Cinco

Assim que o despertador começa a tocar eu vou direto para o banho, e começo a me arrumar todo animado. Há muito tempo eu não me sentia assim, tão relaxado e desestressado.

— Querido, já estou indo! — Carla fala me dando um beijo.

— Tenha um bom dia amor! — Respondo, como de costume.

Nós saímos da nossa casa e cada um entra em seu carro e segue o seu caminho.

(...)

Assim que chego no meu escritório dou de cara com aquela coisa linda me esperando.

— Bom dia! — ela me fala sorrindo.

— Bom dia! — Respondi devolvendo o sorriso.

— O senhor Rocha chegará às dez para vocês tratarem do inventário. As onze terá uma reunião com o prefeito Novaes, e mais duas audiências na parte da tarde.

— Obrigado! Polyanaaaa! — Eu falo baixinho no seu ouvido e dou um leve beijo no lóbulo da sua orelha — o dia só está começando Poly — Continuo provocando.

Entro na minha sala, e percebo que ela já arrumou a minha mesa que tinha ficado bagunçada quando eu a sentei. O porta retrato com a foto da Carla está no mesmo lugar de antes. O que será que ela pensou quando viu sua foto?

— Senhor com licença! A documentação do prefeito Nunes já está pronta para o senhor revisar e assinar — Ela me informa, adentrando minha sala.

A linda morena me entrega os documentos e se inclina de maneira provocante na mesa, o que me faz ter uma ampla visão do seu decote.

— Obrigado. — Respondo quase babando.

— Dessa vez eu coloquei o espaço de assinatura no rodapé em vez do cabeçalho. — Ela se inclina um pouco mais apontando para o papel, praticamente esfregando os seios na minha cara.

Ela tá claramente me provocando e eu tô adorando isso. Polyana me explica alguma coisa, mas eu não estou nem aí pra saber, só tô ligado nesses seios.

— E é isso! — Ela levanta e muda a posição, e eu não consigo disfarçar minha cara de decepção por ela ter se afastado — Mas alguma coisa? — ela pergunta.

— Sim! — Eu respondo, dando um tapa na minha perna deixando claro que quero que ela sente no meu colo.

Polyana se aproxima e se senta, passando o braço no meu ombro.

— Pois não!

— Antes de revisar os papéis eu preciso dar uma revisada nisso aqui — Começo a apalpar seus seios e ela aperta as pernas provavelmente porque ficou excitada, faço ela sentar com as pernas abertas e começo a roçar meu pau na sua intimidade.

— Tá vendo como você me deixa, secretária?

— Senhor, o que poderei fazer para resolver o seu problema?

"Caralho! Ela gosta de provocar." — Pensei comigo mesmo.

(...)

Pouco tempo depois ela volta dizendo que o senhor Rocha está a minha espera.

— Pode mandar entrar! — Aviso enquanto me ajeito em minha cadeira.

Em questão de segundos, vejo o homem adentrando em minha sala.

— Bom dia! — Ele me comprimenta estendendo a mão.

— Bom dia senhor. Pode se sentar por favor! Seu inventário está pronto, o senhor pode revisar.

— Quem eu quero revisar é aquela belezinha lá fora. Consegue o número dela pra mim?

Eu tenho que juntar todas as minhas forças pra não socar a cara desse desgraçado de todas as maneiras, se eu com trinta e um já me acho velho pra ela, imagina esse babão que já passou dos cinquenta.

— A senhorita Martins não é dessas, senhor Rocha. Ela é uma moça dedicada e trabalhadora, além do mais, ela já é comprometida!

— Sei... tudo bem!

Ele analisa os papéis, mas não abandona esse sorriso de velho safado do rosto, e isso me faz ter a certeza de que esse canalha tá planejando algo.

— Ótimo, senhor Romão. Não deixou nada passar, esse inventário está perfeito!

— Que bom que ficou do seu agrado! Foi muito bom fazer negócio com o senhor. — Eu falo levantando da cadeira e lhe dando um aperto de mão, e ao levantar algo cai do meu colo.

"É a calcinha da Polyana!" — penso enquanto pego esse tesouro e coloco no meu bolso e acompanho o senhor Rocha até a saída.

E como eu já imaginava, ele dá um cartão para a Polyana antes de ir embora.

— O que foi isso que ele te deu? — Pergunto me aproximando dela.

Polyana me entrega o cartão e vejo que é o contato do desgraçado. Eu rasgo e jogo no lixo. Ela olha para mim sem entender nada.

— O desgraçado estava interessado em você! — falo sério.

— Eca! — Ela responde fazendo uma careta.

Eu dou risada e já vou voltando pra sala, mas sou interrompido por ela me chamando.

— Saymon, ehh... a minha...

— Quer saber disso aqui? — Eu pergunto mostrando a calcinha dela ao mesmo tempo em que dou uma longa fungada no tecido, o que me deixa excitado e pela cara que ela fez, mostra claramente que também ficou.

— Pode me devolver por favor? - ela morde o lábio carnudo, e eu fico o caralho de tão louco.

— No fim do expediente você me pede com jeitinho que eu penso no seu caso. Enquanto isso, vai trabalhar sem calcinha.— digo provocativo pra ela.

Ela se ajeita na cadeira e cruza as pernas. Eu mordo o meu lábio por causa da provocação. O telefone toca novamente e ela atende, enquanto eu aproveito para voltar para minha sala antes que eu agarre ela ali mesmo.

