Os três táxis chegaram ao Madison Hotel, local da reunião da equipe de Apollo com os membros da ACNUR e agências da ONU. Jheniffer de vestido amarelo, Estela com vestido verde oliva e Marcela, de azul turquesa. Nascimento, Johansson, Caique, Humberto e Apollo tratavam ternos pretos. Exceto Apollo, de gravata vermelha, os demais usavam gravatas azuis.- Farei um breve discurso de três horas, Humberto.- Sério, Apollo?- Não. Estou brincando. Essa reunião, na verdade, é uma comemoração. Uma forma do chanceler nos agradecer pelos serviços prestados.- Entendi. É um fechamento com grande estilo.Os repórteres se aproximaram. Apollo falou com alguns deles. A equipe posou para fotos, em frente ao hotel. O grupo entrou e foi recebido pelo chanceler, que os conduziu ao salão principal.- Uau. É uma festa!- Quase isso, juíza. Haverá discursos, apresentação de projetos, entrega de placas comemorativas e de honra ao mérito. Depois, shows musicais e danças.- Esses americanos sabem como dar uma
Apollo sorriu.- Bem, fiquem a vontade para fazerem o que quiserem, nesse tempo antes do vôo de volta ao Brasil. A missão de cada um, como equipe, terminou. Como já disse, e vou sempre dizer, sou eternamente grato a cada um de vocês.- Faço das palavras de Apollo as minhas. Muito obrigado a cada um, vocês foram espetacularem, nessa etapa do projeto.- Continuaremos a ser, Jheniffer. Estaremos acompanhando, trabalhando e fazendo parte da fundação Hermann. Apollo, precisando só chamar.Disse Caíque.- Isso aí. Eu e Humberto iremos ao zôo do Central Parque. Vamos tirar fotos e andar pelo lugar, como dois burgueses.Humberto abraçou Caíque.- Eu e Nascimento vamos a Times Square. Queremos ir até o touro da bolsa de valores, comer cachorro quente na rua e namorar.Marcela beijou Nascimento.- Não necessariamente nessa ordem.Concluiu a juíza.- Eu gostaria de visitar o edifício de vidro. Jheniffer tem fotos lindas naquele local e fiquei com um pouquinho de inveja.- Ótima escolha, Estela.
- Ficaram lindas as fotos, Estela.- Também amei, Jheniffer. O edifício de vidro é deslumbrante, um passeio pra não esquecer.- Que bom que você pode se divertir um pouco, antes da nossa viagem de volta, Estela.- Sim, Apollo. Missão cumprida e adeus Nova York. Jheniffer devolveu o celular a Estela, no saguão do hotel, a espera do restante da equipe. Pouco depois, Nascimento, Caíque, Marcela e Nascimento vieram. Johansson, que ficaria nos Estados Unidos, se despediu deles.- Amigos, tenham uma ótima viagem de volta.- E você, uma feliz volta pra casa, Johansson. A gente se fala. Me envie os boletos e gastos com sua equipe.- Farei isso. Alguns ainda estão campo. - Você nunca manda a conta, velho urso. Eu o conheço melhor que ninguém.Johansson deu uma gargalhada.- Sou besta de lhe mandar? Se colocar na ponta do lápis, estou lhe devendo o dobro.Eles se abraçaram. Johansson se emocionou. Apollo e sua equipe se dividiram nos dois táxis. Vinte e cinco minutos depois, chegaram ao aerop
Nascimento foi o primeiro a pisar em solo brasileiro, saindo da escada do avião, no aeroporto de Guarulhos.- Estou me segurando pra não me ajoelhar e beijar o solo brasileiro.Marcela o pegou pelo braço.- Não faça isso. Podem pensar que o papa João Paulo segundo chegou ao Brasil. Você é a cara dele, Nascimento.Apollo e outros riram.- Entendo o sentimento do amigo Nascimento. É ótimo chegar ao nosso país.- Verdade, Apollo. Lá fora é muito bom mas não existe lugar igual ao Brasil. O clima, a amizade, a liberdade não tem igual. Sem falar da comida.Disse Humberto, feliz com o retorno a pátria tupiniquim.- Não há lugar como a cada da gente.- Falou pouco mas disse tudo, Estela. Eu e Apollo curtimos muito pouco a nossa nova casa.Júlio César e os filhos estavam a espera de Estela. Os meninos seguravam um cartaz com o nome dela, que sorriu ao vê-los. Júlio cumprimentou Apollo, Jheniffer, Nascimento, Marcela e Humberto. - Se precisar de mim, só chamar, Apollo.- Muito obrigado, Estela
