Os gêmeos correram atrás de Klaus, que estava com a testa sobre uma mão.
— Você está... bem...? — perguntou Elói em um suave, assustado sussurro.
Klaus, que parara no meio da área, grunhiu silenciosamente ao deitar a cabeça na mão, o rosto corado.
— … preciso de café. Muito e muito café, por favor.
Eliel correu para a cozinha imediatamente.
— Teresa! — ofegou Wen do topo das escadas, correndo para baixo e amarrando seu robe atropeladamente. Ele correu até a garota na sala de estar que ainda estava encarando, branca como um fantasma, Klaus. — Baby, o que você está fazendo aqui? Droga, eu disse que você não pode vir aqui... só, só vá, ok? Vamos lá...
— Ele... Ele... Ele acabou de... — Teresa conseguiu dizer, tremendo, apontado para Klaus.
— Si
Klaus, surpreso, olhou para o papel nas suas mãos e então de volta para Lorenzo.— … você precisa de um parceiro para esse dueto. Para cantar a parte de Christina Grimmie.— Por isso que eu estava pensando em desistir — admitiu Lorenzo. — Inferno, nem sei se conseguiria cantar. — Ele tocou mais algumas notas. Klaus o assistiu e então cuidadosamente disse:— Bom... você sabe que soou muito bem. Para treino.— Sério. — Lorenzo parecia divertido. Klaus ainda não tinha certeza se estava confortável com o jeito com que Lorenzo o olhava, como se estivesse tentando ver através dele. Mas o sorriso era amigável. — Quer cantar comigo? — Ele se endireitou e pôs as mãos no teclado de novo, começando a melodia de entrada. — Apenas a primeira parte. Eu só preciso que alguém harmonize comigo. Se eu
Pela primeira vez desde que ele chegou à Bourbon, Klaus realmente acordou certa manhã com o seu despertador e não por qualquer outra razão maluca — e isso era incrível. Ele bocejou e jogou o acolchoado longe e sentou-se na cama, piscando para a luz matinal. Partículas de poeira brilhavam pelos raios de sol que entravam pelas janelas. Ele suspirou e coçou o rosto, e então se levantou e virou-se apropriadamente para seu quarto...… e soltou um profundo, exasperado suspiro.Como ontem, seu quarto estava, mais uma vez, repleto pelo que deviam ser dúzias e mais dúzias de copos de café deixados em cima de qualquer superfície — de canecas a xícaras para garrafas térmicas e de copos de isopor.Klaus grunhiu para esse exagero todo (o qual levou um século para limpar ontem), virou-se para sua porta fechada e gritou:— Vocês tê
— E nós só estamos garantindo disso! — exclamou Raul com um sorriso. Ele riu e colocou o pacote nas mãos de Klaus. — Aqui. Meu presente de boas-vindas.— Oh... — Klaus parecia aturdido. — Não precisava... — Mas Raul, depois de checar o sofá cuidadosamente por coisas estranhas, jogou-se nele e gesticulou para que Klaus abrisse.Klaus desfez o laço de fita, e isso revelou a marca impressa no pacote. Seus olhos se arregalaram ao limite e ele rasgou a caixa para levantar uma suave estola Hermés em cashmere.— Oh... — Ele apenas ficou olhando, sem saber o que dizer.— Você gostou? — disse Raul, um pouco preocupado.— Você é maluco... Isso é incrível! — Klaus abraçou a estola e então abraçou Raul também. Com a situação financeira existente em Hill City, el
— Sim, entregamos para ele — disse Dimitri com outro sorriso educado que parecia um pouco forçado. — Mas você deveria trazer o próximo você mesmo, porque seus amigos Canossa são verdadeiros pés no saco.Ao invés de ficar irritado, Lorenzo apenas riu.— Peço desculpas por Darci, então. Você sabe como ele fica rabugento.Brayan tirou os olhos de Lorenzo e encontrou os de Klaus. Sem qualquer alerta, a mão de Klaus fechou-se sobre a dele no topo da barricada — ele estava apenas olhando para ele.Brayan estava um pouco surpreso, mas sorriu. Klaus apenas sorriu de volta — e isso era uma conversa por si só.— Boa sorte. Sério.— Obrigado.Lorenzo, que não perdeu a ação, sorriu para Klaus, que agora olhou para ele também assentiu.— É, recebi o seu presente, aqu
