-Pronta Alfa?
-Sempre Dragão - Constança sorriu tirando o casaco e o deixando escondido em um arbusto.
Angelina se aproximou e tirou o próprio casaco também, o deixando ao lado de onde Connie deixara o seu.
-É uma grande propriedade, provavelmente para caber as quatro esposas e todo o exército. - Angelina olhava os muros altos e as torres da grande casa escondida em uma montanha.
-Em breve ele vai estar morto, agora falta pouco Angie. - Lucius parou ao lado deles, atrás estavam alguns vampiros, as meninas de Constança, junto da segurança de Angelina, e cerca de 50 licantropos soldados da organização das Alfas - Quando vocês entrarem, iniciaremos o ataque.
Samael demorou um mês para sair do Submundo, durante este tempo, não quis saber de absolutamente nada a respeito do que quer que fosse, se limitando a torturar pessoalmente algumas almas, também não recebeu Gabriel para as entregas, não fez nada a não ser descontar sua ira com extrema violência sobre os condenados.Entrou na casa imensa que já foi sua, e que acreditou que abrigaria a ele e seu amor por muito tempo, os empregados disseram que Constança não apareceu mais, e que guardaram o anel de noivado dela no cofre, foi até lá somente para buscá-lo. Andou pela casa em silêncio, passando somente pelos locais necessários até chegar a seu antigo quarto, algumas malas e caixas estavam na entrada do aposento, franziu a testa, ela não voltou sequer para pegar suas coisas.
Mina ajudava as Alfas diariamente com seus contatos, tinha vantagem pela idade, nas centenas de anos em que vivia, conseguiu se tornar poderosa além do que jamais imaginou ao entregar parte de seus poderes para se tornar uma vampira. Seus contatos, no entanto, não possuíam notícias de Edgar, ao que tudo indicava, poderia estar vivo ou morto, que não saberiam. Estremeceu lembrando disso, a fala de seu contato no telefone pareceu partir de uma intenção tranquilizadora, mas o que ela significou para Mina foi que a própria Constança poderia estar viva ou morta, e nunca saberiam. Ouviu as batidas na porta de seu escritório e mandou que entrassem, era Sattine, sua nora que se mostrava a cada dia mais competente.-Entre querida, o que foi?-Samael apareceu, Damian II levou Lisbeth até a casa
Constança acordou dentro de um carro, estava no banco de trás, ainda transformada, viu o tio ao seu lado e mais dois homens nos bancos da frente. Tentou avançar sobre Edgar, mas quando se moveu, um choque horrível iniciou em seu pescoço e percorreu seu corpo, a fazendo tentar se afastar de si mesma, uma dor e um uivo. Encarou Edgar com toda sua raiva, ele sorria piscando um olho, e como se fizesse uma confidência, levou o tronco na direção dela.-Você precisa de modos, sua cadelinha malcriada! - Escorou as costas displicentemente e fez um sinal com a cabeça, o homem que estava sentado no banco do carona, na parte da frente do carro, se virou aproximando uma seringa de seu corpo, tentou se afastar dele, mas o segundo choque a fez paralisar, não chegou a sentir a agulha grossa entrando e descarregando o tranquilizante em seu corpo.
Lisbeth estava animada, se olhou no espelho e girou feliz, vendo os movimentos do vestido branco de um lado para o outro. Finalmente teria sua iniciação, - e trocaria a cor clara pelo preto - passados mais de 3 meses da data marcada inicialmente, porque somente agora as coisas estavam tranquilas e já poderiam afirmar que era correto celebrar. Ouviu as batidas na porta de seu quarto e correu para abrir.-Está pronta? - Angelina sorriu ao ver a filha com o vestido longo e fluído, seu vestido da iniciação, caindo tão bem nela. - Deusa! Você está igual a sua tia. - Sorriu a abraçando apertado.-Dizem que as sobrinhas saem as tias, fico feliz em me parecer com a tia Connie.-Também fico querida. Vamos, todas estão esperando po
Constança olhou em volta, acendeu um cigarro e pareceu desanimada, só o que faltava era se atrasar no dia de seu casamento, dando margem para que Samael dissesse, com seu bonito nariz empinado, que estava certo ao pedir que não trabalhasse naquele dia. Andou até os clientes e falou, com toda a calma que poderia.-Senhor Cortez, eu já disse, não fazemos caridade, não vou doar armas para nada, o senhor fez uma encomenda, eu a trouxe aqui, pessoalmente porque eram muitas armas. Tudo que precisa fazer é pagar, e pegar seu carregamento.-Mas nosso esforço é para libertar nosso país da ameaça golpista da esquerda criminosa! Tenho influência com o governo, eles disseram que podem legalizar tudo para vocês lá, que poderão instalar uma fábrica e vender su
Constança dirigia com velocidade pela rodovia quase sem movimento, era início da manhã, àquela hora quase ninguém trafegava por ali. Acompanhava com um movimento de sua mão o ritmo da música que falava sobre um sujeito mau até os ossos, estava tentando se distrair com a velocidade e a música alta, seu humor não estava muito bom nos últimos dias. As brigas constantes com Samael, sua mania de tocar em assuntos ridículos nas piores horas, a deixava maluca, e não de uma forma boa. Descobriu que o Diabo era bastante ciumento e inseguro, e mesmo depois de 15 anos vivendo juntos, ainda se comportava como se fosse um menino.O mais engraçado era que, de todos os amantes que já teve, ele era o melhor, o único que a fazia concordar com uma união de verdade, morava com ele, afinal, isso deveria servi
Fechou os olhos quando se lembrou, já fazia muito tempo, riu acenando como se fosse mesmo divertido. Então ele realmente se casou com ela!Não costumava pensar muito em Damian, mas sabia algumas coisas de sua vida, como seu casamento com um outro vampiro, e logo depois o casamento deles com uma vampira, recebeu os dois convites, mas obviamente não foi a nenhuma das festas. Pegou o telefone e pediu para que a tal Sattine entrasse, levantou e indicou a cadeira em frente a sua mesa, de forma cordial.-Sattine, por favor, fique a vontade, você bebe alguma coisa?-Não, obrigada, minha visita não será muito longa. - Olhou a parede de vidro ao lado da mesa, uma linda vista, e pareceu
-Damian Dracul, ressurgindo das cinzas para me encher! - Constança se virou e viu o mesmo rosto de 16 anos atrás, bonito e arrogante, riu sacudindo a cabeça.-O que você disse para ela? - Ele se aproximou com raiva.-Há muitos anos eu fiz uma proposta para ela, em um bar, lembra? Ela lembra, e eu a refiz hoje. - o encarou com todo seu deboche.-Eu não estou brincando Constança, o que você disse para ela?-Você faz ideia do quanto é antiquado, sem falar no ridículo é claro, vir atrás da terrível ex perguntando o que ela disse para a atual? Se você acha que eu disse alguma coisa errada, ou mentirosa, pergunte a sua esposa, nada melhor do que o diálogo em um casamento