São Paulo, inverno brasileiro.- Hora de voltar a realidade, bebê.Jheniffer saiu da cama, dando as costas para Bruno, o rapaz de ombros largos e abdômen trincado, esparramado na cama. Ele admirou o corpo dela. Uma perfeição. Uma grande tatuagem se destacava nas costas da moça. - Linda essa tattoo. O que significa?Ela se virou.- É um nó celta, um amuleto. Significa trindade, unidade e eternidade.- Que profundo.Ele abraçou o travesseiro.- Quero fazer um mantra no braço direito, Bruninho.Jheniffer esvaziou a taça de champanhe. Em seguida, vestiu a lingerie preta.-Seria capaz de ficar a vida inteira aqui, Jheniffer.Ela sorriu.- A vida não é só prazer e glamour.- Seus treinos têm dado resultado. Você está com um corpo incrível.- Sei disso. Você não é o único que repara. Tenho que voltar ao trabalho. Vou passar no fórum pra recolher uns documentos.Ela sentou-se na cama pra calçar as sandálias. Bruno a abraçou.- Foi mara. Teremos um replay?Ela colocou o relógio, a pulseira e
- Sou Alfredo Nascimento, advogado e fiscal do concurso. Que Deus lhe dê em dobro o que fez por mim.Jheniffer estendeu a mão.- Amém. Prazer, sou Jheniffer Stuart, estudante de Direito e, se passar nessa prova, talvez uma funcionária do INSS.Nascimento riu. Ela bateu no ombro dele com a palma da mão, uma de suas manias.- Pode rir. Sei que meu nome remete a personagens de livros de romance americano ou daquelas séries policiais. Acho que foi de onde meus pais tiraram meu nome.- É um nome forte, diferente. Você se expressa muito bem. Já comprovei que é uma pessoa gentil e bondosa. Trabalha onde?-Era garçonete mas fiz um acordo. Forneci o traseiro, a empresa forneceu o pé. Fui despedida por me atrasar. Estou desempregada. Preciso de um emprego pra ajudar meus pais a pagarem minha facul.Nascimento tirou um cartão do bolso.- Nascimento e Gomes Advocacia. Passe lá, na segunda feira. Temos uma vaga de secretária, se quiser. Poderá também me auxiliar nos processos. Ela tremia ao pegar
- Terminei minha rotina, Stefany. Faria uma aula de pilates, se não tivesse que pousar no hospital, como acompanhante do Nascimento.Como de praxe, o movimento da academia aumentou no fim da tarde. Jheniffer e Stefany foram até a área das bicicletas ergométricas.- Vamos pedalar um pouco. Apreciar o movimento e a música.- Você quer dizer paquerar.- Isso, Stefany. Ver se tem carne nova no açougue. Um boy magia ou um novinho.- Esse é o horário dos bombados. Disfarça, Stefany. Tem três deles nos secando, na prancha abdominal. Melhor olhar para a recepção. O próximo que entrar, é seu. Se for um gato, é meu.Stefany lidava bem com o fato dos rapazes terem mais olhos pra Jheniffer, que realmente era linda e chamava muito a atenção.- Jheniffer, você é terrível. Passa o rodo geral. Tirando os instrutores, que são gays por imposição do Michel, todos pagam pau pra você.- Esqueceu das mulheres. Não é minha praia mas respeito. Por enquanto, não.- Olha. Novidade isso. Ficaria com outra mul
Tempo depois, após um banho e um lanche rápido, Jheniffer chegou ao hospital Redenção. Preferiu ir num carro de aplicativo, pra não ter que deixar o seu veículo na rua. Estava de tênis, calça jeans e camiseta. Tinha uma sacola com cobertor e toalha de rosto. Levou um livro, maçãs, uma caixa de bombons e duas tupperwares. Numa delas, torradas com geléia de mirtilo. Noutra, frango grelhado com batata doce e quinoa.- Marcela. Cheguei.Ela abraçou a esposa de Nascimento, na recepção do hospital.- Que bom que veio, Jheniffer. Fred, meu sobrinho, ficou com ele um pouco. Nascimento ainda está dormindo. Já está no quarto, o que é ótimo. Eu entrei pra vê-lo, rapidinho.- Está bem. Que boa notícia. Ele vai se recuperar. Vim de máscara contra o Covid19, ainda que as medidas de proteção tenham diminuído, estamos num hospital. Trouxe até meu álcool gel. Eu assumo o turno da noite. Precisarei de carona, amanhã cedo.- Sem problemas. Eu virei, às seis da manhã, na troca de turno. Eu a levarei, c