Jheniffer levou um susto, ao ver seus pais em frente a porta de seu apartamento. - Não acredito! São vocês? - Não filha, é a Cuca e o Saci Pererê. Lógico que somos nós. Viemos passar o final de semana com vocês. Jheniffer abraçou a mãe, Helena. Apollo cumprimentou o pai dela, Roberto. - Já conhecem a Stefany. Esse é o Wellington, namorado dela. Wellington cumprimentou os pais de Jheniffer. - Escutei um vozerio, do lado de fora. Parecia briga de casal. Perdão, Apollo. O chamei de banana. Wellington a corrigiu. - Escutei bem, Jheniffer chamou-o de bananão. Stefany o beliscou. - Que feio, Wellington. Corrigindo a dona da casa. - Estava defendendo meu patrão. Todos riram. Jheniffer abraçou e beijou Apollo. - Perdão, amor. Estava nervosa. - Está perdoada, amor. Que surpresa boa seus pais aqui. - Quisemos fazer surpresa mesmo. Chegamos na hora boa. Meu genro, se acostume com os xingamentos. Depois de dez anos de casados pioram. Apollo puxou a mesa, liberando espaço para mai
Stefany olhou as horas no celular. Raios e trovões anunciavam chuva forte.- Nove da noite. Vamos, Wellington?- Sim. Hora de dar tchau.Apollo colocou a mão no ombro dele.- Você também assistia Teletubbies, pelo jeito.Jheniffer riu.- Esses dois falam cada coisa, assim do nada. Foram lembrar desse desenho antigo.- Por isso se dão bem. Parecem dias crianças, tem hora.Apollo os acompanhou até a recepção do condomínio. O pai de Jheniffer foi com ele, para colocar o carro na garagem do prédio.- Às vezes até esqueço que temos duas vagas de garagem.Jheniffer sentou-se ao lado da mãe. Helena cruzava os dedos e mordia os lábios.- Que alegria ver você noiva, Jheniffer.- Sim. Estou feliz.- Eu também. Apollo é um ótimo partido. Dá pra perceber que a ama muito. Vocês namoram há tão pouco tempo.- Verdade. Nem eu esperava ficar noiva tão rápido.- É um bom sinal. Ele não é daqueles que cozinham o galo.- Não entendi.- Cozinhar o galo significa demorar. Aqueles casais que namoram oito,
- Bom dia, papai.- Bom dia, Jheniffer.- Me dá um abraço. Ainda não acredito que estão aqui. Dormiu bem?- Como uma pedra, filha. Uma cama macia ainda mais com o barulhinho da chuva. Pena que sua mãe ronca igual uma porca.Helena veio até a sala.- Quem fala? Ele ronca tão alta que os vizinhos lá de Ribeirão escutam.- Eu estava falando pra Jheniffer que você roncou um pouquinho, devido ao cansaço de ter dirigido. Depois você parou de roncar.- Eu parei pois seu ronco cobriu o meu. Bom dia, filha.- Bom dia. Já acordam brigando?- A gente briga mas se ama. Seu apartamento é lindo demais.- Verdade, mamãe. É muito espaçoso. Três quartos são demais. Um deles será transformado em escritório. Metade será meu, a outra do Apollo e da fundação.- Na qual você é voluntária.- É. No final a gente mistura tudo e se da bem.Apollo se levantou. - Bom dia. Já estão de pé?- Bom dia, Apollo. São quase nove horas.Respondeu Roberto.- Você faz o café? Vou buscar o pão com a mamãe e o papai. Será
- Estamos no mercadão, amiga.- Sei. Minha mãe faz questão que jantem aqui casa. Sem desculpas.- Vou ver com Apollo.- Já está assim, consultando o mozão pra tudo?- Ele quem programou o roteiro.- Entendi. Ela vai ficar furiosa se não vierem.- Não precisa se preocupar. Fala pra ela.- Fala você que não vem. Capaz dela pedir demissão amanhã.- Isso jamais. Não queremos dar trabalho a dona Celeste.- Ela quer conhecer seus pais, principalmente a sua mãe.- Está bem. Jheniffer virou-se para seis pais e Apollo.- Turma. A dona Celeste nos convidou para jantar na casa dela, hoje. O que acham?Apollo esboçou um sorriso.- Por mim, tudo bem. Ficou faltando alguma coisa, dona Celeste conhecer os seus pais, amor.- Sim. Por isso ela nos convidou. Quer conhecer a mamãe.Helena e Roberto se olharam.- Nos vamos. Será ótimo conhecer a mãe da sua melhor amiga. Apollo falou maravilhas de dona Celeste. Já sou fã dela, antes de conhecê-la.- Eu também, Helena. Que não se preocupe em fazer um banq
