para o banheiro, preciso me aliviar.

— Amor! — Diz a Carla, ao me ver entrar no quarto.

— Ainda tá acordada? — pergunto surpreso.

— Acordei com você entrando!

Ao vê-la deitada na cama, decido me aliviar de outra maneira. Me aproximo e me agarro ao corpo da minha esposa até me saciar a vontade, e eu não sei que tipo de canalha eu sou, mas a todo instante eu só imaginava estar fudendo bem gostoso uma certa morena que eu tenho como secretária.

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