(...)

Estou finalizando uns documentos no computador quando eu a escuto bater na porta.

— Entre! — Falo enquanto finalizo minha leitura.

Polyana entra trazendo um copo de café expresso e um embrulho.

— Eu pedi um expresso pra mim na cafeteria do térreo e tomei a liberdade de pedir um pra você também!

Agora que ela falou eu lembrei que hoje não parei pra tomar café e realmente estou com fome.

— Obrigado, Poly!

— Também trouxe isso! — Ela desembrulha o depósito e me revela um pedaço delicioso de bolo de chocolate. — Quando cheguei da faculdade não estava conseguindo dormir, então resolvi fazer um bolo de chocolate para o senhor.

— Tá brincando Poly! — Digo surpreso.

— Experimenta!

Ela pega uma garfada e coloca na minha boca, e eu vou no céu e volto com essa delícia. Fazia muito tempo que eu tinha comido bolo de chocolate, muito tempo mesmo, ela me fez lembrar da minha mãe, uma lembrança maravilhosa.

— Tá uma delícia Polyana! Senta aqui, agora que começou vai me dar todos os pedaços na boca!

Ela senta no meu colo e eu agarro a sua cintura possessivamente enquanto ela me dá pedaços de bolo pra comer. Eu acho que nunca tive uma refeição tão prazerosa na vida.

— Agora vai tomar o café! — Diz, me dando o copo de café.

Não há acompanhamento melhor para um bolo desses do que um café. Poly parece conhecer todos os meus gostos.

— Tudo uma delícia Polyana, obrigado! — Eu falo sincero pra ela e recebo um sorriso.

Depois ela levanta e começa a recolher as coisas do bolo de cima da mesa, e eu passo minhas mãos por dentro da sua perna e subo até a sua intimidade e logo já sinto ela ficar molhada.

— O senhor Novaes... já... — Ela tenta me lembrar que o Mário já deveria estar chegando.

— Tá bom, sua delícia. Vai logo antes que eu comece a te chupar aqui. Ela dá um risinho tímido e ao mesmo tempo safado e sai da sala.

(...)

A reunião com o Mário Novaes foi longa e durou todo o resto da manhã.

— Então estamos resolvidos! — Diz Novaes, no final da reunião.

— Sim, só precisa agora da assinatura dos vereadores.

— Então eu já vou indo. Hoje irei almoçar em casa e já estou louco para ver o Mário Segundo.

— Como ele está?

— Cada dia mais esperto. É uma experiência maravilhosa! Você e a Carla ainda...

— Não! — Eu respondo seco, cortando a fala do Novaes. Esse assunto realmente me incomoda.

— Entendo! Bem eu já estou indo!

— Mande um abraço pra Tayla!

— Certo!

Acompanhei o Novaes até a porta e encontrei com a Samanta conversando com a Polyana na recepção.

— Samanta, como vai? — Pergunto dando um abraço na minha ex secretária.

— Estou bem senhor. Eu vim buscar a Poly pra almoçar! Depois eu irei fazer a mudança.

— Assim que eu puder eu vou ajudar você Sah — Poly fala, entrando na conversa.

— Você pode tirar a tarde de folga para ajudar ela, senhorita Martins. Eu tenho duas audiências e vou estar a tarde toda ocupado.

— Muito obrigada, senhor Romão!

— Não precisa agradecer. Até mais. — respondo saindo do lugar.

(...)

O restante da tarde foi normal, eu ganhei as duas causas nas audiências — não sou considerado o melhor advogado de Curitiba à toa.

Assim que chego em casa à noite, sou recebido novamente pelo silêncio. Vou direto para o quarto tomar banho, e quando tiro minha roupa algo cai do meu bolso. É a calcinha da Polyana.

Cheiro ela com vontade e sinto meu amigo se animar, eu queria tá com aquelas pernas grossas e maravilhosas abertas pra mim nesse momento. Será que estou com saudades?

Pego meu telefone e mando uma mensagem.

"Saudade de você! Não quero atrapalhar sua aula. Então, não precisa responder agora." - Mando a mensagem e ligo o chuveiro. Mas, antes mesmo que eu entrasse, ela me responde.

"A Sah foi embora a pouco tempo. Não deu tempo ir pra faculdade" - Eu desligo o chuveiro e começo a falar com ela.

"Está cansada?"

"Não, só me sentindo sozinha."

"Isso foi um convite?" - pergunto.

"Talvez!"

"Sabe, eu tenho algo em minhas mãos que é seu. Preciso devolver." - digitei e depois cheirei novamente sua calcinha.

"Vou dizer para o porteiro liberar a sua entrada no prédio"

Assim que termino as mensagens com a Polyana, recebo uma ligação da Carla.

"Querido, vou me atrasar!" — Ela diz do outro lado da linha.

— Tudo bem querida! - respondo pra ela, menos mal.

"Não vai reclamar comigo como sempre faz?" — Ela pergunta estranhando minha atitude.

— Quando reclamo você acha ruim, quando não reclamo também? — Me fiz de desentendido.

"Tanto faz. Até mais tarde!"

—Até!

Eu tomo o meu banho e me arrumo, passo muito perfume e coloco a calcinha da Polyana no bolso da minha calça jeans.

"Eu vou fazer tudo com essa morena. Menos deixar que ela coloque essa calcinha." — penso antes de sair de casa, com um sorriso safado.

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