- Sei que Jheniffer a chama de mãe. Ela me disse, na época da faculdade. Eu agradeço tanto carinho que deu a ela.- Vai me fazer chorar, Helena.Celeste e Helena se abraçaram. Jheniffer se juntou a elas. Wellington empurrou Stefany para aquele abraço. Apollo tirou fotos do momento.- Vamos jantar, pessoal. Espero que gostem.- Sei que colocou uma boa dose de seu tempero especial de carinho, dona Celeste.- Apollo sempre descobre meus temperos secretos. Stefany ajudou a mãe a trazer os pratos para a mesa. Wellington as auxiliou.- Nossa. Esse pernil está lindo.- Obrigada, Apollo. Espero que esteja gostoso.- Tenho certeza disso, dona Celeste.O irmão de Stefany chegou do trabalho e cumprimentou a todos. O jantar transcorria bem quando a campainha tocou.- Vou atender mamãe.Stefany foi até o portão.- Boa noite, amiga.Stefany viu Daniella e Bruno saindo do carro.- Daniella? Bruno? - Boa noite. Desculpa vir a essa hora. Recebi uma mensagem de Louis.- É tão importante? Podemos trat
- Senhora Consuelo, ligação de Nova York. - Nova York, Adelita? Quem será? Há décadas não me ligam de lá. A secretária transferiu a ligação. - Consuelo Hermann. Bom dia. - Bom dia. Sou Ronald Higgins, da ACNUR , agência responsável pelos refugiados no mundo. Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados. - Sim. Conheço-os bem e é uma honra falar com vocês. - Ótimo. A recíproca é verdadeira. Recebemos e aprovamos uma petição de Bianca Hermann, no tocante a entrada dessa fundação no grupo mundial de solidariedade. Consuelo arregalou os olhos. - Não estou sabendo. - Formaremos um pool de fundações e Ongs, no enfrentamento a fome e a falta de saúde, além de necessidades básicas, em vários países do globo. A fundação Hermann, na pessoa da senhora Bianca, se candidatou a participar. Quer dizer, participar ainda mais, ampliando a área de atuação da Hermann. O que para nós seria maravilhoso. - Isso implicaria? - No aporte de milhões de dólares a sua fundação para realizar
Bianca foi a última a entrar na sala de reunião, da fundação Hermann, na capital argentina. Consuelo se levantou e a beijou no rosto. Bianca sentou-se e acenou com a cabeça, cumprimentando os diretores e advogados presentes. - Boa tarde. Convoquei essa reunião extraordinária pois recebi documentos da ACNUR.Os diretores cochichavam. Consuelo pediu silêncio a todos. Bianca estava séria. Aquela reação dos diretores e advogados era uma encenação, visto que Olivares tinha conversado com todos eles, anteriormente.- Isso não é novidade. Sim, é novidade a chegada de propostas de agências da ONU para que a Hermann expanda sua área de atuação no mundo.Apollo e outros diretores da fundação apareceram no telão, visto que participavam por vídeo chamada.- O contato com tais agências foi feito por Bianca e caberá a ela explicar essa situação. Por favor.Bianca sorriu e se levantou. Ela passou atrás da cadeira de Consuelo e colocou a mão no ombro da tia. Tomasella, mais próximo ao palco e ao púl
Consuelo abraçou Bianca.- Boa sorte, filha.A moça chorava.- Obrigada, titia.- É um grande fardo sobre seus ombros, daqui para frente. Conte comigo, ouviu? Vai assumir minha cadeira daqui a mês. Serei a presidente honorária.- Muito obrigada, titia. Espero ser uma presidente a sua altura. Honrar o sobrenome.- Que assim seja. Seria bom que estivesse casada, para seu marido cuidar de suas coisas e da casa, de crianças enquanto estiver na fundação, que ocupará noventa por cento da sua vida.- Titia. Nem estou namorando.- Mal ou bem, eu precisava de aposentadoria, Bianquinha. Até mais.- Até.Bianca foi para sua sala. Na porta, encontrou Olivares.- Olá. Votou contra meu projeto?- Foi apenas pra despistar, minha linda. Parabéns pela presidência.Ele a beijou no rosto.- Entendo. Ainda assim, terá um alto cargo e um salário a altura de sua pessoa, amigo. Sou muito grata aos que caminham comigo.- Sei disso. Como presidente, poderá distribuir os cargos do alto escalão, bem como dispe