— Então...Quando a reitora finalmente decidiu falar, os garotos se inquietaram — Brayan se inclinou no seu acento com um suspiro, Klaus afundou a cabeça numa mão — enquanto ela caminhava atrás da sua mesa na frente deles, parecendo tomar isso em consideração. Klaus podia ler bem seus professores, mas enquanto a Reitora Ratiolly registrava absoluta calma em seus sensores, algo estava definitivamente se preparando ali. As coisas dela estavam todas guardadas e ela parecia como se estivesse prestes a partir para o final de semana, então se ela perdeu tempo para falar com eles antes de partir, então eles definitivamente estavam com problemas.Finalmente ela olhou para eles e sentou em sua cadeira almofadada sem quase fazer barulho. Ela era uma equilibrada mulher na casa dos quarentas, casada (o gigante anel da Tiffany em seu dedo era a dica), um pouco acima do peso com lacrimejantes olhos cinzas e ca
Houve o som de algo pesado e úmido caindo no andar de cima seguido por água batendo em alguma superfície e um ensurdecedor grito de raiva enquanto pés começaram a bater corredor abaixo, risada ecoando pelas paredes.— Que droga, Elói! — gritou alguém, que poderia ser Dimitri, tossindo.Houve um segundo barulho de água caindo e desta vez foi Wen quem gritou palavrões incrivelmente criativos que fariam um pirata corar. Antes de sair procurando por mais vítimas, os gêmeos gritaram em coro:— Esse quarto está limpo!Raul viu Klaus levantando as sobrancelhas para ele de forma extremamente expressiva, e Raul finalmente entendeu por que não era uma boa ideia estar lá em cima.— Os gêmeos presos dentro da casa, hein?— Balões de água. — Klaus assentiu. — Eles estão atingindo qualquer um
Os gêmeos apenas assentiram, comendo seus próprios cookies com expressões contemplativas.Esse era o resultado da batalha de cookies. Enquanto Dimitri, Wen e Raul estavam tentando tomar posse da tigela de cookies, Brayan tinha saído do seu quarto para verificar se a área estava livre dos balões de água dos gêmeos. Dimitri tinha enchido a mão de cookies e então jogado a tigela para ele.Brayan, não tão aturdido por isso como a maioria das pessoas poderia estar, conseguiu pegar um cookie antes que Wen roubasse a tigela dele, e que Raul roubasse dele, e que os gêmeos aparecessem do nada (provavelmente atraídos por qualquer confusão que eles não tinha começado). Eles pegaram a tigela e cada um pegou um pouco antes que uma tigela quase vazia fosse parar com Duarte.Que ainda não tinha se movido de onde ele estava comendo da janela saliente.<
— Klaus. — Brayan empurrou seu cotovelo com o dele. Ele estava sentado ao lado dele na área central do quarto de Klaus.Klaus apenas murmurou uma resposta fraca de reconhecimento de onde estava tentando copiar algum tempo em seu caderno.— Klaus, vamos lá, você ainda está bravo comigo? — Brayan estava começando a soar genuinamente preocupado, empurrando seu braço. — Você não fala comigo desde ontem.Klaus apenas resmungou em aborrecimento ao empurrar a mão de Brayan de cima das suas anotações, tentando se concentrar.— É porque eu contei pra Wen e Dimitri e os outros sobre o que aconteceu em Hill City? — disse Brayan, a testa franzida. — Olhe, eu realmente sinto muito, sério. Eu não devia ter contado para eles. Eu sabia que você queria segredo. Eu entendo por que você está bravo, mas